Classe: Aves
Ordem: Tinamiformes
Família: Tinamidae
Nome científico: Tinamus solitarius
Nome vulgar: Macuco
Categoria: Ameaçada
Características: Ave de aparência galinácea. A coloração dorsal é castanho-olivácea, sendo mais escuros na fronte, vértice; asas mais escuras e listradas de negro, como também ocorre com as penas do dorso inferior e da cauda, pescoço também escuro-acinzentado, lados da cabeça e do pescoço ocráceos, misturados com pintalgados negros. Parte ventral, com mento e garganta brancos, pescoço inferior e peito cinza-escuros, passando no peito a cinza-escuro e mais claro para o abdômen, onde chega a camurça-claro no abdômen e barriga, onde está com as penas finamente listradas, flancos e tíbias de coloração camurça com listras vermiculares negras, infracaudais canela muito escuras, manchadas. Íris castanho-sépia. Bico enegrecido, com maxila mais escura. Tarso e pés chumbo-escuro. Sexos semelhantes, sendo a fêmea pouco maior.
Comportamento: O macuco é diurno, passa todo o dia no solo e empoleira-se só quando escurece, quando então emite um canto piado, repetido por três vezes, isso ocorre unicamente nos meses de agosto a fevereiro, por ocasião da reprodução. É ave solitária e só vive em casal quando se une para a reprodução. É uma das aves cinergéticas mais afamadas de todo o pais. Pés com três dedos curtos relativamente fracos. A ave não usa os dedos para se segurarem, nem em poleiros mais finos, equilibrando-se pelo peso do corpo. Alimentação é variada e consiste de insetos, vermes, sementes de frutas de sapotáceas, de palmeiras dos gêneros Euterpe, Astrocaryum e muitas outras frutas das florestas; também fazem parte de sua dieta pequenos grãos de areia, além de sementes de Lauráceas e Miristicáceas. A alimentação dada aos jovens consiste de insetos e outros invertebrados, buscados no ciscar das folhas e apontados pelos pais, seja o macho ou a fêmea que os estiverem conduzindo, após alguns dias, já são alimentados também com frutinhas e sementes.
Nidificação, postura, incubação e cuidados com a prole: O macuco nidifica no solo, escolhendo mais freqüentemente um local próximo a um tronco de árvore, onde haja vegetação rasteira próximo ou não de um caminho da floresta; é formado de uma pequena depressão, onde algumas folhas secas e outras murchas abrigam a postura de 4 a 8 ovos. Os ovos são de coloração verde-azulada, medindo 65 x 51 mm em seus eixos e pesam 84g cada um. A incubação é feita em 22 dias, ficando o macho também encarregado de cuidar da prole, entretanto, na última postura do ano, a fêmea se encarrega desse trabalho. As posturas podem ser duas ou três, para uma mesma fêmea. O macuco aprecia o banho, para tanto vai a um local raso do córrego, de preferência se houver leito sobre rochas, ou local com fundo de areia, onde possa entrar e sacudir o corpo e as asas por várias vezes, retirando-se logo após, com o bico faz a higiene da plumagem. Para dormir, voa do solo a um poleiro, geralmente um ramo grosso de uma árvore, a 3 e até 15 metros de altura; ali permanece acocorado e logo após abriga a cabeça sob a asa e dorme até a madrugada, quando voa para o chão e inicia alimentação. Toda a noite volta a pernoitar no mesmo local do ninho. Quando está incubando ou com prole, dorme no ninho e no solo, abrigando os filhos sob o corpo e asas. Quando com filhos em crescimento, procura viver mais em locais emaranhados da floresta, evitando predadores. Nas florestas do Espírito Santo, o número de indivíduos em média chegava a 5 por hectare. Sua reprodução em cativeiro já foi conseguida por muitas pessoas, e desde 1938 já no parque, hoje do Museu de Biologia Professor Mello Leitão, foi obtida com sucesso. O galanteio realizado pelo macuco é seguido de movimentos de asas e tremido, sendo acompanhado também pela fêmea que realiza movimentos e se acocora no solo, enquanto o macho a circunda, quando então a fêmea também abrindo uma e outra asa, se move para o acasalamento.
Peso: 2.6 kg outra informação: 1200 g a 1500 g (macho), 1300g a 1800g (fêmea).
Comprimento: 50 a 52 cm.
Ocorrência Geografica: Desde o sul da Bahia, Pernambuco até o Rio Grande do Sul, ainda no Paraguai, sudeste de Mato Grosso do Sul e nordeste da Argentina.
Cientista que descreveu: Vieillot, 1819.
Categoria/Critério: É bastante ameaçada de extinção principalmente a macuca do Nordeste, pela destruição original, tendo sido bastante afetada pela perda do habitat e caça intensiva.
Fonte: MMA/SINIMA