Glossário Ambiental – L

La niña. Episódio frio do oceano Pacífico. É o resfriamento anômalo das águas superficiais do oceano Pacífico Equatorial, Central e Oriental. De modo geral, pode-se dizer que La Niña é o oposto de El Niño, pois as temperaturas do mar nesta região situam-se em torno de 25º C.

Lacólito. Intrusão de massa eruptiva lentiforme, de secção horizontal geralmente circular ou subcircular. Tipo de intrusão concordante em rochas estratificadas, que se curvam a fim de se acomodar à intrusiva.

Lacustre. Que vive ou está situado à beira ou nas águas de um lago. Depósitos lacustres: os que se formam em lagos. Cidades lacustres: antigas habitações pré-históricas construídas sobre estacaria nos lagos e cujos vestígios ainda hoje permanecem, particularmente nas margens dos lagos da Suíça. Ainda hoje são encontrados povos que constroem suas habitações sobre lagos (Glossário Libreria, 2003) .

Ladeira. Inclinação de terreno.

Lagamar. Espécie de golfo ou baía, formando um recanto abrigado na margem de um rio ou de uma enseada. Lagoa de água salgadas, próximas ao mar. Em Minas Gerais este termo é usado para inundações pluviais das margens de um rio. Na Bahia, denomina ilha aluvial na qual se fazem plantações (região do rio São Francisco) (Glossário Libreria, 2003).

Lago. (1) Porção de água cercada de terras. Tanque de jardim. (2) Porção de águas estagnadas ou pantanosas. Charco, pântano, pau. (3) Um dos hábitats lênticos (de águas quietas). Nos lagos, as zonas limnéticas e profundas são relativamente grandes, em comparação com a zona litoral (ODUM, 1972). (4) Massa de águas paradas, que fazem parte dos ecossistemas lênticos, que pode ter origens diversas. Os lagos variam em tamanho, extensão e profundidade e são muito sensíveis às agressões ambientais, uma vez que suas águas são renovadas muito lentamente; é o caso da eutrofização. A Limnologia estuda o comportamento dos lagos.

Lago eutrófico. Lago ou represamento contendo água rica em nutrientes, surgindo como conseqüência desse fato um crescimento excessivo de algas (ACIESP, 1980).

Lago oligotrófico. Lago ou represamento pobre em nutrientes, caracterizado por baixa quantidade de algas planctônicas (ACIESP, 1980).

Lago tectônico. Resultante de ações internas, por deslocamento das camadas da crosta terrestre.

Lagoa. Um dos hábitats lênticos (águas quietas), são extensões pequenas de água em que a zona litoral é relativamente grande e as regiões limnética e profunda são pequenas ou ausentes (ODUM, 1972).

Lagoa aerada. Lagoa de tratamento de água residuária, artificial ou natural, em que a aeração mecânica ou por ar difuso é usada para suprir a maior parte do oxigênio necessário (ABNT, 1973).

Lagoa aeróbia. Lagoa de oxidação em que o processo biológico de tratamento é predominantemente aeróbio. Estas lagoas têm sua atividade baseada na simbiose entre algas e bactérias. Estas decompõem a matéria orgânica produzindo gás carbônico, nitratos e fosfatos que nutrem as algas, que pela ação da luz solar transformam o gás carbônico em hidratos de carbono, libertando oxigênio que é utilizado de novo pelas bactérias e assim por diante (CARVALHO, 1981).

Lagoa anaeróbia. Lagoa de oxidação em que o processo biológico é predominantemente anaeróbio. Nestas lagoas, a estabilização não conta com o curso do oxigênio dissolvido, de maneira que os organismos existentes têm de remover o oxigênio dos compostos das águas residuárias, a fim de retirar a energia para sobreviverem. É um processo que a rigor não se pode distinguir daquele que tem lugar nos tanques sépticos (CARVALHO, 1981).

