Serra do Cipó – MG

Saguis, lontras e lobos-guará também podem ser avistados, por bons observadores. Algumas atrações do Parque ficam em propriedade particular , mas são abertas à visitação. Para entrar no parque é necessário pagar uma taxa.

História e Cultura

Foi no século XVII , quando os bandeirantes procuravam por pedras preciosas no nordeste de Minas Gerais, que descobriram a Serra do Cipó. O atual Parque era caminho para diversas cidades, tais como Serro e Diamantina. Muitos estudiosos foram atraídos por suas belezas naturais e achados arqueológicos.

Clima

É possível visitar o Parque durante o ano todo. De maio a agosto a temperatura é mais agradável. De abril a novembro, época de seca, a prática do rapel se torna mais fácil. Já entre dezembro e março as cachoeiras e rios aumentam seu volume d água. A temperatura média anual da região é de 21ºC.

Vegetação e relevo

Há uma imensa diversidade de espécies na Serra, mais de 1.600 já catalogadas. Plantas com quaresmeiras, copaíbas, sempre-vivas, bromélias, cactos e orquídeas são freqüentes, visto que é uma vegetação de cerrado.

Formado por montanhas, rios, cachoeiras e campos de relevo acidentado, o Parque se localiza na Serra do Espinhaço. É um divisor de águas dos rios São Francisco e Doce. As cachoeiras da Serra do Cipó são formadas devido ao relevo acidentado que lá existe. Os rios ao passarem por esse relevo se transformam em lindas cachoeiras e corredeiras.

Alimentação

Sem dúvida a culinária mineira, com feijão feito na hora, não deixa de ser um dos grandes atrativos da região. Há boas opções de restaurantes nas cidades próximas ao Parque.

Hospedagem

A infra-estrutura do local é boa, há pousadas, casas para alugar e camping. No Parque há portaria, alojamentos, auditório, lanchonete, loja de artesanato e centro de educação ambiental.

Dicas gerais

O Parque tem acesso limitado a 150 pessoas por dia. É aconselhável fazer reserva com antecedência, principalmente nas férias e feriados.

Atrações

Atividades noturnas: No Parque é possível fazer caminhadas noturnas, mas sempre acompanhadas de guia. Para quem prefere algo mais agitado existem alguns bares na vila Cardeal Mota (vilarejo mais próximo do Parque) e nas cidades próximas.

Cachoeira da Farofa: São 270 m de queda, distribuídos em três grandes degraus. A cachoeira é formada pelo Córrego Grande e para chegar até lá é preciso percorrer uma trilha fácil de 8 km. Quem quiser esticar a caminhada por mais 4 km chegará ao Cânion das Bandeirinhas, um desfiladeiro de 80 m de altura.

Cachoeira das Braúnas: Essa cachoeira fica no final do Cânion das Bandeirinhas. A trilha, de 15 km, é de difícil acesso, sendo indispensável a presença de um guia.

Cachoeira de Baixo: A Cachoeira de Baixo tem fácil acesso e localiza-se na Fazenda Monjolos. Para chegar na Fazenda segue-se pela Rodovia MG-010 para Serro (95 km).

Estrada Real: O Real Caminho dos Diamantes e da aventura 4×4

Uma aventura fora de série e fora do asfalto, para quem quer fazer a Estrada Real!

As histórias são muitas, mas vou tentar ser breve e dar dicas importantes para os futuros expedicionários.

Uma das fases mais gostosas da viagem é o planejamento. A busca pelos melhores roteiros, onde ficar, condições de estradas etc.

Tivemos certa dificuldade, mas ter um guia especializado em mãos, um bom mapa (e perguntar muito! ) foram suficientes para colocar o pé na estrada.

Se você vai fazer o Caminho dos Diamantes, garanto que em 10 dias dá pra fazê–lo todo. Foi o tempo que tivemos, mas confesso que deixamos de ver algumas coisas, como cidades que gostaríamos de ter ficado mais, cachoeiras que não deu tempo de visitar… mas se você tiver só 10 dias também, vai com fé que dá !

E se tiver mais tempo, melhor ainda!

Saída: São Paulo – Milho verde – tempo aproximado 12h.

Saímos de São Paulo com nosso 4×4 sedento por terra, às 6h da manhã, de uma sexta – feira, 20 de fevereiro, véspera de carnaval.

