Cabreúva – SP

O nome da cidade, que fica às margens do Rio Tietê, é originário de uma árvore chamada “Cabreúva”, abundante na região, que significa “árvore da coruja”. O nome ficou conhecido em virtude da utilização do tronco de uma árvore desta espécie, como uma “ponte” para travessia dos pedestres sobre o antigo Ribeirão dos Padres. A cidade teve a sua fundação no início do século XVIII pela família Martins e Barros, que ali plantava cana-de-açúcar.

 História E Cultura

Fundada no início do século XVIII, Cabreúva foi instituída por um membro da família Martins e Ramos, do Município de Itu, o qual, à procura de um lugar para alojar-se, subiu o rio Tietê explorando sua margem direita até encontrar um vale inserido entre três grandes serras – que mais tarde seriam denominadas “Japi”, “Guaxatuba” e “Taguá”. O clima ameno da região, a fertilidade do solo e a abundância de água existente, foram características que chamaram a atenção da família Martins e Ramos e que ali mesmo se estabelecerem. Proprietário de muitos escravos e de grande fortuna, Martins, acompanhado pela família, ocupou a terra e dedicou-se a cultivar cana-de-açúcar para a fabricação de aguardente, dando início à instalação de engenhos que se tornariam a maior força econômica da localidade durante décadas. Com isso, a produção da cachaça ganhou notoriedade na região e tornou-se famosa muito além de suas fronteiras, dando à cidade o popular slogan de “Terra da Pinga”.

 

Clima

Temperado e seco. Temperatura média anual de 19°C.

 

Vegetação e relevo

Nos parques localizados em Cabreúva, é possível encontrar plantas e animais da Mata Atlântica. Calcula-se que existam na Mata Atlântica 10 mil espécies de plantas que contém uma infinidade de cores, formas e odores diferentes. Nela se encontra jabuticabas, cambuás, ingás, guabirobas e bacuparis, além de plantas como orquídeas, bromélias, samambaias, palmeiras, cabreúva, ipês, palmito. Entre os animais, podemos citar o bicho-preguiça, a capivara, o tamanduá-bandeira, a jaguatirica, o gato e o cachorro do mato.

O relevo da cidade é montanhoso. Ao sul do município de Cabreúva destaca-se o vale do rio Tietê, com seus meandros encaixados em rocha e a Mata Atlântica, que cobre as encostas das serras do Japi e Guaxatuba e os mananciais de abastecimento dos municípios de Salto e Indaiatuba, além de Cabreúva.

 

Alimentação

O prato típico da cidade de Cabreúva nada mais é do que a boa combinação do arroz e feijão e a famosa costelinha de porco.

 

Hospedagem

Cabreúva possui uma boa estrutura em termos de hospedagem. A cidade oferece desde camping com chalés ou para acampamento, até Hotéis classificados como Resort. No centro do município existem várias opções de Campings e Hotéis. E para quem quer uma opção diferenciada de hospedagem, nos arredores de Cabreúva é possível encontrar até opções de SPA.

 Dicas gerais

Para os passeios pela Serra do Japi, a dica é ir com roupas leves, tênis, boné, óculos de sol, protetor solar e sempre andar com uma garrafinha de água. Lá, a parada indispensável é a cachoeira Guaxinduva, que proporciona um delicioso banho. Cuidado especial com as crianças e idosos, principalmente na cachoeira, por conta das várias pedras e barrancos encontrados pelo caminho, além da trilha de descida ser bem estreita. No passeio, outro ponto de visita que vale uma parada é o Centro de Meditação Kadampa (Templo Budista), que está ainda em construção, mas já possui uma estrutura extraordinária e que, depois de concluído, será considerado o terceiro maior centro de meditação do mundo. Dependendo da opção de hospedagem, como por exemplo, o camping, é bom se prevenir das picadas indesejadas dos insetos com o bom e velho repelente. Além disso, à noite costuma esfriar nesses lugares por conta da proximidade da Serra. Um casaco mais reforçado e um saco de dormir são sempre bem-vindos.

 

Atrações

Cachoeira do Guaxinduva e Taguá: As cachoeira do Taguá e Guaxinduva, também conhecida como corredeiras de Cabreúva, proporcionam aos freqüentadores do local a possibilidade de um bom banho de cascata, além de desfrutarem de uma bela paisagem da natureza.

Estância Lagoa Azul: Fazenda localizada na cidade de Cabreúva, que desenvolve atividades de ecoturismo. A Estância oferece diversas atrações, como: cascata artificial, tobogã aquático, passeio de trenzinho, ordenha de vaca, cavalos, charretes, três lagos para pesca esportiva, caiaque, trilhas ecológicas e muito mais.

Estrada Parque: É considerada a primeira estrada deste gênero no Brasil, que liga Cabreúva a Itu. Lá, encontram-se a Fazenda do Chocolate da Serra e a Gruta da Glória. A Estrada Parque, também conhecida como a antiga Estrada dos Romeiros, ainda mantém a tradição das Romarias, procissões de cavaleiros, que também é feita a pé, bicicleta, carro ou charrete. Este evento acontece nos dias próximos a Semana Santa e Páscoa.

Fazenda da Serra: Também conhecida como Fazenda do Chocolate, é uma chácara histórica construída por bandeirantes que hoje é aberta ao turismo. Lá, é possível comprar chocolates caseiros (fabricação própria), vinhos, licores, bolos, doces, café torrado e moído na hora. Além disso, existe no local a presença de alguns animais exóticos, cavalos, pôneis, etc.

Gruta da Glória: Alguns profissionais habilitados da fundação SOS Mata Atlântica realizam ao lado da Gruta da Glória, atividades pedagógicas de educação ambiental, onde contextualizam várias faces de um dos fragmentos mais ameaçados do planeta: a Mata Atlântica. Este programa deve ser executado com antecedência junto à monitoria do Rio Tietê.

Serra do Japi: Conhecida como um dos maiores atrativos da cidade de Cabreúva, a Serra do Japi possui cachoeiras, fazendas e casas de personalidades famosas. Em meio à natureza exuberante do local, é possível observar um incrível fenômeno natural: é o único lugar no mundo onde ocorreu o surgimento de vegetação sobre rochas. O local também é freqüentado por praticantes de motocross, que desafiam a mata em busca de liberdade nas suas motos preparadas para as duras trilhas e os jipeiros que freqüentam este paraíso para viver as muitas aventuras reservadas para eles nos fins de semana. Mas, para aqueles que preferem algo menos radical, a sugestão é passear à cavalo, de bicicleta ou até mesmo à pé, pelos lugares onde o carro não chega.

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