É uma doença infecciosa, causada por um protozoário, do gênero Plasmodium e transmitida de uma pessoa para outra, através da picada de um mosquito do gênero Anopheles , ou por transfusão de sangue infectado com plasmódios. A malária é também chamada de maleita, febre palustre, impaludismo ou sezão.
Agente etiológico
Existem cerca de 50 espécies de Plasmodium . As espécies que afetam o ser humano são: Plasmodium vivax , P. falciparum , P. malariae , P. ovale.
Agente transmissor
É um mosquito anofelino, conhecido também como: pernilongo, mosquito prego, carapanã. A fêmea do gênero Anopheles, alimenta-se de sangue para maturação dos ovos, enquanto que o macho, alimenta-se de seiva vegetal. Reproduzem-se em águas de remansos de rios e córregos, lagoas, represas, açudes, valas, valetas de irrigação, alagados, pântanos e em águas coletados em bromélias.
Sintomas
O período de incubação varia de 12 a 30 dias. Depois desse prazo, os sintomas podem ser: um mal-estar que inclui dores de cabeça, dor no corpo, tremores e calafrios; em seguida, vêm os calafrios e tremores intensos, seguidos por febre alta duradoura e vômitos. A pele fica bastante corada e a pessoa às vezes delira e apresenta sudorese. Estes sintomas se repetem com intervalos diferentes, de acordo com a espécie do plasmódio:
P. vivax – acessos em dias alternados, 48 em 48 horas – terçã benigna;
P. malarie – os acessos se repetem cada 72 horas – febre quartã;
P. falciparum – com intervalos de 36 a 48 horas – terçã maligna, pode resultar em formas graves da doença, com possibilidade de evoluir para o coma e o êxito letal.
Vários sintomas e sinais indicam que a forma mais grave de malária, causada pelo Plasmodium falciparum: vômitos repetidos; fraqueza aguda; pouca urina, com cor escura; desidratação grave; pressão muito baixa – o que pode acarretar diversos e sérios problemas de saúde, tais como icterícia, insuficiência dos rins, convulsões, coma e morte, daí a importância do tratamento imediato.
Profilaxia
Apesar de vários estudos, que vêm sendo feitos há muitos anos, ainda não existe uma vacina que confira proteção contra a malária. Para se obter algum grau de proteção contra a malária, restam, portanto, medidas de ordem pessoal, ou seja, a utilização de repelentes químicos, mosquiteiros sobre as camas ou redes de dormir, telas nas janelas e portas das habitações e evitar a permanência ao ar livre nos horários em que o mosquito se apresenta em maior quantidade, como o amanhecer (crespúsculo matutino) e o anoitecer (crepúsculo vespertino).
Neste sentido, a educação ambiental em conjunto com a saúde, tem-se utilizado de várias estratégias para o envolvimento da população leiga e profissionais da área de saúde , informando sobre a doença (modo de transmissão, quadro clínico, tratamento, etc.), sobre o vetor (seus hábitos, criadouros) e sobre as medidas de prevenção e controle.
A atuação conjunta do poder público – governos federal, estaduais e municipais – e da comunidade (associações de moradores, sindicatos, clubes, igrejas) é fundamental para o sucesso de afastar ou eliminar o mosquito, já que o esforço individual não é suficiente para tal.
Fonte:Superintendência de Controle de Endemias do Estado de São Paulo (www.sucen.sp.gov.br) e Prefeitura de Foz do Iguaçu (www.fozdoiguacu.pr.gov.br).