Glossário Ambiental – N

Nação. Conjunto dos indivíduos, geralmente da mesma raça, que habitam o mesmo território, falam a mesma língua, têm os mesmos costumes e obedecem à mesma lei (sentido restrito).

Não-biodegradável. Substância que não se degrada por processos naturais, permanecendo em sua forma original por muito tempo; alguns plásticos e alguns tipos de pesticidas estão nesta categoria.

Nascente. (1) Fonte de água que aparece em terreno rochoso. (2) Local onde se verifica o aparecimento de água por afloramento do lençol freático (Resolução CONAMA 004/85). (3) Local onde o lençol freático aflora, superfície do solo onde o relevo facilita o escoamento contínuo da água. (4) Local onde o rio nasce (Glossário Libreria, 2003).

Nativo. (1) Denominação utilizada para indicar espécies vegetais ou animais de ocorrência natural em dada região. Ex.: mata nativa, animais nativos. (2) Diz-se do animal ou da planta que é natural de uma região. (3) Espécie vegetal ou animal originária de um determinado ecossistema ou área geográfica.

Natureza. (1) Em ciências ambientais, tudo o que existe, exceto as obras humanas, mas incluindo os humanos. (2) Designação genérica para os organismos vivos e seu ambiente; o mundo natural.

Navio. Embarcação de qualquer tipo que opere no ambiente aquático, inclusive hidrofólios, veículos a colchão de ar, submersíveis e outros engenhos flutuantes (Lei 9966/00).

Neblina (Fog). Condensação de vapor de água em gotículas formando massas semelhantes a nuvens próximo ao solo.

Neck. Massa de rocha eruptiva maciça ou fragmentária, de forma cilíndrica preenchendo uma antiga chaminé vulcânica.

Nécton. Conjunto de organismos aquáticos que flutuam apenas graças aos próprios movimentos: peixes, moluscos, cetáceos (LEMAIRE & LEMAIRE, 1975).

Nematóides. Classe muito importante do ramo dos nematelmintos, pois nela se incluem os mais comuns parasitas do intestino humano, tais como a lombriga, os ancilóstomos, as filárias, além de espécies destruídas de plantas úteis.

Neocolonialismo. Continuidade da dependência de uma nação em relação a outra. Essa dependência se dá na área econômica.

Neoliberalismo. Doutrina político-econômica que representa uma tentativa de adaptar os princípios do liberalismo econômico às condições do capitalismo moderno. Defende a idéia de que a vida econômica é regida por uma ordem natural formada a partir das livres decisões individuais. Mas acham que há necessidade de disciplinar da economia de mercado na medida suficiente para garantir a sobrevivência deste modelo. Alguns adeptos do Neoliberalismo pregam a defesa da pequena empresa e o combate aos grandes monopólios na linha antitruste dos Estados Unidos. No plano social, o Neoliberalismo defende a limitação da herança e das grandes fortunas e o estabelecimento de condições de igualdade que possibilitem a concorrência (Glossário Libreria, 2003).

Nerítico. (1) Zona de água do mar que cobre a plataforma continental (ODUM, 1972). (2) Região nerítica é aquela que se estende desde a zona entre as marés até a isóbata de 200 metros. Sedimentação nerítica é o material relativamente grosseiro, terrígeno, que se acumula junto à costa (GUERRA, 1978).

Neves eternas. Neve que se acumula sobre o solo acima da linha de neve, inclusive no verão, devido às precipitações superarem a fusão.

Nevoeiro. Nuvem estratificada que repousa sobre a superfície do globo quase sempre calma e formada de gotículas de água líquida. Existe nevoeiro quando a visibilidade é inferior a 1 km; quando excede a 1 km há cerração (Glossário Libreria, 2003).

Nicho. (1) O papel desempenhado por uma espécie particular no seu ecossistema. (2) Localização ecológica de uma espécie em uma comunidade ou ecossistema. Por exemplo: posição na cadeia trófica; o limite do nicho é ditado pela presença de espécies competidoras.

Nicho ecológico. (1) Conjunto de diversas variáveis ambientais relacionado a uma determinada espécie. (2) Micro hábitat típico de uma espécie em um ambiente. Por exemplo, bromeliáceas epífitas vivem no dossel de matas e certas formas marinhas escolhem formações rochosas no leito de oceanos como seu lar. (3) Parte do hábitat onde vive uma espécie. Trata-se de uma informação importante porque revela a relação desta espécie com as demais: o que ela ingere, quem são seus predadores, onde e quando se reproduz, etc. Duas espécies bem próximas, que tenham exatamente as mesmas exigências, não podem dividir o mesmo nicho e uma delas será eliminada. (4) Inclui não apenas o espaço físico ocupado por um organismo, mas também seu papel funcional na comunidade (como, por exemplo, sua posição na cadeia trófica) e a sua posição nos gradientes ambientais de temperatura, umidade, pH, solo e outras condições de existência. O núcleo ecológico de um organismo depende não só de onde vive, mas também do que faz (como transforma energia, como se comporta e reage ao meio físico e biótico e como o transforma) e de como é coagido por outras espécies (ODUM, 1972). (5) O lugar de uma espécie na comunidade, em relação às outras espécies, o papel que desempenha um organismo no funcionamento de um sistema natural (GOODLAND, 1975). (6) Baseada no princípio de Gause ou princípio de exclusão competitiva, a noção de nicho ecológico foi desenvolvida pela primeira vez por Elton, em 1927. De acordo com uma imagem figurativa de Odum (1988, p. 254/258) “o habitat de uma espécie corresponde ao seu endereço, enquanto o seu nicho ecológico corresponde à sua profissão, no conjunto de espécies de que faz parte”. O conhecimento do nicho ecológico permite responder às seguintes questões: como, onde e as expensas de quem uma espécie se alimenta, por quem é comida, como e onde e quando descansa e se reproduz? No limite, pode-se admitir que duas espécies que possuem exatamente as mesmas necessidades, não podem coabitar ou ocupar o mesmo habitat, uma delas sendo forçosamente eliminada ao fim de um certo tempo (Glossário Ibama, 2003). (7) Refere-se ao ambiente que rodeia um organismo ou grupo de organismos numa área reduzida (comparar como habitat). O habitat é espacialmente mais abrangente que o nicho ecológico. Este último, além do espaço físico, compreende funções e relações tróficas na comunidade ecossistêmica.

