É preciso disposição, pois o espetáculo da natureza dura o dia todo: começa com o nascer do sol e só termina com a noite estrelada. Para entrar na Chapada Diamantina não é preciso pagar nenhuma taxa, mas vale lembrar que algumas atrações dentro do Parque são pagas.
História e Cultura
A Chapada Diamantina começou a ser povoada no século XVII, devido a presença de ouro na Serra do Tombado. As cidades como Lençóis, Mucugê, Igatu, entretanto surgiram realmente com a corrida dos diamantes. Atualmente, a Chapada tem uma população de aproximadamente dez mil pessoas e sua principal atividade é o turismo. No município de Lençóis ainda se encontram as ruínas dos antigos casarões.
Clima
Com uma temperatura média anual de 23ºC as chuvas, na parte da manhã ou no final da tarde, são quase constantes. A Chapada pode ser visitada durante o ano inteiro. No verão as chuvas são mais intensas, aumentando o volume dos rios e cachoeiras.
Vegetação e relevo
A vegetação, bastante eclética, varia desde matas tropicais até campos de vegetação mais rala. A bromélia é a flor típica da região, mas encontramos também orquídeas, sempre-vivas, velósias e cactos.
Há 1,8 bilhões de anos a região da Chapada Diamantina era coberta pelo mar. As modificações no globo terrestre fizeram “o mar virar sertão” e deixar as maravilhosas formas de relevo no Parque.
Alimentação
Não deixe de experimentar os pratos típicos da região: cortado de palma, tucunaré frito, buchada de bode e galinha ao molho pardo.
Hospedagem
Há diversas opções de hospedagem na Chapada Diamantina. É possível se hospedar em Lençóis, Mucugê, Igatu, Andaraí e Caeté-Açú.
Dicas gerais
Em Lençóis, aproveite aos mais de três cybercafés e se comunique com o mundo. A cidade recebe muitos turistas estrangeiros e por isso sua infra-estrutura é melhor. Não deixe de comer pizza na pedra; é uma das especialidades paulistanas que deram certo em Lençóis. Para visitar a Lapa Doce em Iraquara, que é área particular, é necessário o contato com Simpliciano de Oliveira Lima, dono da Fazenda Lapa Doce e membro da Sociedade Baiana de Espeleologia, através dos telefones 75 3229-4117 e 75 3331-1487. GUIAS LOCAIS Devido à extensa área do parque e trilhas com bifurcações, o acompanhamento de um guia é indispensável. Para isso, existem as associações locais de guias de ecoturismo; confira os contatos dos guias:
• Associação dos condutores de visitantes de Lençóis (ACVL) Tel: 75 3334-1425 Email: acvlencois@hotmail.com Site: www.lencois.ba.gov.br Prefeitura Municipal de Lençóis Te: 75 3334-1121
• Associação dos Condutores de Visitantes de Andaraí – ACVA Tel: 75 3335-2255 Secretaria de Turismo de Andaraí Tel: 75 3335-2118
• Associação de Condutores de Visitantes do Vale do Capão / ACV-VC (cidade sede Palmeiras) Tel: 75 3344-1087 Email: acvcapao@yahoo.com.br Site: www.acvvc.com Secretaria de Turismo de Palmeiras Tel: 75 3332-2211
• Associação de Condutores de Visitantes de Mucugê/ ACVM (trilhas no Vale do Paty) Tel: 75 3338-2414 Prefeitura Municipal de Mucugê 75 3338-2106
Atrações
Atividades noturnas: Existem alguns barzinhos na região, mas o grande atrativo da noite é ela mesma. O céu estrelado acompanhado de um violão é o programa ideal para curtir a Chapada à noite.
Buracão: Seis quilômetros de caminhada entre uma grande variação de vegetação do sertão da Bahia separam um dos passeios mais esperados pelos visitantes: o Buracão. Por um corredor de uma piscina de águas escuras os visitantes nadam (com ajuda de coletes salva-vidas) ou escalam até mais uma piscina na qual o pano de fundo é a cachoeira do Buracão. A queda d’água possui 100 metros de altura, a piscina pode chegar a uma profundidade de 50 metros.
