Enduro Eqüestre

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A palavra Enduro é uma abreviação de endurance, que em inglês é sinônimo de resistência. O Enduro Eqüestre de competição é uma modalidade esportiva originária do turismo eqüestre, onde cavalo e cavaleiro devem percorrer uma trilha com obstáculos naturais, demarcada em um tempo pré-determinado, ou em velocidade livre. Vence a prova o cavalo que chegar ao final no menor tempo, ou no tempo mais próximo do ideal, dependendo do tipo de regulamento utilizado. É praticado em quase todos os países da Europa, na Oceania, América do Sul, nos Estados Unidos, África e Emirados Árabes.

No Brasil a primeira prova de Enduro Eqüestre aconteceu em Tremembé, interior de São Paulo, em 1989, ocasião em que 25 conjuntos largaram para cumprir um percurso de 60 km com velocidade controlada de 12 km/h. Em 1994, uma competição em Campinas-SP, reuniu 522 conjuntos em um evento registrado no livro Guiness de Recordes, como a maior competição eqüestre de uma mesma modalidade.

Atualmente, o Enduro Eqüestre é regulamentado por rigorosas normas da FEI – Federação Eqüestre Internacional, com a premissa de preservar a integridade física do animal, que é controlada sistematicamente em postos veterinários, denominados vet cheks, instalados ao longo do percurso. Nas competições internacionais oficiais, o percurso é de 160 km dividido em seis etapas que devem ser cumpridas em velocidade livre.

O Enduro é um esporte eqüestre fácil de ser praticado, podendo participar cavalos de todas as raças, puros ou mestiços, desde que tenham no mínimo quatro anos de idade. Não há limite de idade para o cavaleiro, o que torna o Enduro um esporte familiar.

O Brasil participa de competições internacionais desde 1994, quando foi representado por quatro conjuntos (cavalo e cavaleiro) na Holanda, por ocasião dos II WEGs (World Equestrian Games). Bianualmente também é realizado o Campeonato Mundial de Enduro Eqüestre, da FEI. Em dezembro de 1998, a equipe brasileira, formada por seis conjuntos, obteve a sexta colocação nos III WEGs, em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos.

A mais importante associação de enduristas do mundo é a ELDRIC (European Long Distance Rides Conference) que congrega associações nacionais de países de todo o mundo e organiza de quatro em quatro anos o seu campeonato mundial, bem como o campeonato europeu da modalidade. Atualmente, a ELDRIC pleiteia junto ao COI (Comitê Olímpico Internacional) a inclusão do Enduro nas Olimpíadas.

O Brasil tem uma natural vocação para o Enduro Eqüestre, pois a enorme extensão territorial brasileira foi consolidada sobre dorso de cavalos. O País possui uma tradição eqüestre, um excelente criatório, o maior rebanho eqüino do mundo (aproximadamente 36 milhões de animais) e abundância de trilhas naturais (na Europa praticamente todas as trilhas para competição e treinamento possuem trechos de asfalto), que nos proporciona condições ideais para a prática deste esporte, reservando-nos um futuro promissor, segundo os próprios dirigentes internacionais que nos visitam periodicamente.

O Enduro Eqüestre firma-se como esporte hípico mais praticado no mundo atualmente e como modalidade hípica desportiva que mais conquista adeptos no Brasil. Relativamente novo, o Enduro Eqüestre em seus 11 anos de prática no País conta com cerca de três mil praticantes (cavaleiros).

Terminar a prova é vencer. O Enduro Eqüestre, como categoria esportiva para competições internacionais, foi reconhecido pela FEI (Federação Eqüestre Internacional), em 1985, sendo realizado em 1986, em Pratoni del Vivaro, Itália, o primeiro Campeonato Mundial. Desde então, alcançou um desenvolvimento fulgurante dentro do esporte eqüestre internacional tanto que o número de participantes e provas triplicou nos últimos cinco anos. Verdadeiro teste de conhecimento e entrosamento entre cavaleiro e animal, o Enduro tem como premissa básica a saúde e as boas condições físicas do cavalo, fator determinante e prioritário da participação em competições. O cavaleiro/amazona cujo animal completa a prova com as melhores condições físicas sai vitorioso, afinal são 160 km de percurso árduo. Superando os obstáculos que a natureza impunemente impõe, o cansaço físico e mental, passar pela checagem dos veterinários, juízes da prova, onde o trabalho de dois anos de treinamento pode ser jogado por terra, cruzar a linha de chegada vale mais do que qualquer medalha ou colocação. Terminar é vencer, este é o lema dos praticantes do Enduro Eqüestre.

Mais de 40.000 cavaleiros, em 61 países, praticam e participam de provas, o que dá uma idéia do crescimento e da popularidade do esporte. Sem limite de idade, o esporte pode ser praticado por pessoas de todas as idades, homens e mulheres, individual ou em equipe. O importante é o conhecimento e a relação homem/animal/natureza. Atualmente, assistimos um crescimento de adeptos do esporte no Brasil nas várias categorias. Há provas livres de 30 e 160 km, disputadas em condições de igualdade por todos. Um exemplo é a participação cada vez mais crescente de artistas, atletas, políticos e empresários.

O Enduro Eqüestre é um esporte que apresenta uma das maiores taxas de crescimento ao ano no Brasil, quase 40%. Introduzido no país há 11 anos, já conseguiu um grande número de adeptos, sendo praticado por pessoas que prezam o contato com a natureza e o prazer de uma boa cavalgada.

Conforme regulamentação da Confederação Brasileira de Hipismo, três tipos de modalidades são praticados, todas elas possuindo acompanhamento veterinário, responsável pela análise das condições físicas dos cavalos e por eventuais desclassificações:

– Regularidade: onde devem ser cobertos percursos naturais, que variam de 30 a 75 quilômetros, em tempo pré-determinado e a uma velocidade média de 10 a 14 km/h.

– Velocidade Livre: mais competitiva, com distâncias variando entre 75 e 160 quilômetros, exigindo maior técnica do cavaleiro e resistência e condicionamento do cavalo. É considerada a Fórmula 1 do esporte.

– Modalidade Trial: prova com tempo e velocidade pré-determinados, apresentando percursos de 30 a 60 km, com postos de controle ao longo da trilha.

Fonte: Site Enduro Eqüestre