Cravado em 6.221 hectares no norte do Estado do Piauí, nos municípios de Piripiri e Piracuruca, o Parque Nacional das Sete Cidades é conhecido como um local encantado, paraíso de historiadores, ufólogos e amantes do turismo aventureiro com pitadas de mistérios. As surpreendentes pedras têm semelhança com animais, pessoas e objetos.
Até o escritor Erich von Däniken, autor de “Eram os deus astronautas?” já escreveu sobre o lugar: para eles, forças não-naturais construíram as Sete Cidades.
História e Cultura
A primeira notícia oficial sobre Sete Cidades, data de 1886, denominada então as “Sete Cidades de Pedra”. As formações inusitadas encontradas no Parque foram interpretadas por visitantes e pesquisadores de diversas maneiras, mas nenhuma das interpretações foi comprovada cientificamente. Historiadores brasileiros consideram que a área teria sido habitada pelos índios da nação Tabaranas, das tribos dos Quirirus e dos Jenipapos. O território destes índios abrangia uma área que se limitava ao norte pela região costeira, a oeste pelo rio Parnaíba, ao sul pelo rio Poty e, a leste, pela Serra da Ibiapaba. O conjunto de monumentos geológicos foi trabalhado pela natureza ao longo de milhares de anos através de erosão pluvial e eólica. As pinturas encontradas nas paredes rochosas com tinta avermelhada atestam a passagem do homem pré-histórico pela região.
Clima
Clima complexo, com períodos de seca variáveis. A temperatura média é de 24 a 26° C com amplitude anual fraca. A precipitação média é de 1.200 mm anuais, semi-árida.
Vegetação e relevo
Área de transição entre o cerrado e a caatinga, com predominância de espécies típicas de cerrado acompanhado de manchas de Campos Abertos Inundáveis e Matas Ciliares.
Superfície com vales largos, montanhas com altitude de aproximadamente 450 m. É um relevo típico das bacias sedimentares.
Alimentação
Bons restaurantes com comidas típicas, como galinha caipira e carne de sol.
Hospedagem
De camping e pousadas simples no parque a hotel fazenda em Piripiri e Piracuruca.
Dicas gerais
Ir de carro pode ser uma boa opção a quem mora no Estado, já que as estradas são boas. O IBAMA cobra uma pequena taxa por pessoa para se ter acesso ao parque. O parque abre diariamente das 8 h às 17 h. Os meses com clima mais ameno (janeiro a junho) são os de maior visitação. É quando as piscinas naturais e as cachoeiras estão cheias.
Atrações
Primeira Cidade: Piscina dos Milagres – tem uma das nascentes mais ativas do parque, que nunca deixou de jorrar, mesmo durante os anos mais difíceis de seca. Alguns locais naturais merecem ser visitados, como a Pedra dos Canhões, que parecem troncos de árvores petrificados. Já a pedra da Gia lembra uma rã, com a boca aberta. Banco de Praça, Pedra da Ema, da Cobra, Máquina de costura, entre outros, também fazem parte da primeira cidade.
Quarta Cidade: Também tem um Mapa do Brasil, porém sem a divisão dos Estados. De um lado mostra o mapa do país e do outro o do Estado do Ceará.
Gruta do Catirina – onde morou José Catirina, o curandeiro das sete cidades. Pinturas pré-históricas no Archete, Pedra Leão deitado, Cabeça de Águia, Dois Irmãos, Dois Lagartos etc estão neste circuito.
Quinta Cidade: Lá está a Pedra das Inscrições com belas pinturas pré-históricas, além da Furna do Índio, com inscrições que lembram rituais de caça. A Pedra do Camelo, do Rei (de costas com seu manto e coroa) e da Casa do Guarda estão na quinta cidade imaginária.
Segunda Cidade: Arco do Triunfo: lembra o arco francês. É um dos pontos mais visitados do parque.
Mirante – é o ponto mais alto do Sete Cidades, com 82m de altura. A caminhada até o mirante recompensa: de lá é possível ter uma bela visão do parque.
Biblioteca – lembra um local com livros e papéis empilhados.
Pé do Gigante, Pedra do Falo, Soldado velho, Teatro de Arena e Morro das Oliveiras fazem parte deste circuito.
Sétima Cidade: Acesso permitido somente com autorização do Ibama. Lá está uma reserva ecológica para preservação da fauna, flora e dos monumentos ricos em inscrições rupestres.
A gruta do Pajé tem muitas inscrições rupestres. Em cima dela há o Dragão Chinês.
Sexta Cidade: As pedras da Tartaruga (lembrando seu casco), do Elefante e do Cachorro são os destaques desta cidade.
Terceira Cidade: Cabeça de Dom Pedro I – bastante fotografada lembra o perfil do rosto do imperador.
Três Reis Magos, Pedra do Beijo, do Segredo, do Pombo, Dedo de Deus, Cara do Diabo, Pedra de Nossa Senhora, Cavalo marinho etc estão na Terceira cidade; além do interessante Mapa do Brasil que “tem” até a divisão dos Estados.
Lá está também a Gruta do Estrangeiro, a maior do parque nacional.
Trekking e bike: Os 12 km de trilhas no interior do parque são bem sinalizados, e podem ser percorridos de bicicleta ou à pé. Os trechos são curtos entre os pontos de interesse, e os graus de dificuldades mais acentuados são encontrados na subida para o mirante, no caminho para a Passagem do Índio e na descida para a cachoeira.