Estação Ecológica do Taim

Região:  Sul

Estado: Rio Grande do Sul

Município: Santa Vitória do Palmar e Rio Grande

Bioma: Campos Sulinos/ banhados

Área: 100.000 ha

Criação: Decreto 92.963 (21/07/1987)

Unidade de Proteção Integral

A unidade obteve apoio da SEMA para proteger seus recursos considerados de relevante interesse ecológico; do INCRA, da FINEP e do serviço de patrimônio da União. A utilização potencial do Taim data da época do Império, em princípio estas terras foram utilizadas para pecuária extensiva, da qual extraía-se o couro que era beneficiado nas charqueadas de Pelotas.

Está localizada na estreita faixa de terra entre o Oceano Atlântico e a Lagoa Mirim, ao sul do estado do Rio Grande do Sul nos municípios de Santa Vitória do Palmar e Rio Grande. O principal acesso é a BR-471. A cidade mais próxima à unidade é Rio Grande que fica a uma distância de 310 Km da capital.

O clima regional é subtropical, com temperatura média anual de 18 graus, e precipitação anual média e 1100 mm. O inverno é frio e chuvoso e verão quente e seco, apresenta ventos bastante intensos.

O relevo é suave, caracterizando uma planície com micro relevos, de pouca expressão altimétrica. Destacam-se as feições dunais e terraços com barreiras lagunares.

A vegetação é exuberante em macrófitas. Encontram-se também Matas de Restinga Turfosa e Arenosa, Campos Secos (com denso extrato arbóreo) e de Várzeas.

A fauna tem uma diversidade muito grande devido a diversidade do habitat. O ecossistema terrestre é representado por insetos, artrópodes, aves e mamíferos e o ecossistema límnico, representado por aves e quelônios. Os agrossistemas no entorno da área provocam a deficiência de água e diminuem a qualidade do solo, trazendo grandes prejuízos econômicos e ambientais. Outros problemas enfrentados pela unidade são: as queimadas, os atropelamentos de animais na BR-471, a pesca e a caça.

A formação da região onde se encontra a ESEC, se deu a partir de eras geológicas mais ou menos recentes, em função dos mesmos movimentos de recuo do mar que deram origem ao litoral do Rio Grande do Sul. Neste processo, vastas extensões do oceano ficaram retidas, dando origem ao que pode ser chamado de o maior complexo lagunar da América do Sul, sendo composto pelas grandes Lagoas dos Patos, Mirim e Mangueira, além de banhados e um sistema de lagoas menores. A área da ESEC constituía-se na parte central de um antigo canal que liga a Lagoa Mirim ao Oceano Atlântico, encontrando-se hoje preenchido por banhados, campos e matas palustres.

É notável também na ESEC a presença de aves migratórias que fazem da Estação sua área de descanso e alimentação para o prosseguimento do vôo a outras regiões mais distantes. Outras aves migratórias fazem do Taim um local para reprodução. Isso significa que a destruição ambiental dessa Unidade de Conservação pode afetar a população de espécies em países muito distantes, inviabilizando sua rota de migração e sua reprodução, podendo levá-los à extinção.

Ibama – www.ibama.gov.br