Cachoeira da Fumaça: Exuberante e imponente, essa cachoeira despenca de um paredão de, aproximadamente, 400 m. Devido a sua pequena vazão de água, forma-se uma cortina de fumaça perto do solo. Para quem pretende avistá-la de cima, são necessários 12 km de caminhada. Já para vê-la de baixo é preciso um pouco mais de fôlego. São três dias de caminhada, acampando e passando por lugares como a Serra do Veneno, Cachoeira do Palmital, Cachoeira do Sossego, entre outros.
Cachoeira da Fumacinha: Além da Fumaça, a cachoeira da Fumacinha é uma das mais exuberantes quedas d’água da Chapada Diamantina. Localizada no extremo sul do Parque Nacional da Chapada Diamantina, em Ibicoara, é possível chegar na cachoeira por cima, com uma caminhada de cerca de 6 quilômetros; ou por baixo, em um trekking considerado o mais difícil da Chapada, com cerca de 8 horas de duração. A caminhada é feita sobre pedras, travessias de rios e trilhas com mata fechada. É necessário, para ir até a Fumacinha, a presença de um guia local.
Cachoeirão: Uma das mais belas vistas da Chapada Diamantina, também uma das mais clicadas pelas máquinas fotográficas. O Cachoeirão é um vale que pode ser visitado por cima ou por baixo, e a grandeza de seus cânions dá ar de profundidade à paisagem. De cima , é possível ver um lago no formato de um coração e, dependendo do volume de chuvas da época, várias cachoeiras se formam a partir do paredão.
Casa do Sr. Wilson: A casa do Sr. Wilson é parada obrigatória para quem caminha pelo Vale do Pati, tanto para quem vai pernoitar, quanto para quem aprecia boas histórias. A casa simples recebeu energia elétrica do Governo há pouco tempo, mas ainda preserva as luzes das velas e o banho frio. A chegada até a casa do Sr. Wilson e da Dona Maria é por uma trilha de grau de dificuldade médio/ alto.
Gruta da Lapa Doce: A Lapa Doce faz parte de um complexo de cavernas calcáreas e está no município de Iraquara. A entrada é feita através de uma dolina (depressão externa formada por erosão de material calcáreo). A visitação é permitada com grupos de no máximo 12 pessoas, acompanhadas sempre por guia. Na gruta da Lapa Doce são encontradas formações de rara beleza, inclusive o efeito sobre um espeleotema (formação de caverna) provocado pelo desmatamento na superfície, que permite a entrada de água com argila. O resultado são tons avermelhados em contraste com o branco da calcita.
Gruta do Lapão: De difícil acesso, a gruta é um prato cheio para os praticantes de rapel. Para quem já tem experiência no esporte há uma descida em rapel negativo de 50 metros.
Morro do Pai Inácio: Esse é o ponto mais alto da Chapada (1.120 m) e funciona como um ótimo mirante. De lá é possível ter uma visão completa do Parque. Para quem sai de Lençóis, uma boa opção é fazer o passeio a cavalo.
Mucugê: A cidade de Mucugê é palco de muitas passagens históricas do Brasil, dentre elas o Coronelismo, que teve presença marcante por conta de Horácio de Matos e também pela Coluna Prestes, que foi expulsa do território nacional ao tentar entrar na cidade. Hoje, os traços do colonialismo português são vistos nas fachadas dos casarões. Uma curiosidade é o cemitério Bizantino na entrada da cidade.
Mucugê – Palmeiras: Os ciclistas que se preparem: são em média cinco dias pedalando (75 km). O circuito passa pelo Morro Volta da Serra, de onde pode-se avistar a Serra do Sincorá. O momento mais difícil é a travessia do rio Roncador.
Poço Encantado: Dentro de uma gruta a natureza dá o seu espetáculo. De abril a agosto um raio de sol atravessa a gruta criando um efeito belíssimo em suas águas. Partindo de Lençóis são 150 km.
Rio Preto – Rio Paranaguaçu: Na parte navegável do Rio Preto, encontro com o Rio Paraguaçu, são oito quilômetros que os visitantes podem atravessar remando em pequenas canoas.
Vale do Capão: Vale do capão é uma das belas atrações da Chapada Diamantina, ponto de partida para diversas trilhas espetaculares como cachoeira da fumaça, Paty x Andaraí, Gerais Vieira, Águas claras, cachoeira da purificação e muto mais. Vale a pena conferir.