Nidificação. Ato das aves que consiste em fazer ninho; o mesmo que aninhar ou ninhar.

Nitrificação. (1) Conversão de amônia em nitratos, por bactérias aeróbias, passando por nitritos como etapa intermediária (ABNT, 1973). (2) Oxidação do nitrogênio orgânico e amoniacal (nitrogênio Kjeldahl) presente nas águas poluídas, em nitrito por bactérias nitrosomas e, em seguida, em nitratos por nitrobactérias (LEMAIRE & LEMAIRE, 1975).

Nitrobactéria. Bactéria autotrófica e quimiossintetizante, que oxida nitrito a nitrato, para obtenção da energia necessária à síntese de alimento orgânico (CARVALHO, 1981).

Nitrogênio. Principal gás que existe na atmosfera, o nitrogênio intervém na biosfera através de um complexo ciclo que envolve trocas entre atmosfera, solo e seres vivos. A bactéria Rhizobium, que cresce nas raízes das plantas leguminosas (feijão, soja), fixa o nitrogênio do ar, transformando-o em nitrato, um nutriente fundamental para as plantas.

Nível dinâmico. Nível no qual a água se estabiliza durante o bombeamento de um poço.

Nível estático. Nível hidrostático de um poço em repouso, isto é, antes do início do bombeamento. Nos aqüíferos livres, o nível estático coincide com o nível do lençol freático, e nos artesianos com o relevo piezométrico.

Nível mais alto. Nível alcançado por ocasião da cheia sazonal do curso d’água perene ou intermitente (Resolução CONAMA 303/2002,art. 2°, I).

Nível trófico. (1) Cada nível alimentar em uma cadeia alimentar. (2) Número de etapas que separam um organismo dos vegetais clorofilianos na cadeia alimentar (DAJOZ, 1973). (3) Etapas, mais ou menos marcadas e estratificadas no espaço e no tempo, através das quais os processos de ciclagem transformam os recursos de um estado para outro (por exemplo, do mineral ao vegetal e depois ao animal) (DANSEREAU, 1978).

Nome científico. Diferente do popular ou vulgar, é formado por dois ou três nomes em latim e designa o gênero e a espécie. Em alguns casos, é também acrescentada a subespécies. Escreve-se o gênero com inicial maiúscula e a espécie e subespécie em minúscula. É sempre grafado em itálico ou grifado.

Norma. (1) Regra, modelo, paradigma, forma ou tudo que se estabeleça em lei ou regulamento para servir de pauta ou padrão na maneira de agir (SILVA, 1975). (2) São instrumentos que estabelecem critérios e diretrizes, através de parâmetros quantitativos e qualitativos, e regulam as ações de pessoas e instituições no desempenho de suas funções (SAHOP, 1978).

Normalização. (1) Segundo a ABNT, processo de estabelecer e aplicar regras a fim de abordar ordenadamente uma atividade específica, para o benefício e com a participação de todos os interessados e, em particular, de promover a otimização da economia, levando em consideração as condições funcionais e as exigências de segurança. (2) Aplicar normas, regras ou regulamentos referentes a determinada área às atividades ou organizações atuantes naquela área. (3) Criar normas, regras ou regulamentos com o objetivo de regular as atividades relacionadas a determinada área produtiva.

NPK. Abraviatura de Nitrogênio, Fósforo e Potássio, os três principais nutrientes usados nos fertilizantes.

Nuclear. Fenômeno ou aparelho em que se processam reações de fissão ou cisão do núcleo atômico, produzindo energia; como a reação ocorre no núcleo do átomo, não é correto usar como sinônimo o termo atômico, que designa outra forma de processamento.

Nutrientes. (1) Qualquer substância do meio ambiente utilizada pelos seres vivos, seja macro ou micronutriente, por exemplo, nitrato e fosfato do solo. Os plânctons (fitoplâncton ou geoplâncton) incluem-se entre os nutrientes. (GOODLAND, 1975). (2) Elementos ou compostos essenciais como matéria-prima para o crescimento e desenvolvimento de organismos, como, por exemplo, o carbono, o oxigênio, o nitrogênio e o fósforo (The World Bank, 1978). (3) São os compostos de NH3 e PO4 indispensáveis para o desenvolvimento de microorganismos, como algas e sistema secundário de tratamento e suas descargas nos rios e lagos (CARVALHO, 1981). (4) Que fornece nutrição; elementos minerais ou compostos orgânicos requeridos para as funções vitais de animais e vegetais.

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