Eclusa. O mesmo que comporta, isto é, porta que sustém as águas de uma represa, açude ou dique e que pode ser aberta quando da necessidade de soltá-las (Glossário Libreria, 2003).
ECO 92. (1) Conferência Internacional das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, que foi realizada no estado do Rio de Janeiro em 1992. A Eco 92 proclamou que os seres humanos estão no centro das preocupações sobre desenvolvimento sustentável e têm direito a uma vida saudável, produtiva e em harmonia com a natureza. (2) Denominação comum da Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento de 1992, denominada internacionalmente de 1992 Earth Summit on Environment and Development. Aconteceu em junho de 1992, na cidade do Rio de Janeiro. Foi a maior reunião já realizada em toda a história humana por qualquer motivo. A Rio-92 reuniu mais de 120 Chefes de Estado, e representantes no total de mais de 170 países. Foram elaborados cinco documentos, assinados pelos Chefes de Estado e representantes: a Declaração do Rio, a Agenda 21, a Convenção sobre Diversidade Biológica, a Convenção sobre Mudança do Clima e a Declaração de Princípios da Floresta.
Ecobatímetro. Aparelho de sondagem cujo funcionamento se baseia na medição do tempo decorrido entre a emissão de um pulso sonoro (de frequência sônica ou ultra-sônica) e a recepção do eco refletido pelo fundo do mar.
Ecobiose. Complexo de relações que se passam entre os seres vivos e o meio ambiente em que vivem.
Ecocida. Substância tóxica que penetra e mata um sistema biológico inteiro. Por extensão: ecocídio, atentados contra espécies e formas de vida significativas para o ecossistema planetário.
Ecoclima. O clima considerado como fator ecológico, com interferência dentro dos hábitats. Abrange o total dos fatores meteorológicos.
Ecodesenvolvimento. (1) Visão moderna de desenvolvimento que procura utilizar os conhecimentos culturais, biológicos, sociais e políticos de uma região, evitando a agressão ao meio ambiente. (2) O ecodesenvolvimento se define como um processo criativo de transformação do meio com a ajuda de técnicas ecologicamente prudentes, concebidas em função das potencialidades deste meio, impedindo o desperdício inconsiderado dos recursos, e cuidando para que estes sejam empregados na satisfação das necessidades de todos os membros da sociedade, dada a diversidade dos meios naturais e dos contextos culturais. (3) É uma técnica de planejamento que busca articular dois objetivos. Por um lado, objetivo do desenvolvimento, a melhoria da qualidade de vida, através do incremento da produtividade; por outro, o objetivo de manter em equilíbrio o ecossistema onde se realizam essas atividades (SAHOP, 1978). (4) Visão moderna do desenvolvimento consorciado com o manejo dos ecossistemas, procurando utilizar os conhecimentos já existentes na região, no âmbito cultural, biológico, ambiental, social e político, evitando-se, assim, a agressão ao meio ambiente (Glossário Ibama, 2003).
Ecograma. Gráfico que registra a configuração do fundo oceânico, medindo-se continuamente as profundidades de água ao longo de um perfil com um ecobatímetro.
Ecologia. (1) Ciência que estuda as relações dos seres vivos entre si e com o ambiente que os cerca. (2) O termo Ecologia foi criado por Hernest Haekel (1834-1919) em 1869, em seu livro ¨Generelle Morphologie des Organismen¨, para designar o estudo das relações de um organismo com seu ambiente inorgânico ou orgânico, em particular, o estudo das relações do tipo positivo ou amistoso e do tipo negativo (inimigos) com as plantas e animais com que convive (HAEKEL apud MARGELEF, 1980). (3) Ecologia é a ciência ou o estudo dos organismos em sua casa, isto é em seu meio, define-se como o estudo das relações dos organismos, ou grupos de organismos, com seu meio. Está em maior consonância com a conceituação moderna definir Ecologia como estudo da estrutura e da função da natureza, entendendo-se que o homem dela faz parte (ODUM, 1972). (4) Disciplina biológica que lida com o estudo das interações dinâmicas dos componentes bióticos e abióticos do meio ambiente (USDT, 1980). (5) É a ciência que estuda a integração dos seres vivos com ambiente orgânico e inorgânico e as formas de relação que garantem o equilíbrio e a perpetuidade dos sistemas que compõem o planeta. (6) Ciência que estuda as interações dos seres vivos entre si e com o ambiente onde vivem; do grego (oikos: casa). Como ciência individualizada é muito nova: a designação foi criada em 1876, pelo naturalista alemão Hernest Haeckel; ecólogo é quem estuda ecologia; ecologista ou ambientalista é quem milita em defesa do ambiente; a expressão defesa da ecologia deve ser evitada porque tem sentido pouco exato: equivale a dizer, por exemplo, defesa da matemática.
