Rato-candango (Juscelinomys candango)

Classe: Mammalia

Ordem: Rodentia

Família: Muridae

Nome científico: Juscelinomys candango

Nome vulgar: Rato-candango

Categoria: Baixo risco

Características: Recebeu este nome em homenagem ao idealizador da nova capital do Brasil. Oito exemplares desse gênero monotípico só foram coletados uma única vez, em área pertencente à Fundação Zoobotânica do Distrito Federal. A espécie foi incluída na Lista de Espécies Ameaçadas da Fauna Brasileira devido ao fato de não existirem registros adicionais para qualquer outra região do Cerrado. Além disso, a área onde os exemplares foram obtidos se encontra severamente alterada pelo processo de urbanização de Brasília. A espécie pode ser facilmente diferenciada daquelas pertencentes ao gênero Oxymycterus pela cauda bastante grossa e densamente revestida de pêlos. Espécie de hábitos fossoriais, escavando ninhos subterrâneos nos quais acomoda matéria vegetal fina e gramícias. A localização dos ninhos pode ser revelada pelas trilhas de acesso recobertas com terra compactada proveniente das escavações. Possivelmente, possui semelhanças ecológicas com espécies do gênero Oxymycterus, com o qual apresenta também afinidades taxonômicas. A análise do conteúdo estomacal dos espécimes coletados revelou a presença de material fibroso de origem vegetal e formigas.

Comprimento: Em média, machos adultos medem 140mm da cabeça à base da cauda. A cauda é menor que o comprimento da cabeça e corpo, possuindo, em média, 96mm.

Ocorrência Geográfica: Só existem registros da espécie para a localidade onde os tipos foram coletados em 1960. A região de Brasília é central para o bioma do Cerrado, sendo que o local de coleta (altitude de 1.030m) pode ser caracterizado como campo ralo (campo cerrado, na terminologia utilizada por Moojen), revestido de gramíneas.

Categoria/Critério: Classificada pela IUCN na categoria Baixo Risco.

Cientista que descreveu: Moojen, 1965

Observações adicionais: Distribuição aparentemente restrita ao Distrito Federal. Diversas tentativas de localização de novas populações na região, incluindo os esforços de Cléber Alho e Philip Hershkovitz, não foram bem sucedidas. Devido ao intenso processo de urbanização de Brasília, com conseqüente alteração do hábitat, alguns especialistas sugerem que, já passados 30 anos sem registros adicionais, a espécie deva ser considerada extinta. A UICN adota o prazo de 50 anos como critério para se reconhecer que uma espécie foi extinta.

Fonte: MMA/SINIMA