Clima – Estações Meteorológicas

A observação da superfície consiste de procedimentos sistemáticos e padronizados, visando à obtenção de informações qualitativas e quantitativas referentes aos parâmetros meteorológicos, capazes de caracterizar plenamente o estado instantâneo da atmosfera. A padronização foi determinada pela OMM, incluindo tipos de equipamentos usados, técnicas de calibração, aferição, ajuste, manuseio e procedimentos observacionais. Além disso, os horários das observações, o tratamento dos dados observados, as correções efetuadas indiretas de outros parâmetros derivados, a transmissão e o uso operacional são igualmente realizados segundo padrões rígidos.

A quantidade e a confiabilidade das operações meteorológicas são propriedades que devem ser visadas pelo sistema de coleta de dados. Para isso, dois pressupostos tornam-se imperativos: a disponibilidade de recursos financeiros e a existência de pessoal técnico-operacional, quantitativa e qualitativamente adequados.

Os dados meteorológicos podem ser obtidos mediante leituras ou registros contínuos, obteníveis dos instrumentos (temperatura, pressão atmosférica, direção e velocidade dos ventos, brilho solar, etc); outros, porém, são identificados pelo próprio observador (a quantidade, altura e o tipo de nuvens, a visibilidade, etc.). Outros dados são estimulados ou derivados dos primeiros (a temperatura do ponto do orvalho, a pressão ao nível do mar, etc.).

As observações meteorológicas são efetuadas em locais tecnicamente escolhidos e preparados para este fim; são as Estações Meteorológicas, podendo ser elas:

Estações sinóticas: são as que realizam observações em horários padronizados internacionalmente, para fins de previsão do tempo. O horário padrão usado é o Tempo Médio de Greenwich – TMG. Sendo assim, todas as observações são efetuadas ao mesmo tempo, independente da localização geográfica da estação. Quando são reunidas em um mapa, todas as observações efetuadas no mesmo TMG denominam-se Carta Sinótica, que constitui um flash do estado atmosférico para toda a área coberta pelas estações.

Estações climatológicas: para fins climatológicos. As principais medem os elementos meteorológicos necessários aos estudos climáticos. As instalações são padronizadas em níveis detalhados, a fim de evitar influências anômalas nas medições.

Estações agrometeorológicas: fornecem informações relacionadas aos elementos meteorológicos e às atividades agrícolas. Para isso, ao lado das observações atmosféricas, são também realizadas observações fenológicas.

Estações meteorológicas aeronáuticas: destinam-se à coleta de informações necessárias à segurança de aeronaves. Instaladas nos grandes aeroportos, fazem inúmeras observações diárias.

Estações especiais: todas as demais estações com qualidades distintas.

Instrumentos Meteorológicos

Os equipamentos utilizados variam com as características das estações:

