Papagaio-da-serra (Amazona petrei)

Classe: Aves

Ordem: Psittaciformes

Família: Psittacidae

Nome científico: Amazona petrei

Nome vulgar: Papagaio-da-serra

Categoria: Ameaçado

Características: Pequena espécie meridional esplendidamente colorida pela máscara. As penas verdes da plumagem são transversalmente truncadas e marginadas de negro. Na parte anterior da cabeça passa-lhe pela fronte uma mancha vermelho-escura que contorna por trás dos olhos, apanha a região dos ouvidos, terminando em ângulo bem delimitado; igualmente vermelho carregado é toda borda anterior das asas para trás até além do meio. Exemplares verdes controlados em cativeiro eram fêmeas. Gritos entremeados de assobios fortes. Agitados, fazem algazarra trocando de lugar ininterruptamente. Reuniões com pouso coletivo acontecem em abril a meados de julho.

Alimentação: Alimenta-se preferencialmente das sementes da conífera pinheiro-do-paraná (Araucaria angustifolia). O amadurecimento dos pinhões deste pinheiro estende-se por boa parte do ano, garantido-lhe alimento por muitos meses. Outra fonte importante de sua alimentação é o fruto do pinho-bravo (Podocarpus sp.), que amadurece antes do pinhão, no começo do ano (janeiro e fevereiro).

Reprodução: final do ano. No período compreendido entre agosto e janeiro, os Charões ocupam as áreas de nidificação, distribuídas por uma ampla região do Rio Grande do Sul. Nesses locais, está sendo realizado o monitoramento dos bandos de papagaios em 11 dormitórios coletivos da espécie, através de censos regulares e sistemáticos ao longo do ano. A partir de meados de janeiro, quando os Charões abandonam esses dormitórios de reprodução ocorrem grandes concentrações populacionais no sudeste e nordeste do Rio Grande do Sul, até meados de fevereiro/março, nos dormitórios pós-reprodução. Dois desses pousos coletivos reúnem alguns milhares de papagaios nessa época, escolhida pelo Projeto Charão para a realização de censos simultâneos, a fim de estimar o tamanho da população de Amazona pretrei, anualmente. Os resultados desses censos indicam 10.500 e 11.147 Charões, em 1994 e 1995, respectivamente.

Comprimento: 32,5 a 37 cm

Ocorrência Geográfica: Mata de araucária e floresta ombrófila mista. Originalmente ocorrendo de São Paulo ao norte da Argentina, hoje registrado apenas no Rio Grande do Sul

Categoria/Critério: Destruição do habitat; Tráfico de animais

Cientista que descreveu: Temminck, 1830

Observações adicionais: Tamanho populacional reduzido com probabilidade de extinção na natureza em pelo menos 29% em 20 anos ou 5 gerações.

Fonte: MMA/SINIMA