Em 1997 a indústria engarrafadora nacional movimentou em torno de R$ 500 milhões, essa indústria não danifica o meio ambiente, preservando hoje o equivalente ao estado do Sergipe.
A indústria de água mineral e potável de mesa não necessita de suprimento externo para sua perfeita instalação e manutenção, e supre as necessidades de consumo da população brasileira, oferecendo os diversos tipos de água encontrados nas regiões do País, desde as mais leves – como hipotermais no Norte e Nordeste, potável de mesa no Centro-Oeste, francamente radioativas, radioativas e carbogasosas no Sudeste – quanto mais pesadas, alcalinas bicarbonatadas e alcalinas e terrosas no Sul.
Os principais estados produtores de água mineral no Brasil no período 2004 a 2008 foram São Paulo, com 22% da produção nacional, seguido de Minas Gerais e Pernambuco com 8%, Bahia e Rio de Janeiro com 7%, Rio Grande do Sul com 6%, Paraná com 5% e demais estados visualizados no gráfico 2. Para se ter uma idéia histórica das participações dos estados, em 1994 o Estado de São Paulo respondeu por 40% da produção nacional, Minas Gerais por 9,2%, Rio de Janeiro por 5,35%, Pernambuco por 6,5%, Bahia por 3,79%, Paraná por 3,74% e Rio Grande do Sul por 3,67%.
O Gráfico 1 apresenta a evolução da produção brasileira de água engarrafada n período de 2000 a 2008:
A região Sudeste respondeu em 2008 por 35% da produção nacional (em 1994 correspondeu a 55,52%), seguido pela região nordeste, com 34% da produção nacional (em 1994 correspondeu a 20,77%), pela região sul, com 13,7% da produção nacional (em 1994 correspondeu a 11,17%), pela região norte, com 9,9% (em 1994 correspondeu a 5,68%) e centro-oeste, com 7,3% da produção nacional (em 1994 correspondeu a 6,86%). Ou seja, de 1994 para 2007 houve pequena retração da principal região produtora, sudeste, e aumento das demais regiões, com destaque para a região nordeste.
REGIÃO SUL – O Sul do país é a terceira região brasileira em concentração de áreas (distritos hidrominerais) reunindo concessões de lavra de águas minerais e potáveis de mesa. Perfazem um total de 29 áreas distribuídas nos estados do Rio Grande do Sul(9), Santa Catarina(9) e Paraná(11). A produção da região, em 2003, superou o patamar de 545 milhões de litros, a terceira posição em volume com relação às demais regiões (DNPM – SISMINE /2004).
REGIÃO SUDESTE – O sudeste do Brasil apresenta a maior concentração de áreas (distritos hidrominerais) com concessões de lavra de águas minerais e potáveis de mesa do território nacional. São ao todo 57 áreas, distribuídas nos estados de São Paulo(28), Rio de Janeiro(14), Espírito Santo(5) e Minas Gerais(10). A produção da região, em 2003, ficou acima dos 2,7 bilhões de litros, correspondendo a primeira posição em relação às outras regiões (DNPM – SISMINE/2004).
REGIÃO NORDESTE – O Nordeste é a segunda região do Brasil em concentração de áreas (distritos hidrominerais), envolvendo concessões de lavra de águas minerais e potáveis de mesa, num total de 36 áreas distribuídas nos estados da Bahia(5), Sergipe(2), Alagoas(5), Pernambuco(6), Paraíba(4), Rio Grande do Norte(5), Ceará(4), Piauí(2) e Maranhão(3). A produção do nordeste, em 2003, superou o patamar de 01 bilhão de litros, o que representou a segunda posição em relação às demais regiões brasileiras (DNPM – SISMINE /2004).
REGIÃO NORTE – O norte do Brasil apresenta a menor concentração de distritos hidrominerais com concessões de lavra de águas minerais e potáveis de mesa do território nacional, num total de 12 Áreas, assim distribuídas: no Pará (04 Áreas); no Amazonas (02 Áreas); em Rondônia (03 Áreas); no Tocantins (02 Áreas) e no Acre(01 Área). 22 A produção da região norte, em 2003, é a menor em relação às outras regiões, situando-se acima dos 285 milhões de litros (DNPM – SISMINE/2004).
REGIÃO CENTRO-OESTE – Em relação às outras regiões brasileiras, o centro-oeste ocupa a quarta posição em concentração de áreas produtoras de águas minerais e potáveis de mesa, com o total de 24 Áreas, assim distribuídas: Mato Grosso ( 02 Áreas); Mato Grosso do Sul (04 Áreas); Goiás (12 Áreas) e Distrito Federal (06 Áreas). O volume total da produção, em 2003, foi da ordem de 464 milhões de litros, situação essa que confere ao centro-oeste brasileiro a penúltima posição em relação às demais regiões do país (DNPM – SISMINE/2004).
DISTRITO FEDERAL – Não obstante a menor área superficial da região centro-oeste, o Distrito Federal se destaca pela significativa quantidade de áreas produtoras de águas minerais e potáveis de mesa que se destinam à indústria de envase. São ao todo seis áreas de concentração de concessões de lavra, envolvendo apenas processos ativos(11), distribuídas na parte nordeste e central(Áreas 1 e 2) e nos quadrantes sudoeste(Áreas 3, 4 e 5) e noroeste(Área 6).
As águas minerais, que ocorrem na mesma proporção das águas potáveis de mesa, são do tipo fluoretadas e hipotermais. As captações, fontes e poços, revelam vazões variadas, desde pouco mais de 4.700 l/h a 40.000 l/h. A maior parte dessas captações está associada ao sistema aqüífero fissural em rochas sedimentares quartzíticas e metassiltíticas proterozóicas. O restante das captações, numa proporção inferior a 10%, é restrita ao sistema aqüífero poroso em sedimentos arenosos inconsolidados de idade quaternária. A produção em 2003 situou-se acima de 92 milhões de litros e representou a primeira posição no universo dos estados produtores da região centro-oeste (DNPM – SISMINE/2004).
Fonte: ANA (Agência Nacional de Água);www.dnpm.gov.br; www.simineral.org.br