A expansão dos estudos geomorfológicos no Brasil se deu nos últimos 50 anos, devido à valorização das questões ambientais e por aplicar-se diretamente à análise ambiental.
No Brasil, as primeiras contribuições geomorfológicas, datam do século XIX, quando pesquisadores “naturalistas” buscavam de maneira diversificada compreender o meio ambiente e pesquisadores “especialistas”, ou seja, botânicos, cartógrafos, geógrafos e geólogos, dedicavam-se a conteúdos específicos.
Estudando vários temas e diversas regiões brasileiras, as primeiras gerações de geólogos brasileiros juntamente com alguns estrangeiros, desenvolveram a partir do início do século até a década de 40 o conhecimento geomorfológico no Brasil. Vários trabalhos de brasileiros marcaram este período como, por exemplo, o de Guimarães (1943) e Azevedo (1949), que reúne e sintetiza o relevo brasileiro; Maack (1947) sobre a geologia do Paraná; King (1956) aborda a geomorfologia no Brasil oriental e Tricart (1959), que estabelece a divisão morfoclimática para o Brasil atlântico central.
A geomorfologia brasileira conheceu novos cenários a partir do final dos anos 60 e início dos anos 70, incorporando conceitos da Teoria Geral do Sistema e aplicando idéias relativas ao equilíbrio dinâmico.
Um dos maiores projetos já realizados, buscando o levantamento de recursos naturais, incluindo geologia, geomorfologia, solos, vegetação e uso do solo foi o Projeto Radam Brasil. De 1973 em diante, publicou-se os relatórios, os documentos cartográficos (mapas temáticos) que recobrem todo o País, formando um total de 40 volumes.
Atualmente, a geomorfologia acompanha os rumos teóricos e os caminhos de aplicação; entretanto, a dificuldade de acesso rápido às novas tecnologias e a falta de infra-estrutura prejudicam os avanços da ciência.
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