O Pará tem história para contar e natureza para exibir: os sítios arqueológicos de Monte Alegre, os casarios portugueses de óbidos e alenquer, o patrimônio arquitetônico de Belém. As praias de Alvas de Santarém e os manguezais de suas cidades oceânicas.
O Pará selecionou três pólos para oferecer aos interessados em desfrutar de seus atrativos naturais e culturais: o Pólo Tapajós, a oeste do estado; o Pólo Marajó, na maior ilha fluviomarinha do mundo; e o Pólo Costa Atlântica, que envolve a capital, Belém, e outras nove cidades de seu litoral atlântico.
Tendo como portão de entrada a bela cidade de Santarém, o Pólo Tapajós oferece atrativos diversificados aos visitantes. As cidades que o integram estão situadas na junção dos rios Amazonas e Tapajós, constituindo uma rede de canais, áreas inundáveis e lagos, propícios à pesca esportiva e à observação da fauna. Durante o verão, de agosto a dezembro, as águas esverdeadas do rio Tapajós baixam, fazendo surgir praias de areias alvas e finas, entre as quais as da Vila de Alter do Chão, distante 38 km de Santarém.
O pouso das garças ao pôr do sol em Monte Alegre é um dos espetáculos naturais inesquecíveis da região. Monte Alegre é, também, a sede de um Parque Estadual de mesmo nome, que abriga sítios arqueológicos com pinturas rupestres, com destaque para a Gruta da Pedra Pintada, onde escavações encontraram os mais antigos vestígios da ocupação da Amazônia e da América, de cerca de 11 mil anos.
O Pólo Tapajós é uma das regiões de ocupação portuguesa mais antiga da Amazônia, tendo, por isso, um rico patrimônio histórico. Cidades como Alenquer, Óbidos e Monte Alegre detêm um patrimônio histórico bem conservado, como o Forte de Óbidos, construção militar do século XVII recentemente restaurado. É, também, uma região de forte influência cultural indígena e africana, materializada nas festas populares, na culinária e no artesanato local. A cidade de Oriximiná, por exemplo, abriga vários quilombos.
As fazendas e campos inundáveis da Ilha de Marajó são os atrativos principais do Pólo Marajó. Banhada pelas águas dos rios Amazonas, Pará e Tocantins e pelo Oceano Atlântico, Marajó abriga a maior manada de búfalos do país, o faz deste ruminante uma presença constante no cotidiano marajoara, sendo utilizado inclusive como montaria. Roteiros de turismo rural, envolvendo passeios de búfalo, estão entre as atividades disponíveis. Por causa de sua situação ecológica, a ilha atrai grandes quantidades de aves e peixes, favorecendo a observação de aves e a pesca esportiva.
Composto por doze municípios, o Pólo Costa Atlântica tem como maiores atrativos o rico patrimônio histórico e arquitetônico da capital, como o Museu Emilío Goeld, o Teatro da Paz e outros, Belém é o portão de entrada do estado, manguezais e as praias oceânicas de seu litoral. Em São João de Pirabas, a pesca esportiva em alto mar e a observação de aves de seus manguezais são atividades que atraem muitos turistas. Outros municípios próximos, como Tracateua, Maracanã, Marapanim e Curuçá também apresentam manguezais extensos e matas que atraem grandes quantidades de aves.
Como chegar
O acesso ao Pólo Tapajós é por Santarém, que tem porto fluvial e está a 50 horas de barco da capital, Belém. A cidade tem também um aeroporto internacional. O acesso às demais cidades do pólo é feito prioritariamente de barco. O acesso ao Pólo Marajó é feito principalmente por barcos e navios que, partindo de Belém, levam cerca de 3 horas para aportar na ilha. É possível chegar a Marajó de carro ou ônibus, por meio de balsas que partem do porto de Icoaraci, cuja travessia dura três horas. Já o acesso às cidades litorâneas se dá pela BR-316, rodovia asfaltada que parte da região metropolitana de Belém.