Lagoa de estabilização. (1) Lagoa artificial, para onde é canalizado o esgoto após passar por um pré-tratamento que retira a areia e a matéria sólida não degradável (plásticos, madeira, borracha, etc.). No interior das lagoas, o esgoto passa por uma série de etapas de depuração – com tempo de retenção ou permanência calculada – que simulam o processo que ocorreria naturalmente num rio. (2) Lagoa contendo água residuária bruta ou tratada em que ocorre estabilização anaeróbia e/ou aeróbia. (3) Processo de tratamento de efluentes domésticos ou industriais, realizado em duas etapas: decomposição dos dejetos por processos aeróbicos, no fundo da lagoa; estrutura que retém a água servida para sedimentação, decomposição de matéria orgânica ou redução do nível de odor; um dos processos mais baratos para tratar o esgoto convencional, com alguns inconvenientes, porque exige grandes áreas e é demorado.

Lagoa de maturação. Lagoa usada como refinamento do tratamento prévio efetuado em lagoas ou outro processo biológico, reduzindo bactérias, sólidos em suspensão, nutrientes, porém uma parcela negligenciável de DBO (ABNT, 1973).

Lagoa de oxidação. (1) Um lago artificial no qual dejetos orgânicos são reduzidos pela ação das bactérias. Às vezes, introduz-se oxigênio na lagoa para acelerar o processo (The World Bank, 1978). (2) Lagoa contendo água residuária bruta ou tratada em que ocorre estabilização anaeróbia e/ou aeróbia (CARVALHO, 1981). (3) Estrutura para tratamento de esgoto pela oxidação lenta dos efluentes por ação bacteriana.

Lago residual. Resultante da evaporação de antigos mares.

Lagoa de retenção. Estrutura para separar da água servida os elementos sólidos, para evitar o comprometimento do corpo d’água onde será lançada.

Laguna. (1) Bacia litoral de águas quietas, separada do mar apenas por uma restinga de areia e com o qual mantém comunicação intermitente. (2) São ecossistemas formados em depressões, abaixo do nível do mar, e dele separados por cordões litorâneos. Esses cordões podem isolá-lo totalmente do oceano, formando lagunas fechadas ou semi-fechadas, ou simplesmente permanecem em contato permanente com o mar, através de canais ( AZEVEDO apud CEUFF, 1984). (2) Depressão contendo água salobra ou salgada, localizada na borda litorânea. A separação das águas da laguna das do mar pode se fazer por um obstáculo mais ou menos efetivo, mas não é rara a experiência de canais, pondo em comunicação as duas águas. Na maioria das vezes, se usa erradamente o termo lagoa, ao invés de laguna (GUERRA, 1978).

Lâmina. Camadas sedimentares, de espessura em geral inferior a 1 cm.

Lâmina delgada. Fragmento de rocha ou mineral reduzido a uma lâmina de cerca de 0,02 – 0,03 mm de espessura, tornando-se assim transparente, permitindo a observação microscópica.

Lamprófiro. Rocha intrusiva, melano ou mesocrática, ocorrendo sob forma de dique. Certos tipos são freqüentemente associadas a granito.

Landsat. Programa americano de imageamento da superfície terrestre através de satélites, iniciado pela NASA nos anos 70, designando os satélites do programa (Landsat 4, Landsat 5, …) e as imagens por eles enviadas.

Lapa. Camada de rocha subjacente a um determinado estrato.

Lastro. Camada de pedra britada, ou de outro material semelhante, colocada sob os dormentes de uma via férrea para suportar e distribuir à plataforma (ao chão) os esforços por eles transmitidos.

Lastro limpo. Água de Lastro contida em um tanque que, desde que transportou óleo pela última vez, foi submetido a limpeza em nível tal que, se esse lastro fosse descarregado pelo navio parado em águas limpas e tranqüilas, em dia claro, não produziria traços visíveis de óleo na superfície da água ou no litoral adjacente, nem produziria borra ou emulsão sob a superfície da água ou sobre o litoral adjacente (Lei 9966/00).

Laterita. Nome dado aos solos vermelhos das zonas úmidas e quentes.