Ecologia aplicada. Disciplina que estuda ecossistemas florestais, procurando minimizar os efeitos da ação humana sobre eles. Tem por objetivo proteger a flora, a fauna e os mananciais, além de administrar parques e reservas florestais e elaborar relatórios de impacto ambiental.
Ecologia humana. É o estudo das interrelações dinâmicas entre o homem e os aspectos físicos, bióticos, sociais e culturais do seu ambiente (BOYDEN et al., 1981).
Ecologia profunda. Considera os seres humanos equivalentes e não superiores às outras espécies integradas em ecossistemas em funcionamento; o filósofo norueguês Arne Nesse criou o termo em 1972.
Economia ambiental. Ramo da economia que está se desenvolvendo de forma a, por um lado, proporcionar a valoração dos bens e recursos naturais cabíveis e, por outro, construir uma metodologia de inserção dos bens ambientais no Planejamento e na Economia. Visa a tornar o sistema natural parte integrante das economias e do planejamento de uma forma geral.
Economia do meio. Ciência econômica que em suas teorias, análises e cálculos de custos inclui parâmetros ecológicos.
Economia Ecológica. Ramo da economia usado como sinônimo da Economia Ambiental, porém mais adequado à área específica de valoração dos recursos de fauna e flora.
Ecosfera. O mesmo que biosfera. Espaço ocupado pelos seres vivos na Terra.
Ecorregião. Representa um território geograficamente definido, constituído por comunidades naturais que compartilham a grande maioria de suas espécies, a dinâmica ecológica, as condições ambientais e cujas interações ecológicas são cruciais para sua persistência a longo prazo (ARRUDA et allii, 2001).
Ecossistema. (1) Ambiente em que há a troca de energia entre o meio e seus habitantes. (2) É o conjunto dos seres vivos e do seu meio ambiente físico, incluindo suas relações entre si. (3) Complexo sistema de relações mútuas entre os fatores bióticos (organismos vivos) e fatores abióticos (elementos físicos e químicos do ambiente) que interagem entre si, havendo transferência de energia e matéria entre esses componentes. (4) Sistema integrado e autofuncionante que consiste em interações de elementos bióticos e abióticos; seu tamanho pode variar consideravelmente (USDT, 1980). (5) A comunidade total de organismos, junto com o ambiente físico e químico no qual vivem se denomina ecossistema que é a unidade funcional da ecologia (BERON, 1981). (6) (a) sistema formado pelas comunidades biológicas em integração com os fatores do meio (b) Complexo dinâmico de comunidades vegetais, animais e de microorganismos e o seu meio inorgânico, que interage como uma unidade funcional (ARRUDA et allii, 2001). (7) Unidade de organização biológica composta de seres vivos em relação com o meio físico em que vivem. Esta unidade é definida pelo seu funcionamento, isto é, pelo conjunto das interrelações dinâmicas e funcionais existentes entre todos os seus constituintes (PELT, 1991). (8) Sistema aberto que inclui, em uma certa área, todos os fatores físicos e biológicos (elementos bióticos e abióticos) do ambiente e suas interações, o que resulta em uma diversidade biótica com estrutura trófica claramente definida e na troca de energia e matéria entre esses fatores (FEEMA, 1997). (9) Conjunto integrado de fatores físicos e bióticos (referente aos seres vivos) que caracterizam um determinado lugar, estendendo-se por um determinado espaço de dimensões variáveis. Unidade que, abrangendo o conjunto de seres vivos e todos os elementos que compõem determinado meio ambiente, é considerada um sistema funcional de relações interdependentes no qual ocorre uma constante reciclagem de matéria e um constante fluxo de energia (Glossário Ibama, 2003).
Ecossistema (áreas frágeis). Aquele que, por suas características, são particularmente sensíveis aos impactos ambientais adversos, de baixa resiliência e pouca capacidade de recuperação. Por exemplo, são ambientalmente frágeis os lagos, as lagunas, as encostas de forte declividade, as restingas, os manguezais (FEEMA, 1997).
