Ao longo do litoral brasileiro, existem pequenas e médias bacias hidrográficas denominadas bacias do Atlântico Sul divididas em três trechos: Norte-Nordeste, Leste e Sudeste-Sul.
O trecho Norte-Nordeste é formado por rios localizados ao norte do rio Amazonas e por aqueles situados entre a foz do rio Tocantins e a foz do rio São Francisco. Compreende 10 sub-bacias, iniciando pela sub-bacia do rio Oiapoque, no extremo Norte, e passando pelo rio Araguari ambos no Estado do Amapá. Compreende também as áreas de drenagem dos rios Guamá, Pindaré, Parnaíba, Jaguaribe, Açu e Paraíba. No rio Calçoene, Amapá, o tarpão (pirapema ou camurupim) ocorre em grandes quantidades dentro dos lagos, gerando condições especiais para a pesca esportiva dessa espécie.
O trecho Leste corresponde aos rios costeiros localizados entre a foz do rio São Francisco e a divisa do Rio de Janeiro com São Paulo. Também compreende 10 sub-bacias, abrangendo as áreas de drenagem dos seguintes rios: rio das Contas, Jequitinhonha, Paraíba do Sul e rio Doce.
A partir da divisa do Rio de Janeiro com São Paulo começa o trecho Sudeste-Sul, com 10 sub-bacias: rios Ribeira do Iguape, Itajaí, Mampituba, Jacui, Taquari, Jaguarão e a bacia do arroio Chuí, incluindo a lagoa dos Patos e a lagoa Mirim, no Rio Grande do Sul.
Nos trechos Leste e Sudeste-Sul, a truta arco-íris foi introduzida nos rios que despencam das regiões serranas (Serra do Mar, Serra da Mantiqueira, Serra da Bocaina, Campos de Cima da Serra no Rio Grande do Sul), apresentando uma ótima adaptação. Esses rios correm em terrenos acidentados e pedregosos, possuem águas frias, bastante oxigenadas e livres de poluição e são excelentes áreas para a pesca com mosca (fly fishing). Vale ressaltar, que a região dos Campos de Cima da Serra e a região correspondente em Santa Catarina, dada às condições geográficas, podem ser consideradas a “Patagônia” brasileira. Nessa região os rios não são encaixados, o que permite a pesca de mosca em todas as suas técnicas.
Fonte: PNDPA