Nosso objetivo era chegar em Milho Verde , que seria nossa primeira base, no início da noite. Um furo na mangueira da direção hidráulica atrasou nossa previsão em 4 horas. Paramos em Três Corações para um eficiente reparo na oficina de Caminhões dos Irmãos Mineiros – logo entrando na cidade, se precisar, pode confiar!( mesma rua do Hotel Medieval )

Daí seguimos a Fernão Dias até BH,e lá seguimos as placas sentido aeroporto internacional para pegar a MG010 até Serro.( a sinalização de placas é um pouco confusa, então não deixe de perguntar em caso de dúvida, e com certeza um bom mineiro, com toda sua simpatia vai te orientar muito bem ! )

A MG10 é asfaltada até Conceição do Mato Dentro, depois você já consegue ver terra! Tente passar ainda à luz do dia na Serra do Cipó, vai se surpreender com o visual.

Primeira Base: Milho Verde, ideal quem quer fazer o percurso no período de carnaval, quando fica mais difícil encontrar pousadas em Diamantina, por exemplo, e os preços são mais altos.

A cidade fica entre Diamantina e Serro. Escolhemos ali como base e foi ideal, pois dava pra passar o dia em cidadezinhas próximas, ou mesmo ir pra Diamantina e voltar tranquilamente. Além disso, Milho verde é um dos pontos altos do passeio, um vilarejo encantador e tem muitas cachoeiras bacanas.

De Milho Verde, para Diamantina, você tem muitos atrativos, é sem dúvida o trecho mais peculiar da expedição, uma vegetação diferente, o relevo com rochas modeladas por Deus e as águas cor de chá preto tentadoras, portanto, perca tempo neste lugar.

A Estrada Real está muito bem sinalizada por totens, mas é sempre uma alegria encontrar um, por mais que você já tenha perdido a conta de tantos espalhados pelo caminho. Então, não deixe de ver: Diamantina ( mas é melhor que não seja em dia de feriado, como foi o carnaval, por exemplo, porque com muita festa e muita gente, não deu pra visitar alguns pontos turísticos que estavam fechados ), mas é uma cidade grande, tem muita coisa pra ver. A Gruta do Salitre, a vilinha operária de Biribiri,o vilarejo de Vau, São Gonçalo do Rio das Pedras (onde tem a cachoeira do Comercio dentro da cidade com 80m de queda,e na padaria tem um biscoito de polvilho de outro mundo) além da cachoeira da Grota Seca, onde parece que você está na praia !

Descendo de Milho Verde, passa o pequeno vilarejo de Três Barras,e chega a Serro, uma cidade histórica linda – pode reservar um dia todo pra ficar lá !

Segunda Base: Na terça feira de carnaval, logo cedo, saímos de Milho Verde e partimos para a nova base no Distrito do Tabuleiro, bem ao lado de Conceição do Mato Dentro. A Pousada da Gameleira é a melhor opção de hospedagem. Você não sabe se sai para conhecer os lugares ou fica conversando com os donos, Sérgio e Samuel, que são cheios de boas histórias para contar! O bar Rupestre, seus donos e o gato Sansão, também vale a pena conhecer, oferecem um almoço digno e uma cachaça artesanal deliciosa. Tabuleiro tem inúmeras cachoeiras, mas a Cachoeira do Tabuleiro (273 metros de queda, a terceira maior do Brasil) é imperdível, reserve um dia para este passeio. A caminhada a partir da entrado do parque é de 2h30, prepare o fôlego e os músculos, pois é um pouco puxado, mas chegando lá você esquece todo esforço, porque o visual e a água compensam cada gota de suor! Tome bastante fôlego e leve bastante água para a volta, porque a subida é brava!

Rapel na Cachoeira da Usina: Essa cachoeira também é indicada para quem já tem uma certa experiência com rapel. São 25 m de rapel negativo. Para chegar até lá basta seguir pela estrada para Santana do Riacho.

Rapel na Cahoeira Véu da Noiva: Esse rapel é indicado para quem já praticou esse esporte pelo menos uma vez. Há uma descida negativa de 60 m. Para chegar até lá pega-se a MG-010 para Serro.

Rapel no Morro da Pedreira: Esse paredão de rocha é utilizado para treinamento de iniciantes na técnica de rapel. O acesso é pelo km 100 da MG-010.

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