A Terra é o nosso planeta, e ocupa o lugar entre os oito planetas do sistema solar; o seu diâmetro é cem vezes inferior ao do Sol. A Terra vem em terceiro lugar na ordem das distâncias ao Sol, à volta do qual efetua uma revolução em pouco mais de 365 dias, numa órbita quase circular situada a uma distância média de 150 milhões de quilômetros, o que representa uma velocidade orbital de 100.000km/h.
A Terra passa no ponto mais próximo do Sol no princípio de Janeiro (periélio) e encontra-se no ponto mais afastado nos princípios de Julho (afélio); à distância máxima em relação ao sol, no entanto, é apenas de 5 milhões de km, e 3% somente da distância total. Ao deslocar-se na sua órbita, a Terra efetua uma rotação sobre si mesma em 24 horas; este tempo representa por definição um dia, e este movimento dá origem à sucessão dos dias e das noites; no equador, a velocidade de rotação atinge 1.700 km/h. O eixo desta rotação não é perpendicular ao plano da órbita (eclíptica), e faz com este um ângulo de 23º 27′. Daí resulta que, conforme as épocas do ano, para um dado lugar, o Sol não tem a mesma altura no firmamento, o que determina o fenômeno das estações. A diferença entre a duração do dia e a da noite aumenta com a latitude; assim, no Inverno, no pólo norte, a noite dura seis meses, durante os quais, no pólo sul, é o Verão e o dia perpétuo.
A Terra nasceu provavelmente de partículas de poeira e de gases, constituídos por ampla gama de elementos químicos, mas já empobrecidos nos elementos mais voláteis que giravam originalmente numa vasta nuvem à volta do Sol. A agregação do material deu-se simultaneamente no Sol (98% da massa existente na nebulosa proto-solar) e nos planetas.
Por acumulação de blocos de todos os tamanhos formaram-se, assim, a diferentes distâncias do astro do dia, os planetas e seus satélites. Para a Terra, isto passou-se há 4,6 bilhões de anos para o Sol e todos os outros planetas. Para os satélites, depende de sua origem. A lua pode ter-se formado por uma colisão de asteróide com a Terra, e aí, apesar de seu material ter a mesma idade do material terrestre, sua individualização teria sido um pouquinho posterior.
Há datações de grãos de zircão de até 4,2 bilhões de anos (provenientes das montanhas Jak Hills, Austrália). Outros materiais, como rochas com estromatólitos (estruturas feitas por algas), têm idade de 3,8 bilhões de anos.
Esta idade determina-se por um método fundado na radioatividade; com efeito, o urânio transforma-se em chumbo, no decurso do tempo, a uma velocidade constante e bem determinada; deste modo, segundo o teor de chumbo de materiais radioativos, torna-se possível datar as rochas. Graças ao estudo dos solos e dos relevos, pode dividir-se a história da Terra em eras e períodos geológicos, tendo-se situado o começo da Era Paleozóica há quinhentos milhões de anos.
Sobre os quatro mil e quinhentos milhões de anos precedentes, não sabemos praticamente nada; é o período chamado Pré-Cambriano.
Os primeiros organismos vivos apareceram há 3,8 bilhões de anos, e antes mesmo do começo da era primária; os primeiros vermes e moluscos apareceram há seiscentos milhões de anos. Há quatrocentos milhões de anos apareceram os peixes; há cento e quarenta milhões, os répteis; há sessenta milhões, os mamíferos, há um milhão, os primeiros hominídeos, mais símios que homens, o Homo sapiens, nosso verdadeiro antepassado, não tem mais do que quinhentos mil anos.
A Terra tem a forma de um globo mais ou menos esférico, ligeiramente achatado nos pólos e dilatado no equador; o seu diâmetro equatorial é de 12.756 km, o que dá uma circunferência ligeiramente superior a 40.000 km, e o seu diâmetro nos pólos tem menos 42 km (12.714 km). O volume do nosso planeta é de 1.100 milhares de milhões de quilômetros cúbicos, a massa é de 6000 milhares de milhões de toneladas e a sua densidade é, por conseguinte, de 5,52. A superfície total do globo é de 510 milhões de quilômetros quadrados, dos quais 71% são mares e 29% continentes. Divide-se geralmente a Terra em três partes: atmosfera, invólucro gasoso composto essencialmente de azoto e oxigênio ao nível do solo, estende-se até 3.000 km e subdivide-se em várias camadas: troposfera, estratosfera, ionosfera, exosfera; hidrosfera, o conjunto das partes oceânicas; litosfera, o conjunto das terras emersas.
A altitude mais elevada da litosfera (monte Everest, 8.880 m) é inferior à maior profundidade conhecida da hidrosfera (11.520 m, na fossa de Mindanau).
A Crosta Terrestre
A hidrosfera é o conjunto de água (sólida, líquida e gasosa) que pode, em parte, estar ocupando descontinuidades nas rochas da litosfera (na sua parte muito superior, nos aquíferos – água subterânea), além de estar nos oceanos, rios, lagos, geleiras e na atmosfera, nas nuvens ou fora delas.
A litosfera é um compartimento terrestre que compreende a crosta (com ela, portanto) e a parte mais superior do manto. Forma uma camada rígida, que constitui as placas tectônicas.
