Perspectivas para o Cenário Mundial

Perspecticas para o Cenário Mundial

 Ano  Produção
 1994   4.450.000.000  
 2010   6.000.000.000
  Variação   +/- 35%

Observação: Unidade de referência = toneladas (ton) de carvão mineral e variação percentual do crescimento da produção (%).

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Diversas autoridades internacionais consideram o carvão mineral vital para a continuidade do desenvolvimento da economia mundial. Além disto, sua importância é crescente nos mercados consolidados da América do Norte e Europa e nos mercados emergentes e em expansão da Ásia e Oceânia.

Levando em consideração as seguintes premissas básicas: facilidade de acesso às jazidas; volumes das reservas geológicas existentes; níveis atuais de produção; tecnologia para produção e utilização de carvões minerais; podemos afirmar que existem indicativos de que nos próximos anos, mais da metade da energia a ser gerada no mundo será através da combustão de carvão mineral.

Cenário Mundial das Fontes de Energia

 Área Analisada  Energia   Petróleo   Carvão   Nuclear   Hidro   Gás 
 América do Norte 2158 40 23 7 4 26
 Europa Ocidental 1384 46 22 12 2 18
 CEI e Europa Oriental  1607 30 25 4 2 39
 Ásia 1619 38 49 5 2 6
 Oceânia 101 36 41 3 20
 África e Oriente Médio  422 49 33 1 2 15
 América Latina 517 38 26 2 10 24
 Total Global 7808 40 28 7 3 22

Apesar das oscilações naturais de mercado, o setor de carvão mineral expandiu-se rapidamente nos últimos anos, mais que qualquer outro commoditie. Prevê-se que neste ritmo de expansão, o carvão mineral supere o petróleo e seus derivados como primeira e maior fonte de energia primária no mundo.

As previsões para o mercado mundial de carvão para geração térmica indicam:

  • O continente asiático encontra-se em período de franca expansão, com previsão de crescimento de 320.000.000 ton/ano para a China (75% da capacidade de geração) e 200.000.000 ton/ano para a Índia (65% da capacidade de geração). Como exemplo individual, podemos citar a Indonésia, que estuda o aumento da sua capacidade produtiva de 1.600 MW para 23.800 MW até o ano 2010. A participação do carvão mineral deverá subir de 23% para 72% na matriz energética.
  • O mercado europeu de carvão mineral prevê um aumento de 16% na capacidade de geração do seu parque térmico. Grande parte do fornecimento de carvão mineral deverá ser suprido por produtos importados de outros países, destacando-se a África do Sul e a Colômbia. O que se observa nos países europeus, é a existência de uma grande preocupação com a implantação e utilização das mais modernas técnicas, e formas eficientes para viabilização da geração térmica a carvão mineral.
  • As perspectivas para novos projetos nos Estados Unidos podem fazer com que exista uma expansão de 38% na capacidade atual de geração. Aproximadamente 62% da energia americana é gerada em unidades térmicas abastecidas por carvão mineral.
  • A Austrália continuará sendo um dos maiores exportadores mundiais de carvão mineral, e continuará investindo na geração própria através de unidades térmicas. Atualmente 40% de sua energia é obtida a partir de parque térmico a carvão mineral.
  • Na América Latina está prevista a instalação de uma capacidade total de geração da ordem de 123.000 MW até o ano 2010. O carvão mineral deverá ser responsável pela implantação de uma capacidade de até 15.000 MW, ou seja, 12% da matriz energética futura. Atualmente, existe um movimento nesta região buscando o suprimento das ineficiências do sistema de geração através da desregulamentação e/ou privatizações de empresas estatais através da atração de investimentos privados nacionais e/ou internacionais.

Os fatores determinantes para utilização do carvão mineral como energético continuarão sendo a busca pelo desenvolvimento e uso de tecnologias com alta eficiência térmica associadas a baixos níveis de emissão dos poluentes. Isto pode ser verificado, notadamente, pela implantação de políticas e compromissos assumidos por diversos países pela utilização de sistemas similares ao Clean Air Act dos Estados Unidos.

Examinando o crescimento da demanda de energia, podemos observar que a sua geração e o correto modelo de gerenciamento das unidades térmicas deverá ser realizado com a implantação de rígidas políticas de controle ambiental, tanto em unidades antigas, como nos projetos em implantação e em viabilização.

Na Europa e Estados Unidos, houve uma mudança no enfoque da pesquisa tecnológica voltada ao meio ambiente. O controle ambiental sobre a produção de gases do tipo SOx e NOx possuem 95% de suas emissões resolvidas com a instalação de equipamentos e/ou processos já definidos e consagrados.

O novo foco recai agora sobre o controle das emissões dos gases que possuem influência sobre as mudanças do clima da Terra (gases de efeito estufa). No caso da indústria extrativa de carvão mineral, os gases responsáveis pelo maior impacto são o dióxido de carbono (CO2) e o metano (CH4).

A continuidade da utilização de combustíveis fósseis na geração de energia, acarreta a concentração cumulativa dos gases emitidos por estas fontes na atmosfera. O quadro de não reversão dos processos regenerativos da atmosfera e a saturação pela concentração destes gases, aumentam as conseqüências do efeito estufa sobre o planeta.

Observações:
a) Unidade de referência: Energia/PIB (MJ/US$) e participação percentual por fonte (%);
b) Energia elétrica envolve as formas de geração com hidroeletricidade, termoeletricidade e nuclear; e
c) Outras fontes envolve formas de geração alternativas, no caso, biomassa, lixívias, etc.

A predominância do uso de combustíveis fósseis conforme observado anteriormente, fez com que diversos cientistas previssem que as emissões geradas por estas fontes continuarão a ser acumuladas pela atmosfera, por conseqüência, o balanço natural do sistema de gases da atmosfera será afetado, podendo se chegar a resultados catastróficos. De acordo com estas teorias, a composição da atmosfera da Terra continuará se modificando, causando aumento na média global de temperatura e distúrbios climáticos acentuados.

Referências:     World Coal Institute – WCI
                      International Energy Association – IEA
                      World Energy Council – WEC
                      Power Geneneration Conferences – PowerGen
                      British Petroleum Statistical Review of World Energy

World Coal Institute – WCI; International Energy Association – IEA; World Energy Council – WEC; Power Geneneration Conferences – PowerGen; British Petroleum Statistical Review of World Energy