Capital do estado fluminense, o Rio apresenta ampla infra-estrutura devido a seu potencial turístico que atrai milhões de brasileiros e estrangeiros a cada ano.
A combinação de mar, montanhas e florestas tropicais também estimula a prática de esportes de aventura.
História e Cultura
Em 1º de janeiro de 1502, o português Gaspar Lemos chegou a Baía de Guanabara e muitos afirmam que o nome dado, Rio de Janeiro, foi pelo motivo dos portugueses acreditarem que a baía seria a foz de um rio. A partir daí, a cidade que tornaria-se capital federal, passou por grande parte dos governos que o Brasil teve em sua colonização. Em 1555, os franceses se apossaram da Baía de Guanabara e estabeleceram uma colônia na atual ilha de Villegagnon e estabeleceram alianças com Tamoios e Tupinambás. Mas a partir de 1560 os portugueses tomaram a região dos franceses e iniciaram o período colonial. Após a tomada das terras, a cidade foi fundada em 1565 por Estácio de Sá com o nome de São Sebastião do Rio de Janeiro, uma forma de homenagear Dom Sebastião. Mas a retirada dos aliados e dos franceses se deu completamente dois anos após. Durante o séulo XVII, a cidade teve um desenvolvimento lento e contava com as atividades do porto; e na segunda metade da mesma época, tornou-se a cidade mais populosa do Brasil, tendo grande importância para os colonizadores. Em 1763, Marquês de Pombal, ministro português, realizou a transferência da capital do Império, antes Salvador, para o Rio; que concentrou a vida política-partidária do regime. A vinda da família real para o Brasil ficou marcada com a festa na Ilha Fiscal, a última da monarquia antes da Proclamação da República. A partir daí, o Rio de Janeiro começou a demonstrar o crescimento desorganizado da cidade, com falta de habitação e saúde; e um dos exemplos foi a Revolta da Vacina, em 1904. A desorganização e desocupação de cortiços fez as famílias se mudarem para os morros e encostas da cidade, formando as grandes favelas que conhecemos. Em 1960, a capital deixou de ser a cidade carioca com a criação de Brasília.
Clima
Tropical atlântico, com médias de temperatura de 23,1ºC. Por ser uma cidade litorânea, o Rio conta com o efeito da maritimidade, com amplitudes térmicas baixas. Julho é o mês mais frio (máxima de 24ºC e mínica de 17ºC) e janeiro o mais quente (29°C e 23°C).
Vegetação e relevo
Florestas recobrem encostas e espécies remanescentes de mata atlântica são preservadas no Parque Nacional da Tijuca. Mata de baixada, restingas e manguezais são preservadas nas áreas de proteção ambiental de Grumari e Prainha.
A diversidade topográfica do Rio de Janeiro se estende à cobertura vegetal. Nos 1.255 km² de área urbana, em meio à topografia acidentada, com uma orla marítima de 86km de extensão, duas baías, 72 praias, formações rochosas, três maciços importantes, a cidade é irrigada por centenas de rios, canais e lagoas.
Alimentação
Pelo tamanho da cidade e pela fomentação do turismo, são encontrados todos os tipos de cozinha pela cidade. Desde um café da manhã colonial até lanchonetes, restaurantes tailandeses, japoneses, entre outros. Os bares da Lapa e do Leblon também são opção.
Hospedagem
Por se tratar de uma cidade que conta com o turismo, seja nacional ou internacional, o Rio de Janeiro conta com ampla rede de hotelaria. Desde albergues e hostel até hoteis de luxo, como o Copacabana Palace; para todas as faixas financeiras. Os turistas acham opções em todos os bairros da cidade.
Dicas gerais
Estar atento nas ruas em razão do alto índice de criminalidade.
Atrações
Arquipélago das Cagarras: Composto por sete ilhas (Laje da Carraga, Carraga, Filhote de Carraga, Matias, Praça Onze, Ilha Comprida e Palmas), o arquipélago das Carragas fica a cerca de 5 quilômetros da praia de Ipanema. Lá é possível chegar apenas de barco e também é um dos pontos procurados do Rio de Janeiro para mergulho.
Atividade noturna: Com bares, boates e danceterias espalhadas por toda a cidade, é possível escolher pelo local de acordo com o tipo de música e estilo das pessoas que freqüentam. O agito se concentra na Barra da Tijuca.
