Vale do Itajaí – SC

Uma face importante da região é a da preservação com pelo menos três parques que protegem a Mata Atlântica da região, abertos para passeios. Os caminhos do vale levam também a Timbó, Indaial, Gaspar, Rio do Sul, Apiúna, Rio dos Cedros, com seus lagos em meio às montanhas, à caverna de Botuverá e Ibirama, cenário perfeito para esportes radicais. Lagos e montanhas, em abundância na região, e caverna, propiciam a prática de esportes ligados à natureza.

História e Cultura: Na época da chegada do europeu, o Vale do Itajaí era povoado pelos índios Xokleng e Guarani. Os primeiros, caçadores e ferozes defensores de seu território, o que causou uma certa estranheza ao primeiro contato com os europeus. Eram habilidosos construtores de arcos e flechas e não tinham tradição agrícola. Aprenderam rápido a importância do metal e, também como cortá-lo para utilizá-lo nas pontas de lança e flecha, passando a atacar os acampamentos brancos em busca de artefatos metálicos. Na segunda metade do século XIX, grandes fazendeiros paulistas, criadores de gado, procuravam por novas pastagens ao sul do Brasil, tendo encontrado, especificamente no Planalto Catarinense, o tipo de gramínea ideal para a engorda do gado, na região de Lages. Atualmente, existe a ameaça da ampliação das reservas indígenas com a anexação da Serra da Abelha. Esta é uma região fértil sobre a qual se localiza a última reserva de araucárias de Santa Catarina. Sem o vínculo ecológico, os Xokleng, pressionados por necessidades econômicas, poderão tornar estas áreas inóspitas e que em breve serão novamente insuficientes para seu sustento.

Clima: Clima temperado, com máximas de 40ºC e mínimas de -3ºC. A temperatura média anual é de 21ºC. As chuvas variam de acordo com a época do ano, e é predominante entre os meses de dezembro e março. Chove ocasionalmente durante a primavera.

Vegetação e relevo: Mata Atlântica, que se desenvolve sobre um substrato rochoso de ardósia, de fácil fratura, o que propicia o aparecimento de penhascos.

Relevo acidentado, caracterizado por morros, vales e ribeirões, como o Ribeirão Garcia e o Ribeirão da Velha. Um dos pontos culminantes é o morro do Spitzkopf.

Alimentação

Blumenau tem a maior infra-estrutura gastronômica de todo o vale. Timbó também oferece excelente infra-estrutura turística também.

Hospedagem

Pousadas aconchegantes e hotéis simples.

Dicas gerais

Necessário escolher uma boa operadora para fazer rapel: verificar sempre se a ancoragem das cordas está bem feita e se os equipamentos não apresentam defeitos ou fissuras.

Atrações

Apiúna: Rica em belezas naturais, a cidade de Apiúna possui áreas quase intocadas. É um dos lugares mais adequados à prática do ecoturismo do Vale do Itajaí. Os turistas podem descer as cachoeiras de bote e praticar rapel. No total, são mais de 100 cachoeiras.

Canyoning: A Mata Atlântica desenvolve-se sobre um substrato rochoso de ardósia, de fácil fratura, o que propicia o aparecimento de penhascos onde, em muitos casos, existem magníficas cachoeiras, algumas com mais de 100 metros de altura.

Cavalgada: Há uma pousada em Ibirama, onde é possível alugar cavalos para passeios.

Doutor Pedrinho: O rapel é bastante seguro quando os guias têm conhecimento técnico e seguem todas as regras de segurança. As cidades mais importantes para esta atividade são: Presidente Getúlio, Ibirama e Doutor Pedrinho.

Escalada: O vale do Itajaí é um dos 4 pólos de escalada de Santa Catarina. Existem algumas paredes com vias conquistadas. As principais vias são: Filhote do Baú (Gaspar), Pedra Escondida (Massaranduba), Alto Palmeiras ( Rio dos Cedros) e os boulders em Pomerode. Além disso há opções também em Blumenau e Apiúna.

Morro Pelado: Trechos interessantes de trekking na Mata Atlântica, com muitas cachoeiras e poços para mergulho. Alguns mirantes, como o Morro Pelado em Apiúna, oferecem boa vista para o Vale. As trilhas não estão estruturadas, ocasionando um grande impacto sobre a floresta.

Paragliding: Em Ibirama existe uma rampa de lançamento de pára-quedas dirigível.

Rios Itajaí-Açu e Hercílio: O rafting é praticado principalmente nos Rios Itajaí-Açu e Hercílio, com níveis de dificuldade variando entre II a IV+. O Rio Itajaí-Açu possui obstáculos mais difíceis, oferecendo maior emoção, enquanto o Rio Hercílio possui corredeiras constantes durante todo o trajeto do rafting; com nível de dificuldade menor. A maior vantagem destes rios é a sua inconstância. As chuvas ou estiagem alteram o volume de água rapidamente, mudando o grau de dificuldade.

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