Laterização. Processo de intemperismo próprio de climas quentes e úmidos que culmina na formação de laterito. Na laterização, a sílica e os catiônios são lixiviados com conseqüente concentração de sesquióxidos de Fe e Al, os aniônios sendo fixados pelo clóide mineral. Os solos originados por este processo são chamados lateríticos. Quando a laterização é quase total, o solo se chama laterito. Após desidratação, originam-se crostas, cangas e concreções limoníticas (ricas em Fe2O3) e bauxitos (ricos em Al2O3).

Latifoliada. Vegetação com abundância de espécies dotadas de folhas largas (Resolução CONAMA 012/94).

Latitude. (1) Ângulo medido entre o plano do Equador e a normal a um ponto qualquer sobre a superfície elipsoidal de referência, variando de 0° a 90°, com o sinal positivo no Hemisfério Norte e negativo no Hemisfério Sul. (2) É adistância medida em graus da sede do município em relação do Equador (IPARDES).

Latossolo. Tipo de solo de cor avermelhada, predominante do clima quente úmido de grande espessura, de bastante porosidade, pobres em nutrientes e minerais. É encontrado em florestas e cerrados.

Lava. (1) Magma afluente à superfície sob forma líquida. Sua solidificação origina rochas efusivas ou vulcânicas, de estrutura porosa, vítrea e textura porfirítica. Distinguem-se, quanto à forma, dois tipos principais de lavas: lava em bloco e cordada. As lavas de composição ácida possuem grande viscosidade; as de composição básica são mais fluidas. (2) Matéria em fusão que sai dos vulcões e que se solidifica pelo resfriamento. As lavas representam rocha em fusão e formam gigantescas torrentes que cobrem grandes superfíci3es. A lava solidifica-se rapidamente ao contato do ar e as escorias da superfície tomam uma estrutura deformada como nos cheires do Auvergne. Foram as lavas basálticas que, em contato com a água no momento da sua emissão deram origem às colunas naturais de Bort, de Antrim (Glossário Libreia, 2003).

Lavoura permanente. Compreende a área plantada ou em preparo para o plantio de culturas de longa duração, tais como: café, laranja, cacau, banana e uva, que, após a colheita, não necessitam de novo plantio, produzindo por vários anos sucessivos (IPARDES).

Lavoura temporária. Abrangem as áreas plantadas ou em preparo para o plantio de culturas de curta duração (inferior a um ano) e que necessitam geralmente, de novo plantio após cada colheita, tais como: arroz, algodão, milho, trigo, flores e hortaliças (IPARDES).

Legislação ambiental. Conjunto de regulamentos jurídicos especificamente dirigidos às atividades que afetam a qualidade do meio ambiente (SHANE apud Interim Mekong Committee, 1982).

Lei de biossegurança. Lei que estabelece normas de segurança e mecanismos de fiscalização no uso das técnicas de engenharia genética na construção, cultivo, manipulação, transporte, comercialização, consumo, liberação e descarte de organismo geneticamente modificado, visando a proteger a vida e a saúde do homem, dos animais e das plantas, bem como o meio ambiente.

Leis locais. Todas as normas legais ditadas por organismos de governo  cuja jurisdição é menor que as de nível nacional, tais como normas municipais, distritais e costumárias.

Leito Fluvial. Parte mais baixa do vale de um rio, modelada pelo escoamento da água, ao longo da qual se deslocam em períodos normais, a água e os sedimentos (DNAEE, 1976).

Leito maior sazonal. Calha alargada ou maior de um rio, ocupada nos períodos anuais de cheia (Resolução Conama 004/85, art. 2º, alínea c).

Lençol freático. (1) Depósito subterrâneo de água situado a pouca profundidade. (2) Lençol de água subterrânea de onde se extrai boa parte da água para consumo humano. Também conhecido como lençol aqüífero. (3) Águas subterrâneas, próximas ou não à superfície da Terra. (4) Lençol de água subterrâneo que se encontra em profundidade relativamente pequena. Pode ser considerado como a parte ou camada superior das águas subterrâneas.

Lenha. Madeira destinada a combustível (Instrução Normativa IBDF 1/80).

