Apresentando mais de 600 espécies já classificadas, a fauna cavernícola do Brasil é a mais rica da América do Sul.
As cavernas têm ambientes muito diferenciados dos do meio externo, caracterizados pela ausência de luz e de vegetação superior, pela pequena variação de umidade e temperatura e pela composição química do ar e da água. Cada caverna pode apresentar diferentes hábitats como lagos e rios, bancos de argila, depósitos de guano de morcego, e diferentes zonas ecológicas em função da maior ou menor distância de entrada.
No ambiente cavernícola, encontra-se uma fauna muito característica, adaptada a essas condições ambientais. Alguns animais utilizam o abrigo das cavernas para sua reprodução ou para seu esconderijo e outros animais são habitantes das cavernas. Esses animais podem ser classificados em três grupos principais:
Troglóbios: animais exclusivos das cavernas, que geralmente apresentam adaptações fisiológicas, comportamentais e morfológicas (despigmentação, atrofia dos olhos, etc.). Peixes, crustáceos e insetos, por exemplo, são comuns entre as espécies já identificadas.
Troglófilos: espécies adaptadas ecologicamente às cavernas, mas que não apresentam especializações que impeçam seu desenvolvimento também no ambiente externo. Crustáceos, aranhas, opiliões e insetos são comuns entre os troglófilos brasileiros.
Trogloxenos: animais de superfície que utilizam as cavernas como abrigo, refúgio, local de alimentação ou reprodução. Dentre os trogloxenos, destacam-se os morcegos, que saem diariamente da caverna para se alimentarem.
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