Ecossonda. Instrumento que determina a profundidade da água pelo tempo requerido para que um sinal sonoro viaje até o fundo e retorne. Este equipamento permite executar levantamentos batimétricos, desde águas costeiras até mais de 10.000 m.
Ecótipo. (1) Em genecologia, população (raça) local de uma espécie que apresenta características botânicas peculiares, que surgem como resposta do genótipo às características ecológicas típicas do ambiente local. O ecótipo resulta de uma adaptação muito estreita da planta ao ambiente local, onde a deriva genética pode revelar-se como um agente seletivo de maior importância que os demais agentes da seleção natural. Ecótipos freqüentemente mantêm suas características peculiares, quando transplantados clonalmente para ambientes distintos, o que sugere um forte comando genético na origem desta forma de vida. O ecótipo é uma de quatro categorias biossistemáticas (ecótipo, ecoespécie, coenoespécie, “comparium”), categorias estas usadas em genecologia e baseadas no relacionamento de fertilidade entre as mesmas. O termo ecótipo é freqüentemente mal aplicado por causa de distintas interpretações por autores. A percepção de que o ecótipo é uma morfologia peculiar a determinado ambiente (ex.: dunas arenosas; encostas alpinas) e que se repete neste ambiente para outras famílias botânicas, levou mais recentemente à definição de que o ecótipo corresponde a “raças ecológicas paralelas” (paralelismo ecotípico), em que se constata um forte vínculo entre a forma biológica apresentada (geófito, terófito, etc.), o hábito (erva, arbusto etc.) e o hábitat da espécie. O ecótipo, por esta interpretação, representaria uma morfologia estandardizada que se associa a um tipo de hábitat. Assim, existem vários tipos de ecótipos, um mesmo tipo, podendo eventualmente ocorrer em grupos botânicos sem qualquer parentesco filogenético. (2) São populações de espécies de grande extensão geográfica, localmente adaptadas e que possuem graus ótimos e limites de tolerância às condições do lugar (ODUM, 1972). (3) Raça cujas características a tornam adaptada a um determinado ambiente.
Ecótono. (1) Região de transição entre dois ecossistemas diferentes. (2) Transição entre duas ou mais comunidades diferentes; é uma zona de união ou um cinturão de tensão que poderá ter extensão linear considerável, porém mais estreita que as áreas das próprias comunidades adjacentes. A comunidade do ecótono pode conter organismos de cada uma das comunidades que se entrecortam, além dos organismos característicos (ODUM, 1972). (3) Encontro de dois ecossistemas diferentes; zona de transição florística (ARRUDA et allii, 2001). (4) Zona de contato ou transição entre duas formações vegetais com características distintas (Resolução CONAMA 012/94). (5) Região de transição entre dois ecossistemas diferentes ou entre duas comunidades. Nessa região a fauna é mais rica e mais abundante que nas biocenoses adjacentes, cujas espécies se misturam mais ou menos. Este efeito é conhecido pelo nome de efeito de borda (Glossário Ibama, 2003).
Ecótopo. Determinado tipo de habitat dentro de uma área geográfica ampla (Glosário Ibama).
Ecoturismo. (1) Turismo feito em pequena escala, respeitando o meio ambiente natural. (2) Atividade turística que utiliza, de forma responsável, o patrimônio natural e cultural, incentiva sua conservação e busca a formação de uma consciência ambiental através da interpretação do ambiente, estimulando o desenvolvimento socioeconômico das populações envolvidas (MMA). (3) Segmento da atividade turística que utiliza, de forma sustentável, o patrimônio natural e cultural, incentiva sua conservação e busca a formação de uma consciência ambientalista por meio da interpretação do ambiente, promovendo o bem-estar das populações envolvidas.
Edáfica. Relativo ao solo (Resolução CONAMA 012/94, art. 1°).
Edafologia. Ciência que estuda o aproveitamento do solo para fins agrícolas.
