Os tubarões pertencem a classe Chondrichthyes, da ordem dos Carcharhiniformes, composta por peixes com esqueletos cartilaginosos.
Características dos tubarões
- São marinhos e pelágicos, habitam as águas costeiras e oceânicas, da superfície ao fundo, em praticamente todos os oceanos e mares;
- Normalmente de maior porte, podendo alcançar até 20 metros de comprimento;
- Os tubarões podem caçar atordoando os cardumes de peixes com sua cauda, podem caçar em bando e como um ataque surpresa enquanto sua presa nada;
- Respiram por meio de fendas branquiais, dispostas na lateral do corpo;
- Possuem hábitos alimentares carnívoros, tendo uma dieta regular de peixes, crustáceos, lulas, polvos, tartarugas, raias e outros cações;
- Suas escamas são placóides, ou seja, possuem a aparência similar aos dentes, que se sobrepõem formando a pele destes animais, auxiliando na característica hidrodinâmica do tubarão e facilitando sua agilidade;
- Em todo o mundo são conhecidas cerca de 380 espécies (oitenta e nove no Brasil), cujos tamanhos podem variar de 15 cm a 20 m de comprimento;
- Destas, os registros demonstram que somente doze, no litoral brasileiro, são perigosas e realmente podem atacar banhistas, surfistas, pescadores e mergulhadores.
Alimentação do tubarão
A alimentação do tubarão é variada, de acordo com a espécie, destacando os principais tipos:
- Alimentação baseada em animais de maior porte, como tartarugas, focas, leões marinhos, polvos e golfinhos. Um exemplo de espécie com este tipo de alimentação é o tubarão branco.
- Alimentação na forma de filtração, como o tubarão baleia, que se alimenta principalmente de plâncton e outros pequenos organismos como caranguejos e pequenos peixes, ingeridos através do método de sucção e filtração.
Reprodução do tubarão
Os tubarões apresentam fecundação interna, podendo ser ovíparos, que colocam “ovos”, como exemplo do tubarão-lixa, os ovovivíparos, que retêm os ovos em seu oviduto e os vivíparos, onde o filhote se desenvolve no interior do útero.
Quais tubarões existem no Brasil?
Tubarão azul (Prionace glauca)
É comum em toda a costa brasileira. Seu tamanho chega a 3,8 metros. É uma espécie oceânica, alimentando-se preferencialmente de lulas.
Tubarão baleia (Rhiniodon typus)
Comum no Norte e Nordeste. Pode medir até 20 metros de comprimento. É o maior tubarão que existe. É uma espécie, oceânica, alimentando-se apenas de plâncton. Apesar do tamanho, é inofensivo ao homem.
Tubarão cabeça-chata (Carcharhinus leucas)
Comum em toda a costa brasileira. Mede até 3,5 metros, vive próximo às zonas de estuário. Há registros desses animais no rio Amazonas.
Tubarão galha branca oceânico (Carcharhinus maou)
Assim como o tubarão azul, é comum em todo o Brasil. Atinge 4 metros de comprimento, alimentando-se de pequenos peixes de alto-mar.
Tubarão galha preta (Carcharhinus limbatus)
Comum no Norte e Nordeste do Brasil. Mede 2,5 metros. Vive em águas temperadas tropicais. Alimenta-se de peixes pequenos e de invertebrados.
Tubarão lixa (Ginglymostoma cirratum)
Ocorre em toda a costa brasileira. Chega a medir 4,3 metros. Vive próximo ao fundo do mar, alimentando-se de invertebrados. É uma espécie considerada inofensiva ao homem. Não possui dentes afiados como a maioria dos tubarões.
Tubarão mako-cavala (Isurus oxyrinchus)
Ocorre em toda a costa brasileira. Mede 4 metros de comprimento, possui excelente habilidade para nadar, é uma espécie oceânica, alimentando-se de peixes de alto-mar e de outros tubarões.
Tubarão martelo (Sphyrna lewini)
É comum em toda a costa brasileira. Atinge 4,2 metros de comprimento. Sua cabeça possui formato curioso que lhe dá o nome de martelo: são duas laterais proeminentes na cabeça, onde localiza seus olhos. Alimenta-se de animais escondidos na areia do fundo do mar. É considerada uma espécie semi-oceânica.
Tubarão raposa (Alopias vulpinus)
É uma espécie comum nas águas tropicais do litoral brasileiro. Chega a medir 5,50 metros. Possui uma cauda curiosa, que mede o mesmo tamanho do seu corpo. Alimenta-se de outros peixes comuns em alto-mar.
Tubarão tigre (Galeocerdo cuvier)
Ocorre em toda a costa brasileira. Pode atingir até 9 metros. Vive em águas tropicais, alimentando-se tanto de peixes quanto de invertebrados.
Qual animal é maior que o megalodon?
A baleia azul supera o tamanho do megalodon, podendo atingir cerca de 34 metros e pesar até 200 toneladas.
Recomendações para banhistas evitarem acidentes com tubarões:
- Ficar sempre em grupo. Os tubarões normalmente atacam banhistas solitários;
- Evitar nadar próximo a áreas com grandes cardumes de peixes;
- Não avançar para águas muito profundas, onde terá maior dificuldade de assistência;
- Evitar nadar de manhã cedo e ao final da tarde, quando os tubarões são mais ativos;
- Não entrar na água, se estiver com algum ferimento;
- Atentar-se a sinalizações na praia;
- Não usar joias brilhantes ao entrar na água.
Conservação dos tubarões
Os primeiros exemplares de tubarão na Terra apareceram a cerca de 200 milhões de anos atrás, são animais antigos e que passaram com sucesso por diversas mudanças e adaptações. Atualmente, em função da pesca predatória por suas barbatanas, poluição dos oceanos e impacto das atividades humanas os tubarões correm o risco de extinção.
As medidas de conservação dos tubarões é essencial, para a sobrevivência das espécies e por toda a função desempenhada no ecossistema, onde atuam mantendo o equilíbrio da vida marinha e garantindo a saúde dos estoques pesqueiros, uma vez que se alimentam de peixes menos aptos a sobrevivência.
A conscientização da população quanto a importância dos tubarões, a maior fiscalização das atividades pesqueiras e redução da poluição dos oceanos são frentes de atuação importantes para reverter este cenário.
Maria Beatriz Ayello Leite
Redação Ambientebrasil