Parque Nacional da Chapada Diamantina

Região:Nordeste

Estado: Bahia

Município: Lençóis, Andaraí, Palmeiras, Ibicoara e Muçunguê

Bioma: Cerrado

Área: 152.000 ha

Criação: Decreto: 91.665 (17/09/1985)

Unidade de Proteção Integral

Esgotado o ciclo de diamantes, após décadas de exploração o marasmo tomou conta da cidade. Mas, atualmente, as antigas cidades históricas, antes ocupadas por garimpeiros, passaram a receber turistas que buscam a tranqüilidade e a beleza da natureza.

O parque apresenta uma área de relevo montanhoso, com altitudes que variam entre 400 e 1.200 metros. São 84 mil quilômetros quadrados, sendo 152 hectares dentro do parque, que tem montanhas, planícies, grutas, rios, lagos e cachoeiras, como a Cachoeira da Fumaça, com 400 metros de altura. Próximo à Chapada, encontram-se inúmeras cavernas, a maior parte delas em rochas calcárias.

A flora é caracterizada por bromélias, orquídeas, sempre-vivas, unha-de-vaca, gravatá-de-cacho, tucum, exemplificando espécies únicas do Brasil.

Na fauna, destacam-se a capivara, o quati, a onça-pintada, o veado, a arara-pequena, periquitos e curiós, além de répteis, como cobras jibóias e sucuri.

O município de Iraquara tem o Sistema Espeleológico Santa Rita, onde existem cavernas que hoje são pontos turísticos, como a Lapa Doce, Gruta Azul e Gruta da Pratinha, localizada a 60 km de Lençóis, uma cidade da Chapada Diamantina.

A vegetação divide-se em campos rupestres, com vastas áreas pedregosas; campos gerais, e densas matas de galeria, no fundo dos vales e ao longo dos rios.

Uma das cavernas formadas pelo Rio Pratinha recebeu este nome devido à presença de pequenas conchas claras no fundo, que somadas à água de tom azul do rio refletem a cor prata. A transparência da água e a quantidade de peixes que podem ser vistos fazem parecer um passeio em uma loja de aquários. A ictiofauna do rio é composta por várias espécies, como piaus, lambaris, traíras, curimbás, curimatás, bagres, cascudos, acarás e tilápias. A fauna cavernícola tem exemplares como cobras e morcegos. Sua vegetação é típica de cerrado, com exemplares rasteiros.

O rio Pratinha é subterrâneo, passando primeiramente pela Gruta Azul. Isso permite que mergulhadores façam a travessia pelas galerias que comunicam as duas cavernas. A Gruta da Pratinha localiza-se em uma propriedade particular, cujos donos criaram uma boa infra-estrutura para suportar o intenso turismo. O dono da propriedade cobra uma taxa mínima de manutenção pela visita e permite apenas mergulhadores na caverna.

O Poço Encantado se localiza no município de Itaetê, Chapada Diamantina. É uma caverna calcárea, em que há um salão principal de grandes dimensões; ali se encontra um enorme lago azul, que corresponde a um afloramento do lençol freático, isto é, a cor é a reflexão da luz em moléculas de água pura, tornando-se, por isso, um dos pontos mais visitados na Chapada. No lago, há uma pequena população de pequenos bagres, que são peixes completamente despigmentados e sem olhos, devido ao isolamento subterrâneo que fez com que eles adquirissem estas características especiais, pela ausência de luz. Adaptados a este tipo de ambiente cavernícola, não conseguem sobreviver em outro habitat.

Distante a 425 km de Salvador, o acesso é feito pela rodovia BR-242. No município de Lençóis, há infra-estrutura para visitantes e guias especializados para a região do parque.

Ibama – www.ibama.gov.br