A bacia do rio Amazonas se caracteriza por uma região de planície, com seus principais afluentes enriquecendo toda a hidrografia e biodiversidade local.
Segundo estudo do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), o rio Amazonas recebe o título do rio mais extenso do mundo, tendo como segundo lugar desta categoria o rio Nilo.
Qual é a extensão do rio Amazonas?
O rio Amazonas possui extensão de 6.992 km, está localizado na América do Sul e tem sua nascente na Cordilheiras dos Andes, no Peru, com deságue no Oceano Atlântico.
No Brasil, o rio Amazonas percorre os seguintes estados:
- Acre;
- Amazonas;
- Roraima;
- Rondônia;
- Mato Grosso;
- Pará;
- Amapá.
Apesar de cerca de 60% do rio estar em território brasileiro, a Bolívia, Venezuela, Guiana, Equador, Colômbia e Peru também são banhados por suas águas.
Quais os nomes do rio Amazonas?
Por sua extensão territorial e passagem por diversos países, o rio Amazonas conta com nomes diferentes a depender da localidade, como por exemplo Ucayali, Ene e Tambo. No Brasil, ele recebe o nome de Solimões, e após o encontro com o rio Negro passa a se chamar de rio Amazonas.
Nomes dos principais afluentes do rio Amazonas
Em toda a extensão da bacia chegam aproximadamente 1.100 afluentes, formando um imenso labirinto que deslumbra os visitantes em suas viagens. Alguns dos principais afluentes do rio Amazonas são:
Afluentes da margem direita do rio Amazonas
Rio Javari: Esse rio nasce na Serra da Contamana (400 metros de altitude), com o nome de Jaquirana, servindo seus 1.180 quilômetros de extensão de limites entre o Brasil e Peru e banhando o município de Benjamim Constant. Possui as seguintes características:
- É muito sinuoso e em sua foz possui as ilhas de Islândia e Petrópolis;
- Mesmo atravessando uma região inóspita com população escassa, é navegável por embarcações de pequeno e médio porte;
- Inicialmente segue na direção Nordeste até a confluência com Bará a partir de onde denomina-se Javari;
- Daí até as proximidades de Envira assume a direção Norte e depois corre novamente pelo Nordeste desaguando no Solimões junto a cidade de Atalaia do Norte.
Rio Jutaí: Com sua nascente próxima a região banhada pelo Ipixuna, afluente do Juruá possui passagens estreitas e águas barrentas.
Rio Juruá: Nascendo no serro das mercês (Serra da Contanama) a 453 metros de altitude, é um dos mais importantes afluentes da Amazônia, por ser bastante caudaloso e o mais sinuoso da região, se destaca pelas seguintes características:
- Possui 3.283 quilômetros de extensão e a largura na foz, em frente a Ilha Consciência, próximo da Vila de Tamaniquá (aproximadamente 820 quilômetros de Manaus), varia de 350-400m;
- Banha as cidades de Carauari, Juruá, Eirunepé, Itamarati, Ipixuna e Canamari;
- De sua foz até o rio Tarauacá a largura média é de 140 metros, caindo para 100-120 metros nos estirões e 80-120 metros nas curvas;
- Seu leito pode sofrer variações entre 8-16 metros no nível das águas entre a vazante e a enchente, respectivamente;
- Mais de 1000 quilômetros de seu curso são navegáveis durante a cheia (janeiro e fevereiro);
- No período da seca (maio a setembro) a navegação se restringe a cerca de 200 quilômetros de sua foz. Seus inúmeros tributários são intensamente navegáveis durante boa parte do ano, pois no verão surgem alguns baixios que impedem o tráfego.
Qual é o principal afluente do rio Amazonas e quais são as suas dimensões?
Rio Madeira: Com 3.240 Km, é o mais notável afluente do Amazonas, nascido da junção dos rios Mamoré e Guaporé, em frente a Cachoeira “Madeira”, formada por grandes rochedos e ilhas, como também por entulhos trazidos durante as enchentes. A seguir algumas características marcantes deste afluente:
- Pode ser navegável de sua foz até a cabeceira de Santo Antônio na divisa com os estados do Amazonas e Mato Grosso;
- O principal braço do Madeira deságua no Amazonas com cerca de 50 km a montante da cidade de Itacoatiara;
- Em suas águas barrentas carrega restos de árvores, terras caídas, balsedos e matupás, principalmente na enchente, o que inspira muito cuidado, pois por ele trafegam centenas de embarcações;
- Durante as estiagens emergem bancos de areia que mudam de direção nas cheias e baixos que obrigam os práticos a reduzir a velocidade das embarcações.