 Estações  Instrumentos utilizados
 Estações Sinóticas

 Psicrômetro ventilado

 Termoigrógrafo

 Termômetro de máxima

 Termômetro de mínima

 Pluviômetro

 Pluviógrafo

 Anemógrafo universal

 Barômetro

 Barógrafo ou Microbarógrafo

 Visibilímetro

 Nefoscópio

 Estações Climatológicas

 Psicrômetro ventilado

 Termoigrógrafo

 Termômetro de máxima

 Termômetro de mínima

 Termômetro de relva

 Termômetro de imersão

 Geotermômetro

 Pluviômetro

 Pluviógrafo

 Anemógrafo universal

 Anemômetro

 Barômetro

 Barógrafo ou Microbarógrafo

 Evaporímetro

 Orvalhógrafo

 Actinógrafo

 Estações Agrometeorológicas

 Psicógrafo ventilado elétrico

 Psicrômetro ventilado

 Termoigrógrafo

 Termômetro de máxima

 Termômetro de mínima

 Termômetro de relva

 Termômetro de imersão

 Geotermômetro

 Geotermógrafo

 Pluviômetro

 Pluviógrafo

 Anemógrafo universal

 Anemômetro

 Evaporímetro

 Evapotranspirômetro

 Orvalhógrafo

 Heliógrafo

 Actinógrafo

 Radiômetro

Conceitos

 Instrumentos  Conceito
 Actinógrafo  Raios luminosos
 Anemógrafo universal  Registra continuamente a direção (em graus) e a velocidade instantânea do vento (em m/s), a distância total (em km) percorrida pelo vento com relação ao instrumento e as rajadas (em m/s)
 Anemômetro  Mede a velocidade do vento (em m/s) e, em alguns tipos, também a direção (em graus). Barógrafo – Registra continuamente a pressão atmosférica em milímetros de mercúrio (mm Hg) ou em milibares (mb)
 Barômetro  Mede a pressão atmosférica em coluna de milímetros de mercúrio (mm Hg) e em hectopascal (hPa)
 Barógrafo  Registra contínua e automaticamente as variações da pressão atmosférica
 Evaporímetro  Mede a evaporação – em mililitro (ml) ou em milímetros de água evaporada – a partir de uma superfície porosa, mantida permanentemente umedecida por água
 Evapotranspirômetro  Registra a evapotranspiração
 Geotermômetro  Mede a temperatura subterrânea
 Geotermógrafo  Mede contínua e automaticamente as variações da temperatura subterrânea
 Heliógrafo  Registra a insolação ou a duração do brilho solar, em horas e décimos instrumento de sinalização militar; utilizado no sec. XIX 
 Higrógrafo  Registra a umidade do ar, em valores relativos, expressos em porcentagem (%)
 Microbarógrafo  Registra continuamente a pressão atmosférica – em milímetros de mercúrio (mm Hg) ou em hectopascal (hPa), numa escala maior que a do Barógrafo,  registrando as menores variações de pressão, o que lhe confere maior precisão.
 Piranógrafo  Registra continuamente as variações da intensidade da radiação solar global, em cal.cm ².mm ¹
 Piranômetro  Mede a radiação solar global ou difusa, em cal.cm ².mm ¹
 Pluviógrafo  Registra a quantidade de precipitação pluvial (chuva), em milímetros (mm).
 Pluviômetro  Mede a quantidade de chuva
 Psicrômetro  Mede a umidade relativa do ar – de modo indireto – em porcentagem (%). Compõe-se de dois termômetros idênticos, um denominado termômetro de bulbo seco, e outro com o bulbo envolvido em gaze ou cadarço de algodão mantido constantemente molhado, denominado termômetro de bulboúmido
 Tanque Evaporimétrico  Classe A  Mede a evaporação – em milímetros (mm) – numa superfície livre de água.
 Termógrafo  Registra a temperatura do ar, em graus Celsius (°C)
 Termohigrógrafo  Registra, simultaneamente, a temperatura (°C)e a umidade relativa do ar (%)
 Termômetros de Máxima e Mínima  Indicam as temperaturas máxima e mínima do ar (°C), ocorridas no dia
 Termômetros de Solo  Indicam as temperaturas do solo, a diversas profundidades, em graus Celsius (°C)

Curiosidades sobre o tempo

A maior temperatura registrada no mundo foi 58ºC em Alaziziyah, Líbia, em 15 de Setembro de 1922. A menor temperatura foi -88,5 Graus Celsius em Vostok, Antártida, em 24 de Agosto de 1960.

No Brasil, a máxima foi na cidade do Rio de Janeiro, em 14 de Janeiro de 1984, chegando a 43,2º C. A mínima foi na cidade de Xanxerê, estado de Santa Catarina, chegando a -11,6º C, em 25 de Julho de 1945. O menor índice de umidade relativa registrada no Brasil foi de 10%, em Uberaba-MG, em setembro de 1994.

O lugar mais quente do planeta terra é Trípoli, na Turquia, onde os termômetros já registraram 68º C. O lugar mais frio é o continente antártico, onde já foram registradas – 89ºC.

Os anos da década de 1990 tiveram as maiores temperaturas registradas do período desde 1860. Os anos mais quentes foram 1997 e 1998, com aquecimento de 0,57ºC, maior que a média de 1961-1960. Os 7anos mais quentes da Terra ocorreram na década de 1990 são 1998, 1997, 1995, 1990, 1999, 1991 e 1994 (ordem descendente)

Análise de indicadores climáticos dos últimos 400 anos mostram que os anos da década de 1990 foram os mais quentes do milênio, e que o século XX foi o mais quente. O ano mais quente do milênio foi 1998 e o mais frio, provavelmente foi 1601.

Chuvas

A maior precipitação (quantidade de chuva) em 24 horas na última década foi na cidade de Florianópolis, chegando aos 404,8 mm em 15 de Novembro de 1991.

Nesta mesma região no mês de Novembro, o normal seria chover o equivalente à 129 mm em um período de trinta dias.

O lugar do planeta onde mais chove é o encontro Waialeale, situado numa Ilha do Havaí, no Pacífico. A média anual de precipitação é de 11700mm, quase três vezes maior que o índice do lugar mais úmido do Brasil que raramente passa de 3000mm/ano

Queimadas

1982/1983 – Em conseqüência do El Niño (este fenômeno causa uma ausência de chuvas, ocorrendo um período de estiagem. Sendo assim, o clima fica bem seco e com temperaturas elevadas), verifica-se um incêndio na Costa do Marfim em uma área de 12 x 106 hectares.

1987/1988 – Em conseqüência do El Niño, outro incêndio. Desta vez na União Soviética em uma área de 14,5 x 106 hectares e na China em uma área de 1,3 x 106 hectares.

1997/1988 – Novamente em conseqüência do El Niño, verifica-se um incêndio na Mongólia em uma área de 23,1 x 106 hectares e na Indonésia em uma área de 4,5 x 106 hectares.

Nas fumaças formadas por incêndios florestais estão contidos o monóxido de carbono, precursores livres e hidrocarbonetos aromáticos policíclicos – HAP.

Conheça alguns efeitos que a fumaça de incêndios florestais podem causar sobre a saúde:

– Enfermidades respiratórias em crianças e adultos;

– Mudança aguda e crônica nos pulmões;

– Sistema respiratório: asma;

– Enfermidades Pulmonares Crônicas Obstruidoras – EPCO;

– Enfermidades Cardiovasculares;

– Mortalidade Diária;

– Garganta seca;

– Nariz irritado;

– Olhos dolorosos;

– Edema e inflamação;

– Mudanças nas membranas mucosas.

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