Educação ambiental. (1) Todo o processo educativo, que utiliza metodologias diversas, alicerçadas em base científica, com objetivo de formar indivíduos capacitados a analisar, compreender e julgar problemas ambientais, na busca de soluções que permitam ao homem coexistir de forma harmoniosa com a natureza. (2) Processo de aprendizagem e comunicação de problemas relacionados à interação dos homens com seu ambiente natural. É o instrumento de formação de uma consciência, através do conhecimento e da reflexão sobre a realidade ambiental (FEEMA/ Assessoria de Comunicação, informação pessoal, 1986). (3) O processo de formação e informação social orientado para: (I) o desenvolvimento de consciência crítica sobre a problemática ambiental, compreendendo-se como crítica a capacidade de captar a gênese e a evolução dos problemas ambientais, tanto em relação aos seus aspectos biofísicos, quanto sociais, políticos, econômicos e culturais; (II) o desenvolvimento de habilidades e instrumentos tecnológicos necessários à solução dos problemas ambientais; (III) o desenvolvimento de atitudes que levem à participação das comunidades na preservação do equilíbrio ambiental (Proposta de Resolução CONAMA nº02/85). (4) Unidade formada pela comunidade. (9) Conjunto de atividades e idéias que levam o homem a conhecer e utilizar os recursos do ambiente de modo sustentado. A educação ambiental deve ser entendida como o processo de formação social orientado para o desenvolvimento de consciência crítica sobre a problemática ambiental, compreendendo-se como crítica a capacidade de captar a gênese e a evolução dos problemas ambientais, tanto em relação a seus aspectos biofísicos quanto sociais, políticos, econômicos e culturais; desenvolvimento de habilidades e instrumentos tecnológicos necessários à solução dos problemas ambientais; desenvolvimento de atividades que levem à participação das comunidades na busca do equilíbrio ambiental.
Educação ambiental formal. Aquela compreendida no âmbito da rede de ensino regular, cujos objetivos estão distribuídos por uma malha curricular, multidisciplinar, envolvendo atividades de ensino regular, extra-classe, núcleos de estudos ambientais ou centros interdisciplinares. Abrange 1º, 2º e 3º graus, envolvendo professores, estudantes e funcionários da rede escolar.
Educação ambiental informal. Aquela que se dirige ao grande público, ou à sociedade, e que se vale dos meios de comunicação convencionais. Ela se presta à difusão de informações ou ao esforço de programas institucionais no âmbito da política, da educação e da cultura ambiental. Ex.: pesquisa, campanhas de opinião pública, articulações políticas com entidades ambientais, comemorações de datas e eventos sobre o meio ambiente.
Educação ambiental não formal. Aquela que opera através de programas direcionados para os aspectos bem definidos da realidade social e ambiental. Usa meios multivariados. Tem a função de informar e formar. Atua sobre e com comunidades. Desenvolve ações na área da educação, comunicação, extensão e cultura. Tem ainda propósitos informativos para o esclarecimento e orientação de questões de ordem tecnológica.
Educação e desenvolvimento individual. A Agenda 21 enfatiza a capacitação individual, nas áreas de programa que acompanham os capítulos temáticos, ressaltando a necessidade de ampliar o horizonte cultural e o leque de oportunidades para os jovens. Há em todo o texto um forte apelo para que governos e organizações da sociedade promovam programas educacionais que propiciem uma tomada de consciência dos indivíduos sobre a necessidade de se pensar nos problemas comuns a toda a humanidade. Busca-se, ao mesmo tempo, incentivar o engajamento em ações concretas nas comunidades.
Efeito ambiental. Alteração nas características e na qualidade do meio ambiente produzida por ação humana (FEEMA, 1997).
Efeito coriolis. Efeito produzido pela força de coriolis, que faz com que partículas em movimento sobre a superfície da Terra apresentem uma tendência para serem desviadas para a direita no Hemisfério Norte e para a esquerda no Hemisfério Sul. A magnitude deste efeito é proporcional à velocidade e a latitude das partículas em movimento.
