O Instituto Baleia Jubarte foi criado em abril de 1996 que tem por objetivo alavancar o desenvolvimento das atividades de pesquisa do Projeto Baleia Jubarte e de outros projetos que visem a melhoria da qualidade de vida das comunidades litorâneas desta região, como, por exemplo, o Programa de Educação e Informação Ambiental e o Projeto de Gerenciamento Costeiro Integrado. O Instituto Baleia Jubarte conta, atualmente, com 9 colaboradores diretamente envolvidos com a realização de suas diversas atividades , entre biólogos, oceanógrafos, fotógrafos, técnicos em Educação Ambiental, e equipe técnico-administrativa.
Os recursos para a realização dos projetos são obtidos através de patrocínios. Porém como estes recursos são insuficientes, há necessidade de complementar a captação através de material de divulgação ( camisetas, adesivos, chaveiros, bonés…) e doações.
Na região do Arquipélago de Abrolhos (Parque Nacional Marinho dos Abrolhos), no sul da Bahia, entre os meses de julho a novembro, as baleias jubarte chegam e se concentram com o propósito de reprodução e cria. São observadas normalmente em pares de fêmeas com filhotes acompanhadas de machos adultos. Estes competem pelo acesso às fêmeas em idade de reprodução. Para estudar e proteger estas baleias em sua época de cria e reprodução, foi criado em 1988 o Projeto Baleia Jubarte.
A baleia jubarte (Megaptera novaeangliae), também chamada baleia corcunda ou preta, pertence a família Balaenopteridae e é conhecida por seu temperamento dócil, pelas acrobacias que realiza (saltos, exposição de cabeça e nadadeiras, etc.) e por um desenvolvido sistema de vocalização. Uma característica marcante da espécie são as nadadeiras peitorais extremamente longas, que atingem quase 1/3 do comprimento total do corpo. As fêmeas, um pouco maiores que os machos, podem alcançar 16 m de comprimento e pesar 40 toneladas. Quando em fuga deslocam-se a velocidades de até 27 km/h.
As jubartes realizam migrações sazonais entre áreas de alimentação em altas latitudes, e área de reprodução e cria em regiões tropicais.
No Atlântico Sul Ocidental, a principal área de reprodução desta espécie é o Banco dos Abrolhos, no litoral sul da Bahia. Nos meses de julho a novembro, estas baleias procuram as águas quentes, tranqüilas e pouco profundas de Abrolhos para acasalar e dar à luz a um único filhote, que nasce após uma gestação de aproximadamente 11 meses. A caça indiscriminada reduziu drasticamente quase todas as populações de baleias do planeta. As baleias jubarte, cuja população mundial antes da caça era cerca de 150.000 indivíduos, hoje está estimada em quase 25.000 baleias distribuídas em todos os oceanos. Elas se encontram na Lista Ofícial de Espécies Ameaçadas de Extinção do IBAMA.
A Educação Ambiental passou a ser uma das mais importantes exigências educacionais contemporâneas em todo mundo, não se restringindo a transmitir conhecimentos sobre a natureza, mas buscando a ampliação da participação de cada indivíduo na gestão dos recursos naturais. É um exercício de cidadania com enfoque na conservação ambiental.
O Projeto Baleia Jubarte oferece estágio a estudantes graduados e graduandos em biologia, oceanografia, veterinária e áreas afins. Os candidatos, preferencialmente, devem ter completado o segundo ano (ou quarto período) da graduação, ainda que esta não seja uma exigência. O período de estágio coincide com a permanência das Baleias Jubarte na região, que vai de 1 de Julho a 30 de Novembro.
Fonte e Fotos: Instituto Baleia Jubarte e Projeto Baleia Jubarte/IBAMA
Redação Ambiente Brasil