Baía de Guanabara: Com 381 km² de área, a Baída da Guanabara é formada por 55 rios e abriga dezenas de espécies botânicas, zoológicas e ictiológicas. Nos anos 90 passou por um processo de despoluição e em 2007 recebeu as disputas de vela nos Jogos Pan-Americanos. Hoje conta com um intenso tráfego de navios, balsas, entre outras embarcações.
Cristo Redentor: Um dos mais belos símbolos do Rio de Janeiro, situado no topo do Morro do Corcovado, a 710 metros do nível do mar, o monumento mede 38 metros de altura – contando com o pedestal, onde há uma capela – e pesa 1.145 toneladas. Foi esculpido por Heitor da Silva Costa e inaugurado em 1931.
É necessário enfrentar 222 degraus íngremes para se chegar ao terraço principal. Há várias lanchonetes e lojas de souvenirs no local. O local fica aberto diariamente, das 8 às 19 horas, e chega-se ao Cristo Redentor de carro ou, a cada meia hora, pelo trenzinho inaugurado por D. Pedro II em 1884. A estação fica na Rua Cosme Velho, 513.
Farol da Ilha Rasa: O farol indica uma das ilhas existentes próximo à entrada da Baía da Guanabara. Inaugurado em 31 de julho de 1829, o Farol da Ilha Rosa é um dos lugares mais procurados para mergulho no Rio de Janeiro. A ilha apresenta costões, lajes e grutas.
Ilha Fiscal: A Ilha Fiscal está situada na Baía de Guanabara e leva este nome por ter sido o posto da Guarda Fiscal, que atendia o porto do Rio de Janeiro, até então capital federal no século XIX. Em 1889 foi inaugurado o castelo que seria a sede do posto alfandegário, e tornou-se famosa a ilha após o famoso Baile da Ilha Fiscal, última festa da monarquia nacional antes da Proclamação da República. Hoje, a ilha possui u museu mantido pela Marinha do Brasil.
Jardim Botânico: Uma das áreas mais bem preservadas do Rio de Janeiro, o Jardim Botânico possui 54 hectares de área, com mais de 6.500 espécies da flora e fauna nacional, que também podem ser vistas nas estufas. Criado em 1808 por Dom João VI, há monumentos históricos, artísticos e arqueológicos, além de um centro de pesquisa e biblioteca voltados para a área botânica.
É possível realizar um tour pelo Jardim Botânico acompanhado por guias especializados, com empréstimo de binóculos e cadeiras de roda; com passagens pelo Orquidário, Bromeliário e pelo Jardim Sensorial, voltado para deficientes visuais.
Lapa: Um dos bairros mais conhecidos do Rio de Janeiro é a Lapa, tanto pela entrada, mas também por ser berço da boemia carioca. O local ainda possui edificações centenárias e bem conservadas, como por exemplo a Fundição Progresso, que hoje tornou-se uma casa de shows. A vida noturna da região é agitada e há bares, restaurantes e festas para todos os gostos.
Marina da Glória: Localizada na Baía da Guanabara, a Marina da Glória é o principal porto do Rio de Janeiro e possui uma das mais belas vistas da cidade. Próxima dos acessos, como Aterro do Flamengo e do Aeroporto Santos Dummont, a Marina é um dos locais mais procurados por velejadores. É possível fazer passeios de barcos com o u sem mergulhos.
Morro da Urca: Localizado no bairro da Urca, o morro fica próximo ao Morro Cara de Cão. Apresenta inúmeras opções de escalada, seja por vias ou boulders.
Pão de Açúcar: Com 396 metros de altura, é possível chegar ao seu topo através de um teleférico envidraçado, em duas etapas. A primeira parada é no Morro da Urca, a 224 metros do nível do mar, que oferece vista da enseada de Botafogo e da Baía de Guanabara e possui à disposição do turista loja de souvenirs e restaurante.
Um segundo teleférico leva ao Pão de Açúcar, com maravilhosa vista de toda a Baía até a Fortaleza de Santa Cruz, em Niterói, e de parte da orla marítima. O teleférico sai a cada 30 minutos, das 8 às 22 horas, da Praça Gal. Tibúrcio, na Praia Vermelha.
