Juréia – SP

É considerada uma grande riqueza do país, declarada pela Unesco como Sítio do Patrimônio Mundial Natural, e guarda em seus diversos ecossistemas associados (Mata Atlântica, restingas, manguezais, banhados, praias e costões rochosos), uma imensa variedade biológica.

Poucos locais do mundo concentram tanta beleza num só lugar. Lá é possível desfrutar esportes ao ar livre, num cenário invejável composto por rios, cachoeiras, matas, áreas de mangue, restingas e mais de 40 km de praias.

 

História e Cultura

Há vestígios de ocupação há mais de 5.000 anos, junto aos sambaquis, porém são monumentos protegidos com acesso restrito. Entre as lendas e verdades, conta-se até que a história da cidade começou mesmo dois anos antes da data oficial do descobrimento do Brasil, com a chegada de alguns espanhóis na região. O primeiro acesso à região da Juréia se deu já na época de Martim Afonso de Souza, objetivando interligar a Capitania Hereditária de São Vicente à Iguape e Cananéia. Porém, o primeiro marco de ocupação aconteceu a mando do Imperador Dom Pedro I, que ordenou a construção do Caminho do Imperador na área, que foi muito utilizado durante a Guerra do Paraguai. Era através dele que transitava o Correio Del Rei (mensageiros que portavam notícias do conflito), tendo maior movimentação com o Marechal Rondon, que lá instalou pontes de ferro vindas da Inglaterra, ligando o Rio de Janeiro ao sul do país, e uma linha telegráfica. Desde então a Juréia destacou-se por diversificados acontecimentos, os quais se intensificaram durante todo o século XX.

 

Clima

Tropical-úmido, sem estação seca.

 

Vegetação e relevo

Mata Atlantica e ecossistemas associados à praia, como costão rochoso, manguezal, restinga, banhado e vegetação de altitude.

Planície litorânea associada a morros, serras e escarpas.

 

Alimentação

Restaurantes, especialidades do mar e bares com salgados de boa qualidade.

 

Hospedagem

Pousada e camping. Há mais variedades de acomodações em Peruíbe.

 

Dicas gerais

Nunca deixe lixo no local, colabore com a preservação natural do lugar.

 

Atrações

Pesca: Além da Barra do Ribeira, no Costão é comum ver pescadores que vão ate o local atrás de pargos, robalos e pampos. É o local preferido dos amantes da pesca de praia.

As iscas mais utilizadas pelos pescadores são obtidas na própria praia, de onde se retira o “corrupto”, a isca mais indicada para a pesca de robalos e sargos.

Surf: Barra do Ribeira: uma ponta de areia na foz do Rio Ribeira de Iguape. Boa para pesca de manjuba e para surf, com marés turbulentas que as vezes sujam o local. No Rio Ribeira também se pesca robalos e pescadas.

Morro do Prelado: faça a trilha que leva até a estação ecológica. Lá está uma bela cachoeira. Quando o mar está ressacado, há ondas gigantes, quebrando na ponta da praia.

Trekking até o Costão: Uma caminhada de 18 quilômetros (ida e volta, com nível médio de dificuldade) leva até o Costão da Juréia, já dentro da Estação Ecológica. É possível fazer o percurso na maré baixa. Depois de 12 quilômetros, chega-se à Vila do Prelado, comunidade caiçara que preserva as tradições da pesca e do artesanato. A 6 quilômetros dali está Costão, lugar muito bonito. Não perca a chance de visitar a Cachoeira do Pocinho, com pequenas quedas e poços para banho. Há também as trilhas do Imperador e do Outeiro do Bacharel, de dificuldade média.

Trekking até o Pico do Morro Itatins: Com início na estrada do Guaraú, pode-se tomar esta trilha, de cerca de 2,5 quilômetros, para atingir o ponto mais alto da Serra do Itatins, com aproximadamente 500 metros de altitude. A visão panorâmica que se tem deste pico é de 360 graus e, neste ponto, há uma nascente de água limpa e gelada. Existe no Departamento de Meio Ambiente da Prefeitura Municipal um projeto para utilização turística monitorada.

Trekking Caminho do Imperador: É um remanescente do acesso usado pelos mensageiros de El Rei, que transportavam as missivas oficiais do Rio de Janeiro até o sul do país. Trata-se de uma trilha que desde o bairro do Guaraú avança por serras, praias, passando por riachos e cachoeiras, praia do Guarauzinho, da Baleia, do Arpoador, Parnapõa, Deserta (Desertinha), Caramborê, Barra do Una, praia do Una, do rio Verde e da Juréia. São mais de 50 quilômetros de atrativos naturais, localizados no interior da Estação Ecológica Juréia Itatins.

Trekking Estrada do Garaú: Tem início na altura do km 1,5 da estrada asfaltada que liga o Centro ao Guaraú sendo bem conhecida, pois leva à minúscula praia do Pesqueiro. Com extensão de 300 metros pode ser percorrida em apenas 15 minutos, nos quais é possível observar as riquezas naturais de mata atlântica, com árvores centenárias.

Trekking Estrada do Telégrafo – Ponte de Pau: Esta trilha tem início no final da Av. do Telégrafo, no bairro do Guaraú. Com extensão de aproximadamente 1.500 metros, são 45 minutos de caminhada, num trajeto totalmente plano e trechos que margeiam o Rio Guaraú. Vegetações de restinga e mangue que terminam num local denominado “Ponte de Pau”. Ao longo do percurso é possível ver algumas espécies de pássaros silvestres.

Trekking Jardim Europa – Cachoeira do Vilão: Com aproximadamente 300 metros de extensão, acesso fácil, até mesmo de veículo, chega-se a uma cachoeira pequena, onde antigamente era captada a água para consumo da região.

Trekking Parque Peruíbe – Manacá dos Itatins: São 2 quilômetros de extensão cruzando a mata no morro dos Itatins, com duração média de 40 minutos. É rodeada por residências de alto padrão. Chega-se ao início da trilha pelo acesso Costão – Manacá dos Itatins.

Trekking Praia do Índio – Estrada do Guaraú: Para se ter acesso à Praia do Índio, existem duas maneiras: uma é pelas rochas, beirando a encosta, com duração de 50 minutos. A outra opção, mais fácil é descendo a trilha que tem início na estrada do Guaraú. Esta praia tem cerca de 25 metros, apresentando águas calmas e claras.

Trilha do Telégrafo: Inicia-se esta trilha no Guaraú, seguindo por trechos conhecidos como a ponte de pau, a ponte de ferro, o Barro Branco, a Tocaia, o rio do Engenho, a ilha do Ameixal, a praia do Una e o rio Verde, subindo, em seguida pelo Maciço da Juréia. A diferença entre esta e o caminho do Imperador, é que a primeira avança em alguns trechos no interior de matas e serras.

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