Tecnologia nova para elevar a Produção dos Poços Submarinos

A Petrobrás iniciou a operação do protótipo de um sistema de separação e bombeamento de óleo e gás, instalado no fundo do mar, que proporciona a elevação da produção de óleo e gás, ao reduzir a contrapressão na cabeça dos poços. Instalado no Campo de Marimbá, na Bacia de Campos, o sistema elevou em 27% a produção do poço MA-1, situado em lâmina d’água de 410 metros, que passou de 4.700 para 5.970 barris diários, no início da operação. A equipe do projeto considera que esse ganho deverá ser ainda maior, nos próximos dias. Se os testes continuarem registrando sucesso, em seis meses essa nova tecnologia estará aprovada e disponível para utilização em toda a companhia, permitindo elevar a vazão dos poços produtores submarinos.

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Denominado VASPS (Vertical Annular Separation and Pumping System) o projeto foi desenvolvido em parceria com outras companhias internacionais de petróleo (BP, Conoco, Agip, Mobil e Baker Jardine) através de projeto multicliente e foi dividido em quatro fases. A Petrobras participa desde a segunda fase, que teve início em Janeiro de 1994, e foi responsável pela execução da atual fase submarina. Além das parcelas das operadoras, o projeto contou também com aporte financeiro da Comunidade Econômica Européia. Instalado em um poço “falso”, no fundo do mar, o VASPS promove a separação das fases gasosas e líquidas provenientes dos poços submarinos. A fração líquida é enviada para a plataforma através de uma bomba centrífuga submersa e a gasosa escoa por outra linha independente.

O sistema permite, também, reduzir a vazão do gás lift (destinado a aumentar a vazão do poço). O desenvolvimento do sistema na Petrobras foi coordenado por técnicos do seu Centro de Pesquisas (Cenpes) sob custódia do Programa de Capacitação para Águas Profundas (Procap 2000), com a participação de especialistas da área de Exploração e Produção (E&P). A contribuição tecnológica da Petrobras foi significativa para o êxito do projeto, destacando-se o desenho dos helicóides de separação (que é patente da Empresa) a especificação do sistema de controle (uma das partes mais críticas do projeto) e os procedimentos de instalação submarina, onde é evidente a especialização dos técnicos brasileiros.

Fonte: Petrobrás