Parque Nacional dos Pontões Capixabas

Região: Sudeste

Estado: Espírito Santo

Município: Pancas e Água Branca

Bioma: Floresta Atlântica

Área: 17.492 ha

Criação: Decreto (19/12/2002)

Unidade de Proteção Integral

O Parque possui 17.492 ha e está localizado nos municípios de Pancas e Água Branca no Estado do Espírito Santo. O acesso pode ser feito pela cidade de São Gabriel da Palha ou por Pancas que se encontram a 15 e a 5 km da Unidade respectivamente.

O clima da região é classificado como Tropical semi-úmido com temperatura média de 23ºC e precipitação variando de 750 a 1250 mm anuais.

O parque está situado no Sub-Domínio Morfológico da Faixa de Desdobramento do Sul/ Sudeste e a Unidade de Relevo predominante é a de Escarpas e Reversos da Serra da Mantiqueira com porções do Planalto do Jequitinhonha-Pardo. Além disto, a região apresenta formações geológicas graníticas do tipo Inselberg, conhecidas nacionalmente como Pão de açúcar e regionalmente como “Pontões”.

A Unidade está presente no bioma da Floresta Atlântica com formações de Floresta Atlântica Montana e formações vegetais secundárias em vários graus de regeneração. As plantas encontradas nos paredões podem ser rupícolas, quando crescem diretamente sobre a rocha, ou saxícolas, quando se localizam em pequenos platôs ou fendas com solo. Nessas situações, a água que chega escoa rapidamente e os nutrientes são escassos. Por isso, as plantas crescem bem devagar, e muitas têm adaptações especiais para lidar com a escassez de água, como é o caso dos cactos e bromélias formadoras de tanques, que armazenam água, ou das orquídeas e bromélias do gênero Tillandsia, que conseguem captar rapidamente a umidade das nuvens, ou ainda as Velloziaceas (canelas-de-ema) e capins-ressurreição, que toleram a dessecação violenta das folhas, com posterior re-hidratação das mesmas.

Dentre a fauna ainda existem no Pancas diversas espécies raras, endêmicas e/ou ameaçadas de extinção. Destaca-se na região a presença de mamíferos raros como a onça-pintada, o gato-maracajá, o gato-mourisco, a preguiça-de-coleira, o ouriço e a lontra. Dentre as aves, ainda são observados o urumutum, o jaó, o tucano-do-bico-preto e o araçari-banana.

 Um dos principais problemas ambientais desta região foi a devastação das florestas da mata atlântica, decorrente de cinco séculos de colonização, da expansão das atividades agrícolas e da rede urbana e mais recentemente, da expansão da atividade de mineração de granito.

A população do entorno será altamente beneficiada pelo controle da qualidade ambiental, pela regulação do processo de expansão da fronteira agrícola, pela geração de novas oportunidades diretas e indiretas de emprego e trabalho, pelo estímulo ao desenvolvimento regional de forma organizada e equilibrada.

Ibama – www.ibama.gov.br