Projeto de Educação Ambiental desenvolvido pela Prefeitura valoriza participação das famílias
Os termos chorume, impermeabilização do solo, reciclagem, lençol freático, degradação do meio ambiente, entre outros, já fazem parte do vocabulário dos estudantes do ensino fundamental de quatro escolas que estão participando do projeto piloto “Entre Bairros- Conscientização e Valorização da Vivência em Comunidade e Cidadania”, promovido pela Prefeitura de Araraquara, em parceria com a comunidade e a ong Ecoviva (Uniara).
Cerca de 10 profissionais das Coordenadorias de Meio Ambiente, Participação Popular e Secretarias de Saúde, Educação, Esportes, Cultura e Obras estão envolvidos nas atividades, que abrangem exibição de vídeos, palestras com a participação das famílias , visitas monitoradas à usina de reciclagem, panfletagem, coleta seletiva de lixo nas escolas, limpeza de córregos e mananciais, coleta de resíduos sólidos nos terrenos e residências, entre outras. Tudo com um só propósito : a conscientização. Inicialmente estão participando as Escolas Estaduais Antonio de Oliveira Bueno Filho (Jardim Pinheiros), Professor Sérgio Pedroso Esperanza (Parque São Paulo), os CERs Antonio Tavares P. Lima (Jardim Pinheiros), Eudóxia Pinto Ferraz (Parque São Paulo) e Centro Comunitário do Jardim Santa Clara. Mas o melhor, é que a iniciativa partiu dos próprios moradores nas reuniões do Conselho Gestor das Unidades de Saúde do Parque São Paulo, tendo em vista a preocupação com a proximidade do aterro sanitário, localizado nas imediações dos bairros e que requer cuidados de higiene. As crianças são o alvo do projeto, já que muitas vivem em famílias que tiram do lixo o sustento. Como é o caso de Daniela da Silva Farias, de 10 anos, que participou, na semana passada, de uma visita monitorada, junto com outros 39 colegas da Escola Estadual Antonio de Oliveira Bueno Filho ao aterro e usina de reciclagem. Ela, junto com os irmãos e os pais, vendem latinhas para reciclagem a um ferro velho e conseguem ganhar R$ 5,00 pelo quilo, o que corresponde a cerca de 70 recipientes. Daniela, não sabia por exemplo, que se consumir um chocolate com prazo de validade vencido que foi jogado no aterro, poderá se intoxicar. “Achei muito interessante a parte da visita em que a monitora explicou que o líquido que escorre do lixo percorre uma canaleta até chegar numa espécie de piscina, onde fica para não entrar no lençol freático e contaminar os rios”, explica . Já Danilo Laurindo Auto, de 11 anos, afirmou que é importante manter os pneus sem água para evitar a proliferação do mosquito da dengue. Ele diz que ficou encantado em descobrir que é possível fazer o asfalto com o entulho dos restos de construção que as pessoas sempre jogam fora. Até agora 12 turmas já participaram das visitas monitoradas, que duram cerca de 40 minutos. Neste tour, é possível descobrir, entre várias coisas que o lixo pode ser precioso. Que o digam os cerca de 44 integrantes da associação “Acácia”, ex-catadores de lixo, que fazem a separação e tratamento de latas, garrafas Pet e outros materiais que voltam para a indústria. Cada um consegue receber cerca de R$ 500, 00 ao mês, dinheiro administrado pelo próprio grupo. O restante do lucro vai para um Fundo de Reservas, destinado para a compra de equipamentos e também para possíveis emergências.
O mais importante é que os professores, depois de cada atividade, trabalham o conteúdo em sala de aula. As crianças já provaram que aprenderam a lição, por meio de desenhos que ilustram a importância do envolvimento da comunidade nas ações.
Na próxima terça-feira (12) cerca de 700 estudantes do Jardim Pinheiros, divididos em duas turmas, farão panfletagem no bairro sobre o projeto e distribuirão folhetos à comunidade do bairro com informações sobre a coleta seletiva , a Estação de Transferência de resíduos de construção civil, conhecido popularmente como bolsão de entulho e a importância das Matas Ciliares. Um grande arrastão, com a participação da equipe de combate à dengue da Vigilância Epidemiológica também acontece no mesmo dia no Parque São Paulo. As comunidades interessadas em participar do projeto devem entrar em contato com a Coordenadoria de Participação Popular, pelos telefones 201- 5275 e 201- 5276.
Fonte: Assessoria de Imprensa da Prefeitura
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