Classificação
Nome Científico: Hippocampus sp
Classe: Osteichthyes
Ordem: Gasterosteiformes
Família: Syngnathidae
Temperatura: de 24 a 26ºC
Densidade: 1.023-1.025
Características
São animais marinhos e estuarinos; bentônicos, com uma espécie pelágica, presentes até os 90 m de profundidade.
Morfologia
O nome deste peixe vem da semelhança de sua cabeça com a do cavalo. Nada com o corpo em posição vertical e a cabeça para frente, movimentando-se pela vibração das barbatanas dorsais. A cauda, longa e preênsil, permite-lhe agarrar-se às plantas submarinas enquanto come pequenos crustáceos. O cavalo-marinho possui placas dérmicas formando uma couraça que os protege dos inimigos. Possui boca pequena, terminal, usualmente no final do focinho tubular; aberturas branquiais fusionadas no corpo e no istmo; 4 arcos branquiais completos e com as brânquias lobadas; espinhos ausentes na dorsal, pélvicas ausentes; dimorfismo sexual presente; os machos incubam os ovos sob o tronco ou cauda.
Hábitat
Vive nos fundos aquáticos, arenosos ou lodosos, em profundidades que variam de 8 a 45 metros. Seu habitat preferido são os campos de algas.
Alimentação
Eles são monofágicos, ou seja alimentam-se somente de pequenos crustáceos, como artêmia salina e dáfnias. Alimentos que não se movimentam não serão comidos.
Comportamento
Na natureza ficam presos à corais e gorgônias com suas caudas. Somente nadam em busca de alimento quando há falta deste. Adaptam-se bem em aquários comunitários com outros peixes pequenos e lentos, mas não deverá ser colocado em aquário com invertebrados. (alguns invertebrados o atacam e outros são atacados pelo cavalo-marinho).
Reprodução
É o macho que fica grávido, a fêmea deposita os óvulos numa bolsa da região ventral; ali eles são fecundados e depois incubados durante dois meses. O cavalo-marinho tem cerca de 15 centímetros de comprimento. O tronco e a cauda são recobertos por anéis. A cabeça é separada do tronco por uma espécie de pescoço. Quando os ovos eclodem, o macho realiza violentas contorções para expelir os filhotes. Ao nascer, estes são transparentes e medem pouco mais de 1 centímetro.
Distribuição Geográfica
A área de distribuição do cavalo-marinho inclui o Oceano Atlântico, Índico, Pacífico e Mediterrâneo. As 32 espécies de cavalos marinhos existentes no mundo estão listadas como vulneráveis na IUCN Red List (Lista Vermelha da União Internacional para Conservação da Natureza). Porém muito pouco se sabe sobre sua biologia em ambientes naturais. No Brasil existem duas espécies de cavalo-marinho o Hippocampus reidi e H. erectus.
Interesse Econômico
Mundialmente, por ser espécie de interesse econômico para lojas de aquário e para indústria farmacêutica oriental, tornou-se espécie vulnerável, entrando para a IUNC Red List em 1996. A partir de 1997, todas as espécies de cavalos marinhos foram incluídas no Anexo D da Lista de Espécies Ameaçadas de Extinção da Comunidade Européia (Vincent 1994a, 1995a,b).
Pesca Abusiva
A pesca abusiva tem diminuído os estoques naturais de cavalos marinhos em todo o mundo. A China é o maior consumidor deste peixe em termos farmacêuticos, seguida por Taiwan, Hong Kong e Singapura. Os remédios é base de cavalos marinhos dizem aliviar desde asma até a impotência sexual. Em uma farmácia de Hong Kong, o preço de tal droga varia entre 120 e 400 dólares/Kg.
Dados brasileiros sobre pesca de peixes ornamentais marinhos não são conhecidos ou divulgados. Não há controle sobre a pesca para o comércio interior ou para a exportação e não existe lei, em âmbito nacional, de proteção a tais peixes. Entretanto, sabe-se que a pesca do cavalo marinho é abusiva. Os locais de criadouro natural não são respeitados, nem idade ou sexo dos espécimes coletados. São jovens que saem do mar antes de estarem aptos a reproduzir, bem como adultos maduros sexualmente e muitos machos já grávidos, que invariavelmente perdem seus filhotes, ainda dentro da embalagem plástica de viagem, devido ao estresse a que são submetidos, ou nos aquários das lojas que não são adequados a recebé-los.
Ameaçados de Extinção
Nos estados de Santa Catarina, Paraná, São Paulo e Rio de Janeiro, verifica-se a extrema pressão antrópica sofrida pelas barras de rios e manguezais do litoral destes Estados. Infelizmente grande parte das regiões estuarinas foram transformadas em corpos receptores de efluentes, tanto da população ribeirinha quanto do comércio e indústria locais. Este fato naturalmente concorre para o desaparecimento dos cavalos marinhos que encontram nessas regiões, o seu hábitat.
Redação Ambientebrasil