Efeito estufa. (1) Fenômeno de aquecimento da superfície terrestre de grande comprimento de onda, que é absorvida e reemitida pelo gás carbônico e vapor de água na baixa atmosfera, eventualmente retornando à superfície. Embora ainda seja um assunto sujeito a controvérsias, alguns pesquisadores admitem que o efeito estufa poderia causar a fusão parcial das geleiras polares, ocasionando importante subida dos níveis oceânicos nos próximos decênios. (2) Aquecimento da superfície terrestre provocado pelo aumento da concentração de certos gases na atmosfera (gás carbônico e metano), o que altera o equilíbrio termodinâmico do planeta. (3) Denominação dada ao aumento da temperatura superficial da terra, numa escala global, decorrente ao acréscimo das concentrações atmosféricas de gases com a característica de serem fortes absorvedores de energia, na faixa de radiação infravermelha e, fracos absorvedores, no espectro visível. Em geral, o termo é associado à presença de dióxido de carbono. A estufa natural, constituída por camadas de gases que envolviam a Terra, quando de sua formação, contribui para que a vida surgisse e se mantivesse no Planeta, pois impedia que o calor terrestre se dissipasse e voltasse para o espaço sideral. O fenômeno atual deve-se à intensidade e à natureza do calor retido, que passou a constituir um risco global. (4) Aquecimento da temperatura média na Terra; recebeu esse nome porque o processo é semelhante ao produzido pela passagem da luz através do vidro de uma estufa, que não permite a saída do calor. A radiação do sol entra facilmente na atmosfera, aquecendo a superfície da Terra e provocando, a emissão de radiação infravermelha. Gases como o dióxido de carbono (gás carbônico CO2), cuja conseqüência da poluição, absorvem a radiação infravermelha e impedem que o calor deixe a Terra; a maior concentração de dióxido de carbono na atmosfera se deve, principalmente, ao aumento do uso de combustíveis fósseis; automóveis e usinas de energia contribuem com 75% do gás carbônico liberado em nações industrializadas; a devastação e a queima de florestas tropicais também contribuem para a maior emissão de dióxido de carbono.
Efeito fotovoltaico. É o aparecimento de uma diferença de potencial nos extremos de uma estrutura de material semicondutivos, produzida pela absorção da luz.
Eficácia. Uma medida do grau de sucesso de um projeto ou de um programa quanto à realização de seus objetivos (ARRUDA et allii 2001).
Eficiência. Uma medida da produtividade do processo de implementação, quanto à realização dos seus objetivos (ARRUDA et allii 2001).
Eflorescência. Substâncias solúveis que se depositam na superfície das rochas. Estas substâncias sobem por capilaridade, precipitando-se graças à evaporação da água que acompanha os sais.
Efluente. (1) Águas fluviais ou de esgotos que são despejadas nas águas costeiras. Os esgotos podem ser domésticos ou industriais (química, mineração, etc.) e podem levar à poluição ambiental como acontece na região de Santos (SP). (2) Qualquer tipo de água, ou líquido, que flui de um sistema de coleta, de transporte, como tubulações, canais, reservatórios, elevatórias ou de um sistema de tratamento ou disposição final, com estações de tratamento e corpos de água.
Efluente líquido. Sobra de lixo, esgoto ou da produção das fábricas, eliminada depois da decomposição da matéria orgânica.
EIA/Rima. Sigla de Estudos de Impacto Ambiental e Relatórios de Impacto Ambiental.
Eletricidade (para automóveis). Capaz de locomover um carro sem emitir poluentes, mas isto não significa que não seja gerada poluição do ar. Os carros elétricos de hoje em dia estão limitados à capacidade da sua bateria e são muito caros. Os carros elétricos podem vir a ser um meio dos carros trafegarem sem gerar poluição.
