Manejo de Fauna em Cativeiro

Manejo de fauna em cativeiro é a intervenção humana de forma sistemática, visando manter e recuperar populações silvestres em cativeiro para diminuir a pressão de retirada de espécies da natureza, ofertando à sociedade animais com origem legal, dentro do princípio da sustentabilidade.

Todo manejo deve pressupor conhecimento, controle e monitoramento. Sem esses requisitos, que devem ser estabelecidos em regras e normas, não há manejo. A ética no manejo é fundamental para que ele seja bem sucedido.

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Existem vários regulamentos para criação de animais silvestres em cativeiro. Pode-se pleitear a criação concervacionista, científica, comercial ou parque zoológico. Para cada uma dessas categorias há uma legislação específica que regulamenta o uso da fauna silvestre visando um manejo sustentado para as espécies contempladas.

Para um interessado criar animais silvestres em cativeiro seja habilitado, é necessário que o mesmo apresente ao IBAMA (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais) uma carta consulta com seu projeto de criação, contemplando os objetivos e aspectos técnicos. Uma vez que esse projeto é aprovado o criador poderá receber as matrizes que serão provenientes de Centros de Triagem de Animais Silvestres – CETAS do IBAMA, ou mesmo de outros criadores que estejam manejando seus excedentes.

Os CETAS são lcoais onde os animais silvestres ficam alojados, quando são apreendidos pelos órgàos fiscalizadores ou entreges por particulares, até serem destinados de acordo com seu estado físico e de selvageria. Nessa ocasião o manejo adequado também é fundamental para garantir a sobrevivência do (s) animal (is).

Conhecer a biologia das espécies que se pretende criar é fundamental para o desenvolvimento do manejo em criadouro ou zoológico. Seu registro junto ao IBAMA dependerá da comprovação de sua capacidade técnica para manejar espécies silvestres. Os animais silvestres, quando retirados de seu hábitat, geralmente ficam estressados e subnutridos, fato que os leva ao óbito com freqüência. O sucesso do manejo depende da assistência técnica dos profissionais da área, habilitados para essa finalidade, como por exemplo biólogos e médicos veterinários.

Todos os criadouros e zoológicos registrados no IBAMA sabem que, a qualquer momento, poderão sofrer vistoria para avaliação do manejo dos animais silvestres, acompanhamento do plantel, entre outros.

A emissão da licença de transporte para os animais a serem transferidos é outro mecanismo de controle dos plantéis que o IBAMA utiliza. Até mesmo os Centros de Triagem de Triagem de Animais Silvestres – CETAS, setores do próprio IBAMA, necessitam da citada licança para enviar um animal de uma localidade para outra.

Quando o manejo não está sendo adequado apra a espécie que se mantém no cativeiro, o IBAMA sugere um ajuste, estabelecendo um prazo para tal adequação. Caso isso não ocorra o criadouro poderá perder a guarda do animal.

Centro de Triagem de Animais Silvestres – CETAS

Dinâmica do Manejo dos Animais silvestres nos CETAS

Geralmente os animais silvestres chegam aos CETAS, trazidos pelos agentes da Fiscalização ou por particulares que criavam de maneira ilegal.

Quando os animais chegam aos CETAS, são seprados para que sejam identificados e registrados. EM seguida, os mesmos passam por uma avaliação das condições físicas. Verifica-se sua espécie e área de ocorrência na natureza. Depois são colocados nos recintos apropriados para a espécie. Nesses recebem alimentação adequada e água fresca.

Avaliação física – dependendo do resultado da avaliação física, os animais podem ser encaminhadas imediatamente para o local de destino escolhido, ou se for necessário, irá para a quarentena, lcoal onde receberá cuidados especiais e ficará sob observação até sua completa recuperação.

Os indivíduos doentes ou debilitados ficam em quarentena. Nesse tempo em que o animal está sendo recuperado, a equipe técnica do CETAS estará verificando qual será o melhor destino par ao mesmo.

Após a recuperação o animal é encaminhado para o destino determinado pela equipe técnica. Caso o animal venha a morrer, procuramos encaminhar a carcaça para instituições científicas que tenham projetos com fauna. Diminuindo, assim um pouco do prejuízo com a perda do animal para a natureza.

IBAMA – Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais.