Flamingo (Phoenicopterus ruber)

Classe: Aves

Ordem: Phoenicopteriformes

Família: Phoenicopteridae

Nome científico: Phoenicopterus ruber

Nome vulgar: Flamingo

Categoria: Ameaçada

Características: As aves da família dos flamingos são grandes em todas as espécies e de sexos semelhantes (a fêmea é um pouco menor). São aquáticas, com o pescoço e as pernas longas, as asas grandes e a cauda curta. A face é nua, tendo o bico curvado para baixo na metade do seu comprimento, em ângulo abrupto. Dentre todas as aves, é a única que apresenta esse formato. Sua coloração geral é rosa, sendo mais carregada nas coberteiras alares (penas que cobrem as asas), que contrastam com as rêmiges (penas de vôo) primárias e secundárias negras. As pernas e pés são vermelhos e o bico é amarelado com a parte terminal negra.

Comportamento: São diurnos e noturnos. Vivem em grandes colônias e assim também procedem durante a nidificação, sempre gregárias.

Alimentação: O formato e tamanho do bico estão adaptados para o bombear e filtrar a água que carrega seu alimento. Assim coloca o bico na água, de forma que a parte terminal fica imersa e a língua trabalha como um êmbolo, para reter o que deseja. Sua dieta compõe-se de plâncton, rico em espécies, como algas, vermes anelídeos, insetos, moluscos, crustáceos, larvas, etc. A coloração vermelha da plumagem é conseqência da alimentação rica em carotenóides.

Nidificação, postura, incubação e cuidados com a prole: O galanteio possui pouca cerimônia, mas os casais o apresentam nas proximidades do local em que a colônia escolheu para a nidificação. O ninho é construído no lodo, em águas rasas das ilhas ou nas margens dos lagos e é constituído de um tronco de cone de barro cuja altura varia entre 20 a 40 cm, dependendo do lugar mais úmido e inundável. O casal trabalha na construção, na incubação e nos cuidados com a prole. A postura se limita a uns únicos ovos brancos, cobertos por camada calcária, sendo abaixo a coloração da casca azulada. Para incubá-lo, a ave fica mantida com o ninho entre as pernas e, assim, após 28 dias nasce o jovem que é nidífugo. Nos primeiros dias, ele apresenta uma coloração cinza-escura e se alimenta do que lhe oferecem os pais. O bico, nessa fase, ainda é reto, mas, à medida que cresce, vai tornando-se curvo para poder buscar o alimento. Alcança a plumagem adulta aos 3 anos de idade e tem uma muda simultânea das rêmiges a cada 2 anos. A movimentação dos indivíduos de uma grande colônia realiza-se sempre de maneira muito típica, pois caminham a passos cadenciados, com os movimentos da cabeça e alinhados. Em vôo, a colônia mantém o formato de um V e a postura é sempre de pescoço e pernas estendidas. Voz: Áspero grasnar “kraa”.

Habitat: Lagunas rasas, salobras, sem vegetação e à beira-mar.

Altura: 90 cm.

Comprimento: 102 a 122 cm.

Ocorrência Geografica: Segundo Helmut Sick, ocorre desde o norte do continente americano Antilhas até o Amapá, no norte do Brasil, onde se reproduz. O site www.ambientebrasil.com.br também cita Bahia, Ceará, Pará, Sergipe e Sudeste do País.

Cientista que descreveu: Linnaeus, 1758

Categoria/Critério: No Brasil, a espécie encontra-se ameaçada de extinção na última área em que ainda é encontrada, o Estado do Amapá, devido ao estabelecimento de plantações de arroz na região das lagunas, às salinas ao longo da costa, à caça predatória e à captura de seus ovos. Listada no Anexo II da CITES.

Fonte: MMA/SINIMA