Manaus – AM

As últimas administrações públicas se associaram à iniciativa privada e investiram pesado na modernização da metrópole. Sim, em menos de 20 anos, Manaus saltou da categoria de cidade de médio porte para metrópole. O crescimento e a evolução da cidade estão registrados no IBGE, o instituto qualificou Manaus como uma das melhores cidades do país.

O município tem um dos menores índices de mortalidade infantil do Brasil, 22,7 mortes em cada mil crianças nascidas viva, e está abaixo da marca aceitável de 32 mortes a cada mil recém-nascidos estabelecida pela Organização Mundial de Saúde (OMS). Mas o desenvolvimento não para por aí: nos últimos 10 anos, Manaus também investiu em ecoturismo, restaurou espaços públicos e treinou funcionários para receber bem os visitantes. A partir disso, a cidade da alta tecnologia marcou pontos e se tornou um dos municípios turísticos mais interessantes do Brasil.

História e Cultura

A capital amazonense começou a ser povoada com a construção de casas de palha de índios ao redor da fortaleza de São José do Rio Negro. No entanto, em 1669, os portugueses chegaram ao local para impedir a aproximação espanhola. Sua primeira denominação foi Barra do Rio Negro e, no século XVIII, já apresentava uma forte produção agrícola e extrativista. A primeira era composta por algodão, anil, cacau, castanha-do-pará, salsa e fumo e a segunda, basicamente pela borracha. Em 1833, a cidade passa-se a se chamar Manaus. A urbanização aconteceu entre 1890 e 1910, durante o apogeu da borracha. Neste período também foram realizadas as obras de canalização de água, construção de postes e implantação de iluminação. A Zona Franca foi instituída em 1967, com ela, uma grande migração de trabalhadores e indústria ocorreram na região. A cultura de Manaus mescla influências indígenas, nordestinas e européias. Apesar das tradições e dos costumes dos índios, a população possui uma formação ocidental. No âmbito das artes e música, ocorre novamente a mistura das influências citadas acima. As lendas indígenas fazem parte do imaginário manauense e entre elas estão Iurupari, Curupira, Mati-Taperé, Caipora, o Bôto, a Cobra grande, Irapuru e Iara, a Mãe d’água. O artesanato tem influências ribeirinhas, caboclas e indígenas e é feito na borracha natural, cestaria, guaraná, madeira, sementes, cipós e tecelagem.

Clima

O clima da região é o equatorial úmido com uma curta estação seca. As temperaturas são sempre elevadas e sua variação entre o mês mais quente e o mais frio é pequena. Na cidade, as chuvas anuais estão entre 2.000 e 2.500 milímetros e a temperatura média do ano é de 24, 5ºC.

Vegetação e relevo

A vegetação manauense faz parte da Floresta Amazônica. A flora é composta por uma enorme variedade de plantas de tamanhos diferentes, entre elas estão:

  as latifoliadas;

  as muito próximas – o que torna a floresta úmida e impenetrável;

  as de folhas permanente – responsáveis pela cor verde da floresta;

  e árvores produtoras de madeira de lei. Mas, o grande símbolo da vegetação da cidade é a vitória-régia. A planta é uma espécie aquática ornamental, que pode ser encontrada em lagos de pequena profundidade e sem correnteza. A vitória-régia tem folhas no formato de grandes bandejas verdes de até dois metros de circunferência, com bordas de 5 a 10 cm de altura e pode suportar até 12 quilos.

Constituído por planícies e baixos planalto. As planícies aparecem perto do leito dos grandes rios e a altitude é menor que 100 metros. São compostas por sedimentos recentes, da Era Antropozóica, que continuam a ser depositados pelas correntezas. Por isso, se diz que a planície amazônica ainda está em formação. Dezenas de metros após os leitos dos grandes rios, há barrancos com altitude de entre 100 a 200 m. Neste ponto, estão os terrenos planos da Era Cenozóica. Estes locais são os baixos planaltos amazônicos.