Lenhoso. Que tem a natureza, o aspecto e a consistência do lenho ou madeira.

Lenticelas. Um dos poros corticiais nos caules de plantas lenhosas pelos quais o ar penetra nos tecidos subjacentes.

Lêntico. Ambiente aquático em que a massa de água é parada, como em lagos ou tanques. Designa também os seres vivos de águas paradas.

Liana. (1) Cipó que cresce em sentido crescente (para cima). (2) Trepadeira lenhosa, geralmente de grande tamanho, semelhante a um cipó.

Licença ambiental. (1) Autorização dada pelo poder público para uso de um recurso natural. (2) Procedimento administrativo pelo qual o órgão ambiental competente licencia a localização, instalação, ampliação e a operação de empreendimentos e atividades utilizadoras de recursos ambientais, consideradas efetiva ou potencialmente poluidoras ou daquelas que, sob qualquer forma, possam causar degradação ambiental, observadas as diposições legais e regulamentares e as normas técnicas aplicáveis ao caso para impedir ou mitigar os possíveis danos dela advindos. (3) Ato administrativo pelo qual o órgão ambiental competente, estabelece as condições, restrições e medidas de controle ambiental que deverão ser obedecidas pelo empreendedor, pessoa física ou jurídica, para localizar, instalar, ampliar e operar empreendimentos ou atividades utilizadoras dos recursos ambientais consideradas efetiva ou potencialmente poluidoras ou aquelas que, sob qualquer forma, possam causar degradação ambiental (Resolução CONAMA 237/97). (4) Estabelece as condições, restrições e medidas de controle ambiental que deverão ser obedecidas pelo empreendedor, pessoa física ou jurídica, para localizar, instalar, ampliar e operar empreendimentos ou atividades utilizadoras dos recursos ambientais considerados efetiva ou potencialmente poluidoras ou aquelas que, sob qualquer forma, possam causar degradação e/ou modificação ambiental; o processo de licenciamento está dividido em três etapas: licença prévia, de instalação e de operação.

Licença de Instalação (LI). Autoriza a instalação do empreendimento ou atividade de acordo com as especificações constantes dos planos, programas e projetos aprovados, incluindo as medidas de controle ambiental e demais condicionantes da qual constituem motivo determinante.

Licença de Operação (LO). Autoriza a operação da atividade ou empreendimento após a verificação do efetivo cumprimento do que consta das licenças anteriores, com as medidas de controle ambiental e condicionantes determinados para a operação.

Licença Prévia (LP). Concedida na fase preliminar do planejamento do empreendimento ou atividade aprovando sua localização e concepção, atestando a viabilidade ambiental e estabelecido os requisitos básicos e condicionantes a serem atendidos nas próximas fases de sua implementação.

Licenciamento ambiental. (1) Procedimento administrativo pelo qual o órgão ambiental competente licencia a localização, instalação, ampliação e a operação de empreendimentos e atividades utilizadoras de recursos ambientais, consideradas efetiva ou potencialmente poluidoras ou daquelas que, sob qualquer forma, possam causar degradação ambiental, considerando as diposições legais e regulamentares e as normas técnicas aplicáveis ao caso (Resolução CONAMA 237/97). (2) Procedimento administrativo que licencia a localização, instalação, ampliação e a operação de empreendimentos e atividades utilizadoras de recursos ambientais consideradas efetiva ou potencialmente poluidoras ou aquelas que, sob qualquer forma, possam causar degradação e/ou modificação ambiental, considerando as disposições legais e regulamentares e as normas técnicas aplicáveis ao caso; no Paraná, o licenciamento é feito pelo Instituto Ambiental do Paraná (IAP). (3) Instrumento de política e gestão ambiental de caráter preventivo. Conjunto de leis, normas técnicas e procedimentos administrativos que consustanciam, na forma de licenças, as obrigações e responsabilidades do Poder Público e dos empresários, com vistas à autorização para implantar, ampliar ou inciar a operação de qualquer empreendimento potencial ou efetivamente capaz de causar alterações no meio ambiente, promovendo sua implantação de acordo com os princípios do desenvolvimento sustentável (FEEMA, 1997).

