Arara-azul-de-lear (Anodorhynchus leari)

Classe: Aves

Ordem: Psittaciformes

Família: Psittacidae

Nome científico: Anodorhynchus leari

Nome vulgar: Arara-azul-de-lear

Categoria: Ameaçada

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Características: Porte franzino, malgrado, bico possante e sem dente. Cabeça e pescoço azul-esverdeados, barriga azul desbotado, apenas as costas e lado superior das asas e cauda azul-escura (cobalto). Anel perioftálmico amarelo relativamente claro, pálpebra azul clara, branca ou levemente azulada, íris castanha. Na barbela forma uma nódoa amarela- enxofre clara, mais pálida que o anel perioftálmico, quase triangular, situada de cada lado da base da mandíbula. A barbela é saliente na ave viva, dando muito na vista e nunca desaparece abaixo da plumagem; quando observamos a ave de frente, a barbela apresenta-se como dois bojos superpostos, separados por uma prega a qual desaparece quando o bico é aberto. Na ave morta, a barbela é plana e poço impressionante. A barbela é delimitada inferiormente por uma porção de penas dirigidas para diante, as quais ocultam por completo uma faixa amarela bem estreita que orla a base da mandíbula. A borda superior da maxila, meio escondida pelas penas frontais, pode ser também amarela como na supracitada espécie. Interior da boca negro, lados da base da língua extensamente amarelos, aparecendo como uma continuação das barbelas quando a ave abre o bico. Utiliza-se, como moradia, de locas de pedras situadas nas mais íngremes paredes de canyons.

Alimentação Predileta: Cocos de licuri (Syagrus coronata).

Parte de sua área esta dentro da “Estação Ecológica do Raso da Catarina”, criada em 1975 pela SEMA. A preservação da espécie é assim garantida, teoricamente. Anodorhynchus leari é um substituto geográfico de Anodorhynchus glaucus; ambos, sendo largamente separados por Anodorhynchus hyacinthinus, formam uma superespécie. Retriz central 40 cm.

Peso: 940 gramas.

Comprimento: 71 a 72 cm.

Ocorrência Geográfica: Região semi-árida do nordeste da Bahia. Pedras situadas nas mais íngremes paredes dos canyons. Esta ave é endêmica da caatinga baiana, e encontra-se protegida na Estação Biológica Canudo.

Categoria/Critério: Ameaçada.

Cientista que descreveu: Bonaparte, 1857.

Observações adicionais: Tamanho populacional reduzido ou em declínio com probabilidade de extinção na natureza em pelo menos 50 por cento em 10 anos ou 3 gerações. É uma das espécies de aves menos conhecidas e mais ameaçadas de extinção: estima-se que atualmente existem apenas cerca de 180 indivíduos na natureza além de 20 em cativeiro. Muito rara, durante muitos anos não era encontrada na natureza. Em 1978 foi localizada no Raso da Catarina, nordeste da Bahia. É a única arara da região. Vive geralmente em pedras íngremes de canyons.

Fonte: MMA/SINIMA