O Estado oferece grandes atrativos turísticos, principalmente de origem natural, fato atestado pela Organização dos Estados Americanos (OEA), que concluiu que o Pará é dono de 49% das atrações naturais da Amazônia. O estímulo à atividade turística se dá por dois fatores: a execução de obras que embelezam cidades paraenses e a divisão do Estado em seis pólos turísticos, que contemplam diversas vertentes da atividade.
Obras como a Estação das Docas, Ver-o-Rio, Parque da Residência, Mangal das Garças, Feliz Lusitânia e Aeroporto Internacional de Belém ajudaram a impulsionar a atividade turística na capital, sendo atração permanente para pessoas de todas as partes do País e do mundo durante o ano inteiro e não apenas no Círio de Nazaré, que é uma época tradicional para o turismo no Estado.
A natureza foi generosa com o Pará, com a combinação de fatores marcantes de vários ecossistemas, onde o predominante é o amazônico. Rios, praias, mangues, florestas, campos alagados, vastíssimos elementos de fauna e flora fazem da região amazônica única no mundo, e o Pará foi premiado com a presença destes elementos. Cada região turística do estado apresenta diferentes características, que combinadas formam um mosaico de formas de se relacionar e vivenciar estes elementos, fatores que influenciam também na cultura, culinária, história e economia de cada canto do estado.
O homem da Amazônia, no Pará, tem uma relação curiosa com as águas, seja em busca da sua sobrevivência na pesca, seja no ir e vir diário, que faz dos rios a sua rua e das embarcações seu principal meio de transporte. Essa vida em função dos elementos da natureza é um dos fatos que mais atrai visitantes que desejam conviver com a cultura essencialmente amazônica presente no Pará. Seja na pesca esportiva, turismo ecológico e de aventura ou na vivência de experiências, os fatores naturais atraem a atenção dos visitantes que desejam desfrutar do turismo no estado.
Alter do Chão
Uma vila de pescadores às margens Tapajós que, no período da vazante, quando o rio chega a baixar dez metros, revela uma das mais belas praias brasileiras, de águas doces transparentes e areia branca, cercada pela floresta e pela magia de seus antigos habitantes. A natureza impressiona: o lago verde, a floresta alagada, os botos; e também abriga um rico patrimônio da cultura viva, como a centenária Festa do Saíre ou Çaire, que mistura elementos religiosos e profanos. Dispõe de bons equipamentos e serviços turísticos.
Como chegar:
Localizada na margem direita do Tapajós, distante cerca de 30 km de Santarém, por estrada pavimentada (PA-457); de barco leva cerca de 3 horas, através do rio Tapajós.
Melhor época:
No verão amazônico, de agosto a novembro, quando chove menos, as águas do rio Tapajós baixam e a faixa de areia emerge.
O que fazer:
Contemplação da paisagem, banho de sol e rio, passeios de barco pelo lago verde e floresta alagada, trilhas até a serra da Piraoca e a piracaia, que é uma espécie de luau amazônico.
Sol e praia é um segmento muito convidativo a quem quer conhecer o Pará. A abundante presença das águas no território paraense é responsável pela formação de belíssimos recantos naturais, seja em praias formadas pelos rios ou mesmo no litoral atlântico e ainda em igarapés de águas calmas e geladas. As possibilidades são diversas: praias litorâneas como Atalaia e Corvina, em Salinópolis, Marudá, em Marapanim e praia da princesa na vila de Algodoal, na ilha de Maiandeua em Maracanã, Ajuruteua, em Bragança, praia do Pesqueiro no Marajó. Também são encantadoras as praias de rios, a exemplo do Morubira, Chapéu Virado, Paraíso e outras na ilha de Mosqueiro, praia do Amor, na Vila de Alter-do-Chão, em Santarém, praia do Tucunaré, em Marabá, praia das gaivotas em Conceição do Araguaia, Caripi em Barcarena, e tantas outras que fazem parte do vastíssimo leque de possibilidades para quem deseja curtir o sol e calor que predominam durante o ano inteiro na região.
Fonte: Ministério do Meio Ambiente