No Brasil, iniciou em 1708 com o Padre Bartolomeu de Gusmão. No início eram balões de ar quente passando mais tarde para hidrogênio, diminuindo assim os riscos de incêndio, tornando-se um esporte mais seguro.
O vôo em balão permite a contemplação de um vasto horizonte num silêncio quase absoluto. É possível distinguir dois tipos vôo em balão: o vôo cativo (a subida e descida do balão é realizada na presença de um cabo de ligação) e o vôo livre onde a orientação faz-se através do arremesso do lastro (normalmente sacos de areia) ou então, aquecendo o ar contido no balão de maneira a fazê-lo subir até à altura de uma corrente de ar que se desloque na direção desejada.
As provas mais praticadas no Brasil
Estas são as provas mais praticadas pelos pilotos de balão a ar quente no Brasil, segundo a ABB (Associação Brasileira de Balonismo):
– Alvo declarado pelo juiz: levando em consideração os ventos que prevalecem na área, na hora da prova, o juiz indica os alvos que devem ser atingidos. O balonista deve jogar, o mais próximo possível do alvo, um saquinho com uma fita colorida e um número indicativo do balão. Ganha mais pontos quem chega mais próximo do alvo.
– Alvo declarado pelo piloto: nesta prova, antes da decolagem, o piloto indica ao juiz os alvos que pretende atingir. A pontuação tem critério igual a anterior.
– Fly in (Fly on): nas competições, geralmente todos os balonistas decolam do mesmo ponto. No Fly in, cada balonista escolhe o seu ponto de decolagem, rumando depois para um local central, onde estão os juizes e há um alvo a ser atingido. No Fly on o balonista segue depois para atingir um segundo alvo.
– Máxima distância: cada balonista só pode lançar sua marca após um determinado período de vôo. Ganha mais pontos o balonista que lançar sua marca mais distante do local de decolagem. Esta tarefa é feita em dias de ventos fortes.
– Mínima distância: tarefa normalmente feita em dias de vento fraco. O balonista só pode lançar sua marca após determinado período de vôo. Ganha mais pontos aquele que tiver percorrido a menor distância.
– Valsa da hesitação: nesta tarefa o piloto recebe a incumbência de atingir um entre dois alvos. Após a decolagem, ele escolhe o alvo em função dos ventos.
– Valsa da hesitação dupla: esta tarefa foi criada pelos balonistas brasileiros e introduzida no 3° Campeonato Brasileiro. O piloto decola e lança sua marca num alvo escolhido por ele. A pontuação é dada depois de medida as distâncias entre o ponto de queda da marca e o alvo mais próximo. Uma segunda marca é lançada depois e idêntica medição é feita em relação a outro alvo.
– Caça à raposa: esta tarefa não conta pontos em campeonatos. Um balão decola em vôo livre e passado certo prazo de tempo o juiz autoriza a decolagem dos demais, que devem persegui-lo. O balão raposa faz o possível para dificultar a perseguição. Ganha a prova o balonista perseguidor que pousar mais perto dele ou lançar sua marca mais próxima.
– Cotovelo: nesta tarefa, o balonista decola, voa para um alvo, atinge-o com a marca e depois, desviando o rumo, voa para um segundo alvo e joga outra marca. Ganha mais pontos o balonista que, nessa mudança de rumo, fizer um ângulo mais apertado.
– Vôo da chave: uma sacola com as chaves de um veículo é colocada sobre o ponto mais alto de um poste. Cada balonista, passando próximo ao poste, tem uma única oportunidade para pegar a maleta e ganhar a chave do carro oferecido como prêmio. Esta tarefa também não conta pontos em campeonatos.
– Múltiplos alvos determinados: o árbitro geral seleciona dois ou mais alvos fora do local da decolagem. Estes alvos estão normalmente de dois a cinco quilômetros de distância do lugar da decolagem. Os pilotos decolam e tentam manobrar os balões para que eles cheguem o mais próximo possível dos alvos, quando então deixam cair uma marca para identificação. A marca mais próxima ao centro vai determinar o vencedor.
– Prova de navegação convergente: os pilotos localizam uma área de dois a cinco quilômetros fora do local da decolagem, inflam seus balões e tentam pegar o melhor vento, para chegar ao alvo colocado no centro da área escolhida. A marca mais próxima ao centro do alvo determina o vencedor.
Equipamentos:
– Envelope;
– Maçarico;
– Cesto;
– Cilindro;
– Combustível;
– Ventoinha.
Locais para a prática:
– Região da Serra da Moeda – MG
– Vôo panorâmico em qualquer cidade do Paraná -PR
– Região de Seropédica -RJ
– Sobrevôo em Torres -RS
– Sobrevôo em Piracicaba, Sorocaba e Ribeirão Preto -SP
Ambiente Brasil