Mutum-de-bico-amarelo (Crax fasciolata pinima)

Classe: Aves

Ordem: Galliformes 

Família: Cracidae

Nome científico: Crax fasciolata pinima

Nome vulgar: Mutum-de-bico-amarelo

Categoria: Ameaçada
 
Características: Subespécie que vive na Amazônia. O macho da raça amazônica tem base da maxila mais entumecida e avermelhada que o Crax fasciolata, topete mais denso, ponta branca das retrizes mais extensa e tarsos arroxeados. É negro com abdômen branco e as pernas são anegradas. A ponta da cauda é branca e a região perioftálmica (em volta dos olhos) é nua e negra. A fêmea com fasciação branca mais fina e menos aparente do que a forma típica. Possui topete negro manchado de branco, cabeça e pescoço preto, peito cor de canela e barriga bege. Mutum pinima (Pará) significa “cheio de pintas” e é aplicado às fêmeas por elas serem assim.

Alimentação na natureza: Predominantemente frugívoros, comem sementes e restos de vegetais, folhas, brotinhos, gafanhotos, pererecas, lagartos e aranhas. Alimentação em cativeiro: Ração, agrião picado, carne moída, cenoura ralada e milho inteiro.

Reprodução: Na época reprodutiva, de setembro a janeiro, são monógamos (o macho oferece alimento à fêmea) e, depois de formado o casal, não se separa mais. Após o nascimento os filhotes dormem sob as asas maternas, vivendo de reservas graxas (de gordura). Em menos de seis meses, os filhotes atingem o tamanho dos pais, mas não o seu peso. Põem de 02 a 05 ovos. Incubação: 30 a 33 dias. Os pintos ficam sob a guarda das mães até os 4 meses de vida e atingem a maturidade aos 2 anos.

Longevidade: 40 anos.

Voz: fino assobio “psiiu” (irritado), late um “kwoa”, “nääu” e “úú” (susto/advertência), um forte rosnar emitido após os “wäu” (assustado no poleiro, à noite).

Habitat: Florestas existentes próximas aos rios, ciscando em suas margens bem cedo e ao entardecer e dormem empoleirados no tronco das árvores.

Peso: Macho: 2,8 Kg. Fêmea: 2,7 Kg.

Comprimento: 83 a 85 cm.

Ocorrência Geográfica: Leste setentrional, na margem direita do Rio Amazonas, Rio Tocantins e Rio Capim, leste do Pará, ao norte do Maranhão e até o oeste de São Paulo, Paraná e Minas Gerais. Ocorre também na Argentina, Bolívia, Panamá e Paraguai.

Cientista que descreveu: Pelzeln, 1870

Categoria/Critério: Ameaçada devido à destruição da cobertura florestal nativa e à caça predatória, que levou ao declínio das populações de cracídeos.

Fonte: MMA/SINIMA