Parque da Lage: Aos pés do Morro do Corcovado encontra-se o Parque da Lage, tombado pelo Instituto do Patrimônio Historio e Artístico Nacional em 1957, como patrimônio histórico e cultural da cidade do Rio de Janeiro. O parque oferece um pedacinho dos jardins europeus antigos, com palmeiras imperiais misturados aos conjuntos arquitetônicos.
Para os praticantes de trekking, há trilhas pelo parque que levam diretamente ao Corcovado. Além da aventura, os visitantes podem aproveitar caminhos por dentro do parque que levam a locais com vegetação abundante e ao Lago dos Patos.
Parque Estadual da Cacrinha: Em Copacabana, cerca de 13,3 hectares de mata formam o Parque Estadual da Chacrinha foi implantado em 1984 com a liberação da área. Formado por muitas encostas, o local hoje tenta conciliar a preservação do meio ambiente com a população que mora nos morros próximos. O parque possui espaços para práticas esportivas e também trilhas que dão acesso ao Morro de São João.
Parque Nacional da Floresta da Tijuca: A maior floresta urbana do mundo está localizada dentro do Parque Nacional da Floresta da Tijuca. Além de apreciar a beleza da natureza preservada, o visitante tem a possibilidade de realizar várias trilhas e caminhadas com diferentes graus de dificuldade pelo local, e chegar em cachoeiras, grutas, picos e mirantes.
O Parque também abre possibilidade para quem gosta de escalada: o Pico da Tijuca é o mais alto do parque com 1.022 metros de altitude. Pode também ser alcançado após 6 horas de caminhada e apreciar a vista da cidade em 360º. É recomendável realizar a subida acompanhado de um guia do Parque Nacional.
Pedra Bonita: Local das decolagens de asa deltas e parapentes, a montanha chamada Pedra Bonita é coberta por vegetação densa e proporciona linda vista para o mar. Os vôos geralmente duram entre 15 e 45 minutos, dependendo das condições do vento. No trajeto, é possível observa a Pedra da Gávea, o Morro dos Dois Irmãos, o Corcovado, além de boa parte da orla marítima.
Além do voo, é possível realizar uma caminhada, subindo por São Conrado, na Estrada das Canoas. O ponto mais alto da Pedra possui 693 metros de altitude e a vista une floresta, mar e cidade. É recomendável fazer este trekking na companhia de um guia.
Praia de Copacabana: A mais famosa do mundo, a Princesinha do Mar, como é chamada, Copacabana recebe eventos esportivos e culturais nas areias da praia todos os anos. Ao longo da Avenida Atlântica, a ciclovia é muito utilizada pelos moradores e turistas e, aos domingos, uma das pistas da avenida em um dos sentidos é fechada para rua de lazer. As calçadas, com desenhos em curvas, e o Copacabana Palace são atrações que o público aproveita para tirar fotos.
Copacabana foi utilizada para algumas disputas dos Jogos Pan-Americanos de 2007, como por exemplo, o triathlon.
Praia de Ipanema: Uma das praias mais conhecidas do mundo, serviu de inspiração para compositores como Vinícius de Morais e Tom Jobim e, por isso, hoje é o berço da bossa nova no país. O local é bastante procurado para a prática de esportes, como o surf no Arpoador, uma das pontas de Ipanema. Um hábito que pode parecer incomum para muitos, já virou rotina para os cariocas: aplaudir o por do sol.
Praia do Arpoador: Sede de vários torneios nacionais e internacionais de surf, a praia do Arpoador apresenta uma das ondas mais perfeitas do Rio de Janeiro. Altas e com ótimas formações, as ondas fazem do local um ótimo point para os surfistas. Ainda há a possibilidade da prática de windsurf. Em maio de 1999, ondas gigantes invadiram a praia e obrigaram a interdição para banhistas.
Rio Paraibuna: Com corredeiras selvagens, o rio Paraibuna é o preferido dos praticantes de rafting no Rio de Janeiro. São aproximadamente 23 quilômetros de extensão, percorridos entre três e quatro horas. O percurso é cercado pela floresta ciliar, típica das margens ribeirinhas da região.
As quedas podem variar entre três e cinco metros de altura, dependendo da vazão do rio.