Estação Ecológica Maracá-Jipioca

Região: Norte

Estado: Amapá

Bioma: Floresta Amazônica

Área: 72.000 ha

Criação: Decreto 86.061 (02/06/1981)

Unidade de Proteção Integral

O acesso, a partir de Macapá pode ser por via fluvial/marítima ou rodoviária até a cidade de Amapá e de lá por via marítima, atinge-se a ilha. A estação tem aproximadamente 72.000 ha.

Identificaram o clima atuante em toda a Costa do Amapá e na Ilha de Maracá, segundo a classificação de Gaussen, como Termoxeroquimênico Atenuado (tropical quente), cuja temperatura do mês mais frio é >15º C e o período seco corresponde a 3 meses, de agosto a novembro.

Identificaram dois tipos de solos na superfície da ilha Maracá: Solos Hidromórficos indiscriminados e Solos Indiscriminados de Mangues.

Na Ilha de Maracá, ocorre uma cobertura florestal denominada Formação Pioneira, constituída por vegetais que encontram-se ainda, em fase de sucessão. Esta cobertura foi dividida em duas formações:

– Campos de Planície do Amapá: ocorrem na faixa costeira do Amapá onde não há influência da salinidade do mar, e nas ilhas da costa amapaense. A cobertura vegetal é rica em Gramíneas, Ciperáceas e Melastomáceas. Nos locais mais abaixos e mais alagados a vegetação é composta por aninga, tiriricão, buruti, piri e mururés; enquanto que em locais mais altos, a vegetação é de gramíneas como a canarana, capim rabo-de-rato, capim serra- perna e capim-arroz.

– Mangues: a vegetação de mangue desenvolve-se essencialmente nos terrenos quaternários formados por sedimentação de origem flúvio-marinha, onde a salinidade é o fator seletivo da vegetação.

Segundo Sílvio Fróes (1944; In: Leite et al, 1974) o mangue é encontrado sempre em contato direto com as águas da maré enchente, enquanto que os siriubais ficam na retaguarda, em terrenos salmos e menos visitados pelas águas das marés.

De acordo com Novelli & Mollero (1988), os bosques de mangue da ilha de Maracá recebem designações em função da espécie dominante. Assim, o termo siriubal é empregado para bosques dominados por Avicenia germians com árvores de 15 a 30 m formando bosques maduros e bem abertos (interagindo com os sistemas vizinhos). O termo manguezal define os bosques de Rhizophora spp. (R. mangle, R. harrissoni e R. racemosa) que estão limitados às áreas menos elevadas sobre o nível de maré, sendo os mesmos representativos dos manguezais da ilha de Maracá, ocorrendo em alguns poucos pontos com distribuição bem delimitada.

Outro padrão fisiográfico identificado na Ilha de Maracá são os bosques de Jacal. Em outros ambientes da linha de Costa, o Taboal pode estar exposto. Em algumas áreas interiores da referida Ilha, cercadas por extensos campos de Ciperáceas, são encontradas verdadeiras Matas de Igapó, constituídas por espécies típicas de zonas inundadas por água doce, além de Avicenia sp e Laguncularia sp.

A Ilha de Jipioca cuja vegetação é formada por siriubais e aturiá, durante o período de inverno é transformada em um pequeno banco de areia, devido o crescimento das marés e o aumento da erosão.

A fauna da Ilha Jipioca é composta por grande diversidade de espécies de aves, répteis, mamíferos, peixes e inúmeros invertebrados. Aves: guará, flamingo, marreca, pato, colhereiro, jaburu, tuiuiú, mergulhão, maçarico, gaivota, carão, etc. Répteis: jacaré-açú, jacaré-tinga, jacurarú, camaleão, cobras, jacuruxi, etc. Mamíferos: ocorrência provável das duas espécies de peixe-boi (marinho e de água doce), onça, veado, capivara, cotia, macaco- prego, lontra, ariranha, guaxinim, guariba, etc. Peixes: Água salgada; gurijuba, espadarte, mero, bandeirada, tacuriana, tubarão, etc. Água doce: apaiari, tucunaré, acarás, traira, aracú, tamuatá, piranha, jacundá, etc. Crustáceos: caranguejo, camarão.

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