Segundo dados da fundação SOS Mata Atlântica, o Estado do Espírito Santo contava com mais de 90% de cobertura vegetal nativa, e hoje conta com pouco mais de 8% destas matas.O processo de desmatamento, monocultura, pecuária e leis de incentivos fiscais que permitia a troca de florestas heterogêneas por homogêneas para atender ao crescimento dos complexos industriais nas década de 60 e 70, desencadearam um processo de desertificação, empobrecimento do solo e assoreamento dos rios, principalmente no norte do estado onde se concentram 5 das 6 unidades de conservação do Espírito Santo. Por outro lado, estas áreas sofrem pressão muito grande por parte das comunidades locais, por ocuparem um espaço territorial significativo , sendo vistas por elas sem definição clara.
É por isso, que a Representação do IBAMA no Espírito Santo, através do seu Núcleo de Educação Ambiental, vem desenvolvendo ações de Educação Ambiental nas unidades de conservação, comunidades circunvizinhas, centros de pesca do litoral do Estado, objetivando a conscientização da importância do manejo adequado dos bancos pesqueiros, visando a conservação da natureza, promoção da consciência ambiental no intuito de buscar soluções aos problemas que afetam a qualidade de vida.
Para isso, busca-se uma articulação técnica com os setores da GEREX/ES, Secretarias e Sub-Núcleos de Educação Estadual e Meio Ambiente, Municipal, ONGs, Universidades, Campus Avançados, Conselhos Escolares e Comunitários, com o intuito de detectar os problemas ambientais existentes na região, como forma de comprometimento na solução de problemas ambientais que envolvam as unidades de conservação, municípios com grande remanescentes de mata atlântica e seus ecossistemas associados e ao mesmo tempo, proporcionar a participação das comunidades no processo de conservação da natureza.
Atualmente o NEA/ES coordena o Grupo Gestor do Caranguejo que congrega as Prefeituras do litoral, Catadores de caranguejo e Universidade Federal do Espírito Santo, visando com o “Projeto Caranguejo” a gestão intergral do recurso pesqueiro com a preocupação de estabelecer as relações entre o homem (catador) o recurso (caranguejo) e o meio (manguezal). O Projeto pretende estabelecer a profissionalização do catador, garantindo seus direitos trabalhistas, assistenciais a si e seus dependentes, de aposentadoria e inserção social e econômica, promovendo nesta ascenção o aprimoramento de suas relações com o manguezal num processo de troca de saberes entre os órgãos envolvidos. Num futuro bem próximo pretende-se que os catadores integrem a rede de proteção aos manguezais que são os ecossistemas dos mais ameaçados do planeta.
Responsável: Iberê Sassi
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Fonte: Ibama