Lignina. Substância que se deposita nas paredes das células vegetais conferindo a estas notável rigidez.

Limite de tolerância. Variação máxima ou mínima de fatores ambientais que um organismo pode tolerar.

Limo. (1) Matéria desagregável, carregada por correntes fluviais ou marinhas e depositada no leito e nas margens dos rios e do mar. Em geral, o limo atua como fertilizante natural do solo. (2) Vegetação verde, microscópica, que atapeta, manchando de verde, as pedras, as paredes e os troncos. Ocorre onde há umidade.

Limnologia. (1) Termo criado em 1892 pelo suíço F. A. Forel, para designar a aplicação dos métodos de oceanografia ou da oceanologia às águas estagnadas continentais (lagos). À limnologia interessam, portanto, todos esses fatores da vida nas águas estagnadas. Entretanto, o I Congresso Internacional de Limnologia, realizado em Kiel, em 1922, propôs designar sob o termo limnologia a ciência da água doce, aplicando-se ela ao conjunto de águas continentais ou interiores, separadas do mundo oceânico (LEMAIRE & LEMAIRE, 1975). (2) Estudo dos corpos d’água doce, abrangendo o conjunto de águas continentais ou interiores separadas do mundo oceânico, nos aspectos físicos, químicos, biológicos e meteorológicos. (3) A Limnologia é uma ciência de grande alcance social uma vez que fornece inúmeros subsídios para a conservação, o manejo e a recuperação dos ecossistemas aquáticos continentais. Desde o início da ciência Limnologia, os estudos ecológicos com de comunidades de macroinvertebrados bentônicos tiveram um papel importante na classificação do estado trófico de lagos e rios (Glossário Libreria, 2003). (4) Estudo dos aspectos físicos, quimicos e biológicos das águas interiores. Refere-se ordinariamente a lagos, tanques e reservatórios (do grego límne, água estagnada; tanque, piscina, lago, braço de mar). A Limnologia se ocupa ordinariamente de águas doces continentais ou interiores.

Lineação. Arranjo linear, microscópico ou macroscópico, de elementos de rochas, por exemplo, orientação de minerais, de estrias nas rochas.

Linha. Série de graus de parentesco entre indivíduos. Ascendência e descendência de um indivíduo.

Linha de base. Termo relacionado a estudos  sobre seqüestro de carbono, para designar o estado atual de áreas que estão sendo manejadas; ponto de partida para desenhar cenários futuros sobre o potencial dessas áreas de absorver e emitir carbono.

Linha de cumeada. (1) Interseção dos planos das vertentes, definindo uma linha simples ou ramificada, determinada pelos pontos mais altos a partir dos quais divergem os declives das vertentes, também conhecida como crista, linha de crista ou cumeada (Resolução CONAMA 004/85). (2) Linha que une os pontos mais altos de uma sequência de morros ou de montanhas, constituindo-se no divisor de águas (Resolução CONAMA 303/2002, art. 2°, VII).

Linha de falha. Interseção de um plano de falha com a superfície terrestre.

Linhagem endógama. Linhagem produzida por endogamia continuada. Em melhoramento genético de plantas, trata-se de uma linhagem quase totalmente homozigótica advinda de autofecundações continuadas, acompanhada por seleção.

Linhagem preliminar. Linhagem desenvolvida em instituições especializadas em recursos genéticos, na qual, em uma primeira fase, foi introduzida uma ou mais características genéticas desejáveis e necessárias para o início de um programa de melhoramento genético.

Linhagem pura. Linhagem homozigótica em todos os locos, obtida, geralmente, por autofecundações sucessivas.

Linhagens. (1) Grupo de indivíduos que possuem uma ascendência comum. (2) Materiais genéticos homogêneos, obtidos por algum processo autogâmico continuado (Lei 9.456/97).

Linhagens isogênicas. Duas ou mais linhagens que diferem geneticamente entre si em um só local.

