A Paraíba é um estado da Região Nordeste onde o processo de desenvolvimento tem ocorrido lentamente. A maior parte de sua economia ainda reside na produção agro-pastoril, comércio e algumas industrias de transformação. Devido a condições edafoclimáticas, o Estado está dividido em micro-regiões, tais como: Litoral, Curimataú, Seridó, Sertão, Cariri, Agreste, Brejo e Serra de Teixeira. A forma de ocupação(minifundios) e as atividades exercidas pelo homem nessas micro-regiões, determinaram as transformações e os grandes problemas ecológicos enfrentados, hoje, no estado: risco de desertificação de áreas do Cariri e seridó, provocado pelo desmatamento para uso intensivo da pecuária; o desmatamento de grandes áreas para plantio da cana-de-açucar e policultura de subsistência; o aterramento de manguezais no litoral, para atender o crescimento desordenado da cidada-pólo(João Pessoa); exôdo rural para cidades de médio porte(Campina Grande, Patos, Sousa e Cazajeiras), gerando um cinturão de favelas e agravamento da miséria, além de desestruturar o sistema agrágrio, onde uma grande parte da economia ainda se apóia.
Neste contexto, a Representação do IBAMA na Paraíba, por meio do seu Núcleo de Educação Ambiental, vem desenvolvendo ações educativas junto as comunidades dos municípios abrangidos pelas micro-regiões, além dos municípios de Capim de Cheiro, Caaporã, Dona Antônia e Conde, tendo como parceiros interinstitucionais, institucionais e membros da sociedade civil organizada a EMATER, SAIA, SEMA , DFA, UFPB, SUDEMA, Secretaria de Educação e Cultura da Paraíba, DEMEC entre outros.
Dentre os projetos desenvolvidos pelo NEA/PB, destaca-se o projeto de “Educação Ambiental no Assentamento de Capim de Cheiro”. Na Paraíba, o Assentamento de Capim de Cheiro( organizado pela INCRA), foi feito numa área de reserva legal da Usina Maravilha(Caaporã/PB), onde há queda d’água e encostas bastante inclinadas, sem obedecer a legislação do IBAMA. No parcelamento não foram obedecidos os 30 metros de área devastada que devem margear o curso d’água.Como resultado, muitos parceleiros tem tido problemas com uso de agrotóxicos utilizados pelos que plantam nessas margens.Como propósito, o NEA/PB está promovendo ações de Educação Ambiental em áreas de assentamento feitas pelo INCRA, visandosensibilizar os parceleiros para o uso sustentável do solo, água e da floresta e sua influência na produtividade agrícola e, consequentemente, na qualidade de vida da comunidade assentada.
Responsável: Maria Solange dos Santos Xavier
Fone: (83)218-7210 – Fax: (83) 218-7201
E-mail: solange@supes_pb.ibama.gov.br
Fonte: Ibama