Alimentação

A cozinha manauense é rica e em sua base está na pesca e na macaxeira, isto é, a mandioca ou o aipim para as cidades do sul e nordeste do Brasil. Além disso, há outros pratos típicos como:

  Açaí na cuia com farinha de tapioca;

  Alimentos geralmente assados a brasas, com um pouco de sal, cheiro-verde e um toque de pimenta;

  Balas de mangarataia, isto é, gengibre;

  Beiju;

  Bolo de macaxeira;

  Mingau de banana;

  Munguzá (mingau preparado com milho branco);

  Pamonha;

  Peixes, como tambaqui, matrinxã, jaraqui, sardinha, pacu, pirarucu e tucunaré;

  Quebra-queixo feito de açúcar e castanhas;

  Sucos e sobremesas preparados com cupuaçu, açaí graviola, buriti, araçá, camu-camu, taperebá e abacaba, as frutas regionais;

  Tacacá, uma espécie de sopa indígena composta por ucupi, camarão seco, goma de mandioca brava e folhas de jambu e servida em uma cuia negra;

  Tapiocas com castanha, coco ou manteiga;

  Tucupi (sumo fermentado da mandioca).

Hospedagem

A cidade conta com hotéis tradicionais e hotéis na selva. A vantagem é que nos hotéis fora da cidade o turista pode ter maior contato com a fauna e flora.

Dicas gerais

A vitória-régia, símbolo da Floresta Amazônica, é com certeza uma das atrações mais procuradas pelos turistas. A melhor época para admira-la é de abril a setembro, ou seja, o período de cheia dos rios. A planta pode ser encontrada em lagos de pequena profundidade e sem correnteza. As cascatas do Santuário e de Iracema, na reserva natural Presidente Figueiredo, são points bons para o rapel. O horário de funcionamento do Zoológico do CIGS é de terças-feiras a domingos, das 9h às 16h30. Para ir a Manaus, é necessário tomar a vacina anti-amarílica, isto é, contra a febre amarela, e dependendo da região, usar roupas de manga comprida ao alvorecer e ao anoitecer.

Atrações

Observação de pássaros ou Bird Watching: Das 9.700 espécies de aves catalogadas no mundo, aproximadamente 3.100 estão na América do Sul, 1.600 no Brasil e cerca de 700 no Estado do Amazonas. Na Área de Proteção Ambiental do município de Presidente Figueiredo, a 107 quilômetros de Manaus, podem ser encontradas aves amazonenses e outras espécies raras.

Empresas especializadas têm programações focadas na observação de aves silvestres e com saída de Manaus. Há roteiros que incluem visitas a ilhas existentes ao longo dos rios Negro e Solimões, oferecem caminhadas na mata e dependendo da época do ano, ou até observação de aves em canoas motorizadas.

Parque Ecológico do Lago Janauari: Com uma área de 9 mil hectares de matas de terra firme, várzeas e igapós (floresta inundada), o espaço se localiza no rio Negro a uma hora de barco de Manaus. Os passeios fluviais acontecem diariamente e tem saída pela manhã e regresso no final da tarde. Geralmente, as agências fazem pacotes que incluem almoço regional em restaurante típico, visita ao Encontro das Águas (junção dos rios Negro e Solimões) e um tour de canoas pelos lagos e riachos da região.

Reserva Natural Presidente Figueiredo: A reserva natural Presidente Figueiredo oferece espaços para as práticas de trekking, montanhismo e rapel nas diversas cascatas, montanhas e cavernas de areia da Floresta Amazônica. A área de preservação fica a 107 quilômetros de Manaus e tem 200 km².

Rio Padauarí e o Rio Amazonas: A generosidade da Mãe-natureza transformou os rios amazonenses em sonhos para muitos amantes da pesca esportiva. O peixe mais cobiçado é o tucunaré, que pode ser encontrado em toda a região. Os rios são os mais procurados em Manaus.

Zoológico do CIGS: A fauna do Amazonas pode ser observada no zoológico do Centro de Instrução de Guerra na Selva, o CIGS. O espaço, que é o maior da região amazônica e uma referência em conhecimento e pesquisa, abriga suçuaranas, sucuris, jaguatiricas, macacos, jibóias, jacarés-açu, veados, araras e outros animais.

As maiores atrações são uma sucuri de seis metros, as onças pintadas e uma pantera negra. Além disso, o zoológico tem um programa de recuperação de animais para devolução ao habitat natural. O CIGS foi construído em 1967, é mantido pelo Exército e tem uma área de 30 mil metros quadrados, 300 animais e 73 espécies.

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