Caracterizada por grandes propriedades rurais e por extensas áreas ainda não ocupadas, a Região Centro-Oeste apresenta um relevo marcado por planaltos, chapadões e depressões, ocupado por bacias hidrográficas importantes. Formada pelos estados de Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, a região abriga uma das mais fascinantes paisagens brasileiras, o Pantanal, imensa planície alagável, com rica diversidade de fauna e um mosaico de formações vegetais.
Com uma área de 210 mil km2, sendo 140 mil em território brasileiro (nos estados do Mato Grosso e Mato Grosso do Sul) e o restante na Bolívia e no Paraguai, o Pantanal é um dos ecossistemas mais ricos e peculiares do planeta. O mesmo espaço é capaz de reunir características do Cerrado, da Floresta Amazônica e de terrenos alagadiços, que no período de chuvas deixam grande parte de sua extensão submersa. Neste paraíso tropical, convivem mais de 650 espécies de aves, 80 de mamíferos, 50 de répteis e 260 de peixes, algumas delas com risco de extinção. É o local de maior concentração de fauna das Américas. Tamanha exuberância natural agora tem sua preservação oficialmente garantida. O Parque Nacional do Pantanal recebeu o título da Organização das Nações Unidas (ONU) de Patrimônio Natural da Humanidade.
Apesar dos impactos ambientais – causados pelo crescimento das cidades, pela pesca e caça predatórias, entre outros problemas, o Pantanal conta com muitos projetos e investimentos em prol de sua conservação. O próprio reconhecimento como Patrimônio da Humanidade e Reserva da Biosfera são resultados destes.
Um dos mais belos espetáculos da natureza brasileira está localizado na porção centro-sul do Pantanal: a cidade de Bonito, no Pólo de Ecoturismo da Bodoquena. Localizada a 270 km de Campo Grande, a pequena cidade ficou famosa por suas águas cristalinas e grutas. Inúmeras cavidades subterrâneas submersas fazem de Bonito o paraíso do espeleomergulho, atividade que vem atraindo mergulhadores de diversas partes do mundo. Outra grande característica de Bonito é a organização do turismo, principal fonte de renda dos moradores. Atualmente os roteiros só são realizados através das agências operadoras, o que incrementou a geração de empregos no local. A maioria dos locais visitados são áreas particulares, facilitando o controle de visitas.
Ao norte do estado do Mato Grosso, o visitante encontrará o Parque Nacional da Chapada dos Guimarães, com atrativos desde a parte baixa da Chapada (município de Cuiabá), a sua borda (cachoeiras e mirantes) e seu interior (rios, grutas e aspectos históricos do garimpo de diamantes). Caracterizada por grandes formações rochosas e cânions de arenito com até 350m de altura, a Chapada, há 500 milhões de anos, era fundo de oceano. Ao longo da existência da Terra, o local também já foi coberto por florestas tropicais e habitat de dinossauros, até adquirir a paisagem atual. Seu cartão postal é a Cachoeira do Véu da Noiva, com 86m de queda.
A região Centro-Oeste também abriga uma outra Chapada: a dos Veadeiros, localizada no nordeste do estado de Goiás. Destino preferido dos esotéricos, atraídos pelo misticismo dos cristais da cidade de Alto Paraíso de Goiás, a Chapada reserva muito mais surpresas ao visitante. Inúmeras trilhas levam às cachoeiras e poços d’água cristalinas de cor de castanha, entre cânions rochosos. Não só as cachoeiras encantam quem passa pela chapada. Campos de flores, mirantes, mamíferos em extinção e até um curioso vale rochoso com piscinas naturais e minigrutas – o Vale da Lua – incrementam a paisagem característica do Cerrado. O local é propício para a prática do trekking, canyoning e camping.
Pólos da Região Centro-Oeste
Chapada dos Veadeiros-GO, Pirenópolis-GO, Parque das Emas-GO, Pantanal Norte (MT), Chapada dos Guimarães-MT, Amazônia Matogrossense-MT, Pantanal do Sul (MS) e Serra da Bodoquena-MS.
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