Exploração
Desvendar a cada passo salões e galerias onde jamais outro homem penetrou, descobrir fantásticas formações minerais e estranhas formas de vida é sem dúvida uma das mais excitantes aventuras que a natureza ainda nos reserva.
Explorar uma caverna é isto; buscar entendê-la enquanto manifestação de inúmeras forças naturais, o que exige acurada observação, tecnologia adequada e senso de equipe.
No caminho da exploração, inúmeros perigos e obstáculos físicos se opõem ao avanço do explorador. O ambiente pode lhe ser hostil pela ausência de luz, pelo frio e pela umidade e o caminhamento dificultado por grandes distâncias e desníveis, por pisos irregulares e escorregadios, por estreitamento e “tetos baixos”. Da mesma forma, rios lagos e cachoeiras ou ainda trechos desmoronados, sifonados e inundações podem não apenas dificultar a penetração mas até torná-la imposível.
Equipamentos
A roupa pode ser composta por um macacão que deve ser resistente, leve, ignífugo (não propagar fogo) e de material que não retenha água; meias compridas impermeabilizadas, que envolve a barra do macacão protegendo as pernas do frio e de eventuais pancadas; e um calçado leve (pode ser uma bota ou tênis) com sola de borracha antiderrapante e bico rígido (para facilitar as escaladas). Botas de borracha, muito usadas em países onde a temperatura da água é mais baixa, perdem muito de suas funções em cavernas tropicais como as do Brasil, tornado-se incômodas e inadequadas.
Luvas que não retirem a sensibilidade dos dedos, podem ser de grande utilidade nas escaladas em locais estreitos e nas paredes ásperas ou angulosas, servindo também para manter as mãos limpas para quando se manusear equipamentos fotográficos e filmagem.
É igualmente recomendável levar um agasalho leve para lugares onde há a incidência de água fria ou em explorações onde se despenda muita energia pelos esforços exigidos. O descuido com a perda de calor pode levar o explorador a um estado de hipotermia que chega ocasionar problemas de extrema gravidade ou mesmo a morte em alguns casos.
Completando, aparecem o cinturão de segurança ou a “cadeirinha” e o capacete (metálico, plástico, ou fibra), que, além de proteger a cabeça contra eventuais batidas ou quedas, também serve como suporte para o bico de luz (carbureteira ou lanterna).
A ausência de luz é o principal problema a ser enfrentado no ambiente cavernícola, requerendo, portanto, sistemas de iluminação adequados e fontes de luz complementares.
Ambiente Brasil