Líquens. Associação permanente entre uma alga e um fungo, comumente encontrada nos troncos das árvores e sobre rochas. Portanto, são organismos mistos, simbióticos (Resolução CONAMA 012/94).

Lista de Patrimônio Mundial em Perigo. Lista elaborada pelo Centro de Patrimônio Mundial da Unesco (WHC) que inclui monumentos naturais ou construídos que estão sob risco; em 1999, o Parque Nacional do Iguaçu foi inscrito na Lista dos P – Patrimônios Mundiais em Perigo, em função da reabertura da Estrada do Colono, que divide a área e provoca graves problemas ambientais.

Listagem de controle. Tipo básico de método de avaliação de impacto ambiental (AIA) caracterizado por uma lista de todos os parâmetros e fatores ambientais que possam ser afetados por uma proposta. Não se ocupa das reações causa-efeito (FEEMA, 1997).

Litólico. Rochoso; solo onde aflora grande número de matacões de dimensões variadas.

Litoral. (1) Faixa de terra emersa, banhada pelo mar (GUERRA, 1976). (2) É toda a região que se situa entre a plataforma continental e as áreas sob a influência da maré mais alta (mangues, bancos de espartina, praias, costões, estuários etc.). A faixa litorânea é, portanto, sujeita a diferentes medidas e amplitudes, sendo sua ocupação objeto de critérios e normas específicas. Em termos gerais, é a região costeira, beira-mar (ACIESP, 1980). (3) Extensão no fundo do mar ou lago até a profundidade alcançada pela ação da luz e das ondas. No mar, é a zona geralmente entre o nível da maré alta e os duzentos metros, aproximadamente, o limite da plataforma continental. Nos lagos, alcança próximo de uma profundidade de dez metros (CARVALHO, 1981).

Litosfera. Crosta da Terra; parte da viosfera que consiste na camada superior de rochas que interagem com a hidrosfera e a atmosfera.

Livro Vermelho. Designação dada às listas de espécies ameaçadas de extinção.

Lixão. (1) Local onde o lixo é simplesmente despejado no solo, sem qualquer tratamento, causando poluição do solo, do ar e da água. (2) Área em que está localizado um depósito de lixo sem qualquer cuidado com o meio ambiente e com a saúde pública. (3) Forma inadequada de disposição final de resíduos sólidos, que consiste na descarga do material no solo sem qualquer técnica ou medida de controle. Este acúmulo de lixo traz problemas como a proliferação de vetores de doenças (ratos, baratas, moscas, mosquitos, etc.), a geração de odores desagradáveis e a contaminação do solo e das águas superficiais e subterrâneas pelo chorume. Além disso, a falta de controle possibilita o despejo indiscriminado de resíduos perigosos, favorecendo a atividade de catação e a presença de animais domésticos que se alimentam dos restos ali dispostos.

Lixívia. Solução ou suspensão de materiais residuais de um processo industrial; por exemplo: lixívia  negra ou licor negro é o resíduo que resulta do cozimento e da lavagem da celulose na indústria de papel.

Lixiviação. (1) Processo físico de lavagem das rochas e solos pelas águas das fortes chuvas (enxurradas) decompondo as rochas e carregando os sedimentos para outras áreas, extraindo, dessa forma, nutrientes e tornando o solo mais pobre. (2) Processo que sofrem as rochas e solos, ao serem lavados pelas águas das chuvas. Nas abundantes regiões equatoriais, e nas áreas de clima úmido, com abundantes precipitações sazonais, verificam-se, com maior facilidade, os efeitos da lixiviação. (3) Lavagem do solo pela chuva, que provoca carreamento de minerais solúveis, como fósforo, cálcio, nitrogênio, etc. (4) Remoção pela água percolante de materiais presentes no solo. Nem sempre se verifica penetração dos micronutrientes nas camadas imediatas do solo, porquanto a lixiviação é processo superficial. A lixiviação ocorre particularmente em solos despidos de cobertura vegetal, por ação das águas pluviais e fluviais. É considerada como fator empobrecedor do solo.

