Importante pela sua grande concentração populacional e seu desenvolvimento econômico, esta região vai do extremo sul de São Paulo até o arroio Chuí, na fronteira com o Uruguai, passando por todos os estados do sul, num total de 192,8 mil quilômetros quadrados. É coberta por umas poucas manchas remanescentes de mata atlântica e tem também alguns campos de planalto. Cerca de 11,6 milhões de pessoas vivem na região, que inclui cidades importantes, como Paranaguá (PR), Joinville e Florianópolis (SC), Pelotas e Porto Alegre (RS). É a região que apresenta os melhores indicadores sociais do país, tanto no Produto Interno Bruto per capita ou no Índice de Desenvolvimento Humano.
A oferta de serviços de saneamento básico é, em parte compatível com a qualidade de vida. Conforme o estado, entre 90,7 e 97,8% das residências urbanas têm água encanada, valores muito acima da média nacional. Em compensação, a coleta de esgotos está, exceto em São Paulo, bem abaixo das médias nacionais. Quanto ao tratamento de esgotos, a oferta varia muito: 32,5% em São Paulo, 20% no Paraná, 11,6% em Santa Catarina e apenas 6,4% no Rio Grande do Sul. Os rios da bacia têm uma descarga média de 4.569 metros cúbicos por segundo. A irrigação é responsável por 90% da demanda de água, sobretudo nos arrozais de Santa Catarina e do Rio Grande do Sul. Já a indústria, que consome apenas 3,1% do total, está concentrada na produção de têxteis, produtos eletrônicos e carvão. A região tem, aliás, 90% das reservas nacionais de carvão, concentradas nas bacias dos rios Tubarão e Araranguá, em Santa Catarina e no Rio Grande do Sul.
A poluição pelo despejo de esgotos e efluentes industriais não-tratados é particularmente grave nas sub-bacias dos rios Itajaí e Guaíba – nas cidades de Joinville (SC), da Grande Porto Alegre e Pelotas (RS), além dos vales dos Sinos e do Gravataí.
Fonte: Como cuidar da nossa água. Coleção Entenda e Aprenda. BEI. São Paulo-SP, 2003.