Rio Purus: Com águas barrentas iguais a do Solimões e variando de cor conforme a época da enchente ou vazante, esse rio nasce com o nome de Pucani a uma altitude de 500 m, na serra de Contamana que o separa da bacia do rio Ucayalli. Seus principais formadores são os riachos Curiuja e Cujar.
Rio Tefé: Surgindo das terras altas entre os rios Tapauá e Juruá, corre em direção Nordeste, recebendo águas dos lagos e de inúmeros igarapés.
Rio Coari: Durante a maior parte do ano a navegação é intensa, embora em alguns momentos só trafegam pequenas embarcações.
Afluentes da margem esquerda do rio Amazonas
Rio Napo: É um rio de aproximadamente 1.130 km de extensão que nasce no Equador, atravessa o Peru e desagua na margem esquerda do rio Solimões ou rio Amazonas. Sua fonte está localizada nos Andes, Monte Cotopaxi, a 4.270 metros de altura.
Rio Içá ou Putumayo: Afluente do Amazonas, com a maior parte de seu percurso no estado brasileiro do Amazonas, é paralelo ao rio Japurá e possui as seguintes características:
- O Içá possui 1.645 quilômetros de extensão;
- Nasce nos contrafortes andinos do Equador com o nome de Putumayo, corre em direção sudeste, faz a divisa entre a Colômbia e o Peru, percorre terras colombianas e, com 310 km aproximadamente, adentra o território brasileiro, no estado do Amazonas, quando passa a se chamar Içá;
- Deságua no rio Amazonas próximo a cidade de Santo Antônio do Içá, com uma desembocadura de 700 metros de largura aproximadamente e uma altitude, neste ponto, de 55 metros;
- É navegável quase na totalidade.
Rio Negro: É o maior afluente da margem esquerda do rio Amazonas, o mais extenso rio de água negra do mundo, com 1.700 km, e o segundo maior em volume de água — atrás somente do Amazonas, o qual ajuda a formar. Se destaca pelas seguintes características:
- Tem sua origem entre as bacias do rio Orinoco e Amazônica, e também conecta-se com o Orinoco através do canal de Casiquiare;
- Na Colômbia, onde tem a sua nascente, é chamado de rio Guainia;
- Seus principais afluentes são o Rio Branco e o rio Vaupés que disputa ser o começo do rio Orinoco junto com o rio Guaviare, drena a região leste dos Andes na Colômbia;
- Após passar por Manaus, une-se ao rio Solimões e a partir dessa união este último passa a chamar-se rio Amazonas;
- O rio Negro é navegável por 720 km acima de sua foz e pode chegar a ter um mínimo de 1 m de água em tempo de seca;
- Na estação das chuvas, transborda, inundando as regiões ribeirinhas em distâncias que vão de 32 km até 640 km.
Rio Jari: Ainda nos afluentes da margem esquerda, o rio Jari banha os estados brasileiros do Pará e Amapá desaguando no Rio Amazonas. Rio deveras importante na colonização da Calha Norte do Rio Amazonas servido de via de transporte da castanha e de outros produtos extraídos das florestas da região. Possui grande potencial hidroelétrico na região de Santo Antônio da Cachoeira e Itapeuara.
Rio Paru: É um dos rios que banha o estado do Pará, no Brasil, com as seguintes particularidades:
- Nasce na serra de Tumucumaque, na fronteira com o Suriname, cruzando em toda a sua extensão o município de Almeirim no Pará, até desaguar na margem esquerda do rio Amazonas;
- Em seu curso superior e médio cruza as nações dos povos Apalaí e Wayana;
- Possui ainda em seu curso a Cachoeira Acutumã.
Importante não confundir este rio com o rio Paru do Oeste, que nasce próximo ao Paru, mas deságua no rio Trombetas, afluente do Amazonas, e que serve de divisa entre os municípios de Óbidos e Oriximiná, também no Pará. Este último, em seu curso, atravessa as nações dos Tiriós e dos Zoé.
Qual é o nível de poluição do rio Amazonas?
O rio Amazonas sofre com a poluição e acúmulo de lixo em suas águas, com formação de ilhas de lixo. Além disso, ocorre também o despejo de esgoto não tratado, poluição por agrotóxicos, contaminação química e microplásticos, que afetam a qualidade da água, a fauna aquática e a população ribeirinha.
Maria Beatriz Ayello Leite
Redação Ambientebrasil