Lixo. (1) Resíduos sólidos produzidos e descartados, individual ou coletivamente, pela ação humana, animal ou por fenômenos naturais, nocivos à saúde, ao meio ambiente e ao bem-estar da população. (2) Todo tipo de sobra de víveres e resíduos resultantes da faxinas e trabalhos rotineiros nos navios, portos organizados, instalações portuárias, plataformas e suas instalações de apoio (Lei 9966/00).

Lixo atômico. (1) Nome que se dá aos resíduos industriais de origem radioativa ou química que oferecem riscos ao meio ambiente. Também é chamado de lixo tóxico. (2) Resíduos radioativos e químicos de difícil estocagem e/ou inativação que constituem um dos maiores problemas das sociedades industrializadas.

Lixo orgânico. Restos de vegetais, animais e outros materiais que podem ser usados como adubo quando decompostos.

Lixo radiativo. Refugo com presença de material radiativo (resíduo).

Lixo reciclável. Materiais como vidro, plástico, papel, etc., que podem ser reaproveitados para fabricação de novos produtos.

Lixo tóxico. Que contém materiais nocivos à saúde de seres vivos.

Local de interesse turístico – LIT. São trechos do território nacional, compreendidos ou não em áreas especiais, destinados por sua adequação ao desenvolvimento de atividades turísticas, e à realização de projetos específicos, e que compreendam: (a) bens não sujeitos a regime específico de proteção; (b) os respectivos entornos de proteção e ambientação (Lei nº 6.513/77).

Loco. Local no cromossomo onde se localiza um determinado gene.

Lodge. Meios de hospedagem ambiental e ecológico que estejam localizados em áreas de selva ou de outras belezas naturais preservadas; que estejam integrados à paisagem local, sem qualquer interferência ao meio; que situem-se em locais fora dos centros urbanos e que ofereçam a seus usuários instalações, equipamentos e serviços simplificados, próprios ou contratados, destinados ao transporte para o local, hospedagem, alimentação, e programas voltados à integração com o meio ambiente e o aproveitamento turístico (EMBRATUR).

Lodo. (1) Sólidos acumulados e separados dos líquidos durante um processo de tratamento, ou depositados no fundo dos rios ou outros corpos de água. (2) Sólidos acumulados e separados dos líquidos, de água ou água residuária durante um processo de tratamento ou depositados no fundo dos rios ou outros corpos d´água (ACIESP, 1980).

Lodo ativado. (1) Processo de tratamento de esgotos que utiliza equipamentos mecânicos para insuflar oxigênio na massa líquida e promover a formação de colônias de bactérias aeróbicas, com vistas ao aumento da eficiência do tratamento em áreas de pequena extensão. (2) Lodo que foi aerado e sujeito à ação de bactérias, usado para remover matéria orgânica do esgoto (The World Bank, 1978). (3) Floco de lodo produzido em água residuária bruta ou sedimentada, formado pelo crescimento de bactérias do tipo zoogléa e outros organismos, na presença de oxigênio dissolvido. O lodo é mantido em concentração suficiente pela circulação de flocos previamente formados (ABNT, 1973).

Lodo de esgoto. Material sólido separado dos líquidos e da água residuária durante o processo de tratamento dos esgotos.

Longitude.  (1) Ângulo medido entre o plano do meridiano de referência, Greenwich, e o plano meridiano que passa por um ponto qualquer sobre uma superfície elipsoidal de referência, variando de 0° a 180° no sentido positivo para Leste e negativo para Oeste do meridiano origem. (2) Consiste na distância medida em graus da sede do município em relação ao meridiano inicial de Greenwich (IPARDES).

Lopólito. Corpo magmático intrusivo de grandes dimensões, lenticular concordante, deprimido na parte central, freqüente nos fundos de geossinclinais.

Luz. Forma semelhante de energia radiante, como os raios ultravioleta, que não afeta a retina.

Luz ultravioleta (UV). Radiação que pode causar reações químicas nocivas; na natureza, os raios UV do SOl são bloqueadaos pela camada de ozônio na atmosfera, daí a importância de sua proteção.

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