Falcão-de-peito-vermelho (Falco deiroleucus)

Classe: Aves

Ordem: Falconiformes

Família: Falconidae

Nome científico:  Falco deiroleucus

Nome vulgar:  Falcão-de-peito-vermelho, Falcão-de-peito-laranja

Categoria: Criticamente em perigo

Características: Padrão facial típico, peito vermelho alaranjado. Os falcões são os voadores mais elegantes que se pode imaginar. A fêmea considerada maior que o macho. São os gaviões com a forma mais aerodinâmica que se conhece. Na maioria das vezes abate aves em pleno vôo. Utiliza-se somente das garras para a captura da vítima a qual é rapidamente morta com o auxílio de um golpe de bico afiado que lhe secciona a espinha dorsal. Devora primeiro a cabeça e depois a musculatura peitoral, segurando-a com uma das garras. Sua caça: pombinhas (Columbina), codornas (Nothura maculosa) e outras aves. Espécie robusta, tendo, porém, quando adulto, o peito anterior avermelhado ao invés de preto barrado de branco; peito posterior, flancos e faces inferiores das asas negros com bordas e manchas redondas amareladas. Imaturo com peito anterior creme ferrugíneo, estriado de negro. A voz: “aczick-aczick”. Quando é possível pegar um exemplar, em mãos, observa-se a potência dos pés (dedo médio 4,5 cm). Na maioria não constrói ninhos, o Falco deiroleucus elege as ocas das árvores para criar. Um fator relevante e que pode dificultar sua identificação reside na semelhança de sua plumagem com a do cauré (Falco rufigularis), espécie relativamente mais comum, da qual se difere, sobretudo por apresentar, nas formas adultas, coleira peitoral alaranjada, porte maior, cabeça proporcionalmente mais larga, comprimento dos pés mais avantajados e cauda com silhueta um pouco arredondada na extremidade.

Observação: Apesar de ocorrer em área ampla, Falco deiroleucus parece apresentar populações pequenas e esparsas. Com os processos de desmatamento, especialmente em áreas adjacentes aos rios, onde a espécie ocorre, essas populações poderão sofrer considerável redução. Provavelmente, a espécie é também alvo de perseguições, sendo abatida em atividades ilegais de caça, como ocorre com outros falconídeos, eliminados indiscriminadamente por fazendeiros interessados em proteger seus animais domésticos.

Peso: Macho mais ou menos 600g – fêmea 1000 g

Comprimento: Macho cerca de 30 cm – fêmea ao redor de 40 cm (Ornitologia Brasileira- 37 cm – macho cerca de 30 cm, fêmea ao redor dos 40 cm)

Ocorrência Geográfica: Amapá, Pará, Piauí, Paraíba, Bahia, Minas Gerais, (o único registro da espécie em MG, foi feito no Parque Nacional da Serra do Cipó (sick 1985), Rio de Janeiro, Paraná, Santa Catarina, São Paulo, Rio Grande do Sul, Mato Grosso e Goiás, cerrados, orla da mata).

Cientista que descreveu: Temminck, 1825

Categoria/Critério: Espécies Ameaçadas de Extinção (site BDT, considerada criticamente em perigo).

Fonte: MMA/SINIMA