Consiste em descer rios sobre botes infláveis tomando-se o cuidado de desviar de pedras e outros obstáculos. Vêm sido desenvolvido em vários pontos do Brasil, dividindo-se em modalidades como o slalom, sprint e bote. O grau de dificuldade depende das características do rio e do regime de chuvas na Região. Este esporte vem sendo praticado no Brasil há 12 anos, e tem aumentado sua procura com a onda do turismo ecológico.
No Brasil, os primeiros botes para corredeira foram utilizados nos rios Paraíba do Sul e Paraibuna, em Três Rios (RJ). Quem trouxe a idéia foi à empresa TY-Y Expedições, no início da década de 80. Atualmente, existem mais de 20 empresas operando rafting em São Paulo, Rio de Janeiro, Mato Grosso, Tocantins, Santa Catarina, Paraná, Rio Grande do Sul e Minas Gerais.
O rafting pode ser praticado à partir dos sete anos de idade e seu grau de dificuldade é dado pela classificação das corredeiras dos rios, que variam do nível I até nível VI. No Brasil, a maioria das corredeiras são de níveis III e IV. Cada barco leva de seis a oito pessoas, sempre junto a um instrutor que vai orientar as manobras e que conhecem a fundo todas as dificuldades do rio.
Classificação das corredeiras
- I, II e III – Indicadas para os iniciantes. Na II as corredeiras são fáceis e com ondas estáveis; Na III as ondas são mais altas e irregulares, com as passagens mais estreitas e manobras mais difíceis.
- IV – Para intermediários, o percurso conta com águas mais turbulentas e requer manobras precisas.
- V – Aqui é somente para os profissionais, as corredeiras são muito difíceis.
- VI – Indicada para os praticantes com elevado grau de conhecimento do esporte e do local explorado. Geralmente praticado em locais que sofreram ou sofrerão chuvas muito fortes.
O rafting proporciona o contato com a natureza e, para muitos, funciona como terapia anti-stress, além de demonstrar a importância do trabalho em grupo. A maioria dos roteiros é em lugares de mata preservada ou em reservas ecológicas.
O duração do Rafting varia de acordo com o percurso e o grau de dificuldade dos rios, podendo variar de algumas horas até dias o que garante diversão para as famílias e profissionais da área.
Para os que quiserem aprimorar os conhecimentos, existem alguns cursos ministrados pelas principais operadoras de rafting do país que ensinam tudo o que vocês precisam para participarem do alguns campeonatos no Brasil ou no exterior. No Brasil, as competições mais importantes são o Campeonato Brasileiro e o Paulista de Rafting. No mundo, as principais competições são o Mundial, o Camel White Water Challenge e Sul-Americano.
Categorias para competição
– Velocidade: Onde o elemento fundamental é o tempo e a equipe que fizer a melhor marca no cronômetro leva a vitória;
– Slalom: Com balizas espalhadas pelo rio determinando os movimentos, o desafio é fazer o percurso em menor tempo e sem tocá-las;
– Sprint: O mesmo conceito da prova de Velocidade só que com uma diferença, largam 2 ou 4 equipes, tornando a prova muito rápida e a competição mais acirrada. Vence a equipe que completar o percurso em menos tempo.
OBS: Devido ao grande número de Operadoras de Rafting existentes, deve-se conhecer muito bem a operadora antes de contratar uma saída de rafting, pois, a má escolha pode tornar a sua diversão em dor de cabeça.
Equipamentos:
– Bote: Feito de um material resistente chamado hypalon (tecido de fibra de poliester, revestido com borracha de neoprene, altamente resistente a abrasão, variando seu tamanho entre 12 e 20 pés. Algumas marcas utilizam também revestimentos de PVC ou uretano). O bote leva de cinco a doze pessoas e é escolhido de acordo com o nível do rio.
-Remos: Podem ser de polipropileno, com cabo de alumínio ou de fibra de carbono. Capacete – Há dois tipos, com orelha e sem orelha, depende do conforto para quem vai utiliza-lo.
– Colete salva-vidas: para o rafting exige-se que tenha flutuabilidade mínima de 7,5 Kg.
– Roupa e sapatilha de neoprene ou tênis: Protege contra escoriações, em caso de queda do bote.
– Cabo de resgate: Trata-se de uma corda, de aproximadamente 20 metros, utilizada para resgates no caso de alguém cair do bote.
– Safety kayak: Em rios de nível acima de III, um caiaque fica em local estratégico para dar apoio em caso de resgates e acidentes.
Locais para praticar:
São Paulo
– Rio Juquiá – Juquitiba
– Rio Paraibuna – São Luis do Paraitinga
– Rio Jacaré-Pepira – Brotas
– Rio Pardo – Caconde
– Rio do Peixe – Socorro
Rio de Janeiro
– Rio Preto – Resende
– Rio Mambucaba – Angra dos Reis
– Ribeirão das Lages – Piraí
– Rio Paraibuna – Três Rios
– Rio Piraí – Barra Mansa
– Rio Macaé – Casimiro de Abreu
Paraná
– Rio Cachoeira – Antonina
– Rio Iapó – Castro
– Rio Nhundiaquara – Morretes
– Rio Tibagi – Tibagi
Outras Localidades
– Rio das Contas – Itacaré-BA
– Rio Jucu – Domingos Martins-ES
– Rio do Peixe – Pirenópolis-GO
– Rio Tenente Amaral – Jaciara-MT
– Rio das Antas – Nova Roma do Sul-RS
– Rio da Prata – Antonio Prado-RS
– Rio Paranhana – Três Coroas-RS
– Rio Cubatão – Santo Amaro da Imperatriz-SC
– Rio Itajai-Acú – Ibirama-SC
– Rio Hercílio – Ibirama-SC
– Rio Novo – Palmas-TO
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