Os habitantes da amazônia, desde o início da colonização em 1500 até os presentes dias, dedicaram-se a atividades extrativistas e mercantilistas, inserindo entre 1840 e 1910 o monopólio da borracha. Todo esse processo de colonização gerou mudanças como a redução da população indígena, redução de algumas espécies de animais e plantas e outras consequências.
Vários personagens surgiram da miscigenação de povos que trabalharam nas terras amazônicas como os caboclos, os ribeirinhos, os seringueiros e os balateiros, que até hoje residem no local.
Após a Segunda Guerra Mundial, a Amazônia passou a integrar o processo de desenvolvimento nacional. A criação do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia – Inpa (1952), a implantação das agências de desenvolvimento regional como a Superintendência de Desenvolvimento da Amazônia – Sudam (1966) e a Superintendência da Zona Franca de Manaus – Suframa (1967) passaram a contribuir na execução de projetos voltados para a região. Destacam-se: a) o Projeto Jari; b) os projetos agropecuários incentivados pela Sudam; c) a colonização ao longo da Transamazônica e da Rodovia Cuiabá-Porto Velho; do aproveitamento hidrelétrico de Tucuruí e Balbina; e) Programa Grande Carajás; f) exploração de petróleo na Bacia do rio Urucu.
Uma das principais alterações do cenário amazônico nas últimas décadas do século XX diz respeito à demografia aos fatores a ela associados. Entre 1950 e 2007, a população da Amazônia passou de 3,8 milhões para 23,55 milhões de habitantes, crescimento de 516%, muito acima da média nacional, que foi de 254% no mesmo período. Desde o ano 2000, quando o número de habitantes atingiu 21,0 milhões, o crescimento médio é 1,64% e, embora decrescente, mantém-se 40% acima do crescimento médio nacional.
A população atual corresponde a 12,83% do total nacional. Para 2010 e 2020, as projeções do IBGE indicam que a população será de 25,84 milhões e de 29,79 milhões de habitantes respectivamente, e representará, neste último ano, 13,6% da população total do país. (Quadro 3 e Gráfico 2 e 3) A densidade demográfica média na região manteve-se relativamente baixa em 2007 – 4,64 habitantes/km² –, enquanto a do Brasil foi de 21,5 habitantes/km². Contudo, a população se distribui de maneira desigual. O Maranhão é o estado com maior densidade (18,43 hab/km²) e alguns municípios da porção oriental, como na área metropolitana de Belém, apresentam densidades superiores a 1.000 hab/km².
Roraima é o estado com menor razão de habitantes por superfície (1,76 hab/km²) e, em alguns municípios da porção ocidental, a densidade demográfica é menor do que 1 hab/km². A proporção da população morando em cidades e vilas é de aproximadamente 70%. As taxas de crescimento da população urbana são positivas e as da população rural encontram-se estagnadas ou mesmo em decréscimo, não obstante a existência de novas frentes de ocupação.
Plano Amazônia Sustentável – MMA;
Ambientebrasil