A densidade da crosta continental granítica é 2,8 e 3,0 para a crosta oceânica, basáltica. A crosta é também designada por sial sendo os seus elementos constituintes essenciais a sílica e o alumínio. Sial podia ser entendida como crosta continental. Sima como crosta oceânica. E uma não está sobre a outra, muito pelo contrário, sucedem-se lateralmente. A crosta é rígida sim e, junto com a parte superior do manto forma a litosfera, também completamente rígida. A litosfera está sobre a astenosfera, formada por material sólido porém muito quente e sob alta pressão, o que permite um comportamento plástico ano decorrer do tempo geológico. Com as correntes de convecção para transmissão do calor interna para as partes mais externas, o material da astenosfera exerce atrito sob a litosfera, dividindo-a em placas, que separam-se ou chocam-se, gerando a tectônica de placas.
Abaixo do sial encontra-se o sima (sílica + magnésio), também chamado pirosfera, que corresponde ao manto, de consistência mais ou menos fluida. Atualmente, pensa-se que a crosta não é rigorosamente rígida, e que flutua de certo modo sobre o manto; imensos movimentos de convecção no sima originariam então uma lenta deslocação dos continentes, uns em relação aos outros. Esta deriva dos continentes, admitida desde 1912 por Wegener, parece hoje confirmada. A superfície de contato entre a crosta e o manto tem o nome de descontinuidade de Mohorovicic. Esta superfície não seria de mais de alguns quilômetros sob os oceanos e de várias dezenas de quilômetros sob as montanhas, em virtude da teoria da isostasia.
Composição da Terra
Entre o centro da Terra 6.370km abaixo da superfície e o ponto mais distante da atmosfera, cerca de 1.000 km acima da superfície, são identificadas cinco camadas: atmosfera, hidrosfera e as três camadas concêntricas do globo, o núcleo, o manto e a crosta.
Atmosfera
É a capa gasosa que envolve a Terra. É composta por cinco camadas: troposfera, estratosfera, mesosfera, termosfera e exosfera, dependendo do gradiente de temperatura da região.
Gradiente de temperatura – é a relação entre temperatura e altitude de determinada região atmosférica. Um gradiente positivo significa que a temperatura aumenta com a altitude; um gradiente negativo, que ela decresce com a altitude; e um gradiente indefinido, que a densidade das moléculas é baixa demais para que a temperatura tenha valor significativo.
Troposfera – contém cerca de dois terços da massa total da atmosfera. Está entre zero e 11 km de altitude e tem gradiente negativo. Os fenômenos meteorológicos, como nuvens e precipitações, resultam de fenômenos troposféricos.
Estratosfera – nível superior à troposfera. Está na faixa entre 11 e 48 km de altitude e tem gradiente positivo. A região inferior da estratosfera é chamada camada de ozônio porque é onde existe a maior concentração desse gás, vital para os seres vivos por sua capacidade de absorver radiação ultravioleta do Sol.
Mesosfera – está acima da estratosfera e atinge até 80 km de altitude. Tem gradiente negativo e registra a temperatura mais baixa da atmosfera, -95º C.
Termosfera – ocupa a área entre 80 e 650 km de altitude e apresenta gradiente positivo. Sua temperatura varia entre 1.093º C e 1.648º C.
Exosfera – zona isotérmica (gradiente indefinido) que se encontra acima de 650 km de altitude. É o ápice da atmosfera neutra.
Hidrosfera
Cerca de 70% da superfície da Terra está coberta de água, e a maior parte dela é água marinha. A composição da água marinha varia, mas contém aproximadamente 3,5% de sais, sendo a maior parte (77,8%) cloreto de sódio, o sal de cozinha.
Núcleo
O núcleo do globo é constituído de ferro e níquel derretidos. Sua temperatura varia de 2.200º C na parte superior até cerca de 5.000º C nas regiões mais profundas. Apesar da alta temperatura, a parte central do núcleo é formada de níquel e ferro em estado sólido conseqüência da grande pressão do interior do planeta. O ponto central fica a 6.500 km da superfície.
Manto
Camada pastosa com cerca de 2.900 km de espessura. Silício, alumínio, ferro e magnésio são os elementos químicos predominantes. Sua temperatura varia de 870º C, junto à crosta, até 2.200º C, junto à parte externa do núcleo.
Crosta
Os continentes, as ilhas e as terras do fundo do mar compõem a parte externa da crosta terrestre. Sua espessura varia de 5 a 10 km sob os oceanos e, de 25 a 90 km, nos continentes. É formada por três grandes grupos de rochas: magmáticas ou ígneas, metamórficas e sedimentares.
Rochas e minerais – são agregados naturais de um ou mais minerais. Os minerais são elementos ou compostos químicos, geralmente sólidos. Só a água e o mercúrio são minerais encontrados no estado líquido.
Rochas magmáticas – resultam da solidificação do magma. Quando a solidificação acontece no interior da crosta originam-se as rochas magmáticas intrusivas, como o granito. Quando o magma se solidifica na superfície terrestre, como resultado de erupções vulcânicas, surgem as rochas magmáticas extrusivas, como o basalto.
Rochas metamórficas – originam-se de rochas pré-existentes por recristalização dos minerais. Isso ocorre em função de novas condições de temperatura e pressão ou graças à combinação química entre dois ou mais minerais, como por exemplo o mármore, metamorfizado do calcário.
Rochas sedimentares – são formadas a partir da erosão de qualquer outro tipo de rocha, como a argila, o arenito e o calcário.
No universo existem planetas, e que quer dizer astro errante. Existem corpos planetários tradicionais, como Mercúrio, Vênus, Terra, Lua, Marte, Júpiter, Saturno, Urano, Netuno, Plutão.
Redação Ambientebrasil