El niño. (1) Fenômeno da inversão das correntes do Pacífico Equatorial e que pode ser verificado na época próxima ao Natal. Esse fenômeno provoca em vários países graves conseqüências climáticas, como períodos severos de seca, trombas-d`água no Pacífico, ciclones e tornados e chuvas violentas. Nas condições normais, os ventos sopram do leste ao oeste no Pacífico Equatorial. Em outras condições, ligadas a uma alta considerável da temperatura das águas do Pacífico, as correntes de ventos se invertem, afetando o clima mundial. El Niño em espanhol significa “¨O Menino¨, em referência ao Menino Jesus. (2) Fenômeno oceanográfico e atmosférico, altamente complexo, caracterizado por uma corrente quente marítima deslocando-se do Equador para os trópicos, que inverte, ou pelo menos impede, a circulação normal das águas quentes do Oceano Pacífico, a qual se dá da costa ocidental da América do Sul para a costa oriental da Austrália e Ásia. As causas objetivas deste fenômeno ainda são em grande parte desconhecidas, embora estudos minunciosos estejam em andamento em várias partes do mundo. O deslocamento normal (leste-oeste) das águas do Pacífico provoca uma grande ressurgência nas costas do Chile e Peru, o que por sua vez ocasiona o clima seco normalmente presente nessa área, e proporciona uma intensa reprodução de peixes. Periodicamente, com um intervalo variando de dois a sete anos, o El Niño ocorre no início do verão do hemisfério sul, daí seu nome “o menino”, originário de uma homenagem dos pescadores ao menino Jesus. Dura em média um ano e causa efeitos tão fortes nas condições do tempo em várias partes do planeta, que é considerado pelos meteorologistas o segundo fenômeno atmosférico-climático mais importante da Terra, atrás apenas da mudança das estações. Sua intensidade e período são muito variáveis e de difícil previsão, mas como modernas técnicas de sensoriamento remoto e os satélites, já é possível prever e prevenir minimamente seus efeitos. Estes vão de calor excessivo no norte dos EUA, seca intensa no nordeste brasileiro, chuvas fortes no sul do Brasil, ausência de peixes nas costas do Peru e Chile, secas na Austrália e uma série de outros efeitos significativos pelo mundo todo. No outono de 1997, foi detectado um El Niño iniciando-se excepcionalmente tarde, mas que provocou intensas chuvas nas costas do Chile e Peru, e um inverno excepcionalmente quente e seco no sudeste brasileiro. (3) Corrente de Água morna que flui preriodicamente no Oceano Pacífico, ao longo da costa oeste da América do Sul, provocando alterações no regime de ventos e de chuvas de várias partes do planeta. (4) Corrente oceânica quente, originária da corrente quente equatorial que, em cada sete de um período de quarentas anos, temporariamente desloca a corrente de Humboldt da costa peruana, ocorrendo quando os ventos de sudeste do oceano Pacífico perdem sua força; provoca, entre outros fenômenos, bruscas alterações climáticas no continente (como as violentas chuvas e conseqüentes inundações no Brasil). Tem esse nome por sempre ocorrer próximo ao fim do ano. O El Niño, no caso, é o Menino Jesus (Glossário LIbreria, 2003).
Eluvião. Material geológico que se transformou em solo por ação do intemperismo (autores).
Embaiada. Reentrância na linha costeira formando uma baía muito aberta.
Embaiamento. (1) Indentação (depressão) da linha costeira formando uma baía aberta. (2) Formação de uma baía.
Embrião. Planta rudimentar no interior da semente, formada a partir da fertilização.
Embriogênese. Processo de formação e desenvolvimento do embrião, a partir de células não- embrionárias.
Embrionia adventícia. Formação de semente assexuada na qual o embrião se forma diretamente de uma célula somática, geralmente do nucelo, mas também eventualmente dos integumentos do óvulo.
Emersão. Área anteriormente inundada que passou a condições subaéreas, fato que pode ocorrer tanto pela descida do nível do mar, como pelo levantamento do continente. Grupo de organismos restritos a uma região ou a um ambiente. Sinônimos: indígeno e nativo.
Emigração. Deslocamento irreversível que certas espécies realizam de um local para outro, onde passam a habitar e se reproduzir, contribuindo para a sua dispersão ecológica e geográfica.
Emissão. (1) Liberação ou lançamento de contaminantes ou poluentes no ar. As emissões são provenientes dos motores de veículos e das chaminés de fábricas. (2) Escoamento de matérias gasosas tóxicas. (3) Lixo descarregado no ambiente, em geral relacionado a descargas de gases, podendo também se referir a elementos líquidos ou radiativos.
Emissão padrão. Limite aceitável de lançamento de substâncias químicas específicas no ambiente.
Emissário. (1) Coletor que transporta esgoto de um ponto a outro sem receber contribuições durante o percurso. (2)
Enclave. Terreno encravado em outro.
Encosta. Parte em declive nos flancos de um morro, colina ou serra.
Encrave Florestal do Nordeste. Floresta tropical baixa, xerófita, latifoliada e decídua, que ocorre em caatinga florestal ou mata semi-decídua, higrófila e mesófila com camada arbórea fechada, constituída devido à maior umidade do ar e a maior quantidade de chuvas nas encostas das montanhas. Constitui uma transição para o agreste. No ecótono como a caatinga são encontradas com mais freqüência palmeiras e algumas cactáceas arbóreas (Resolução Conama 010/93, art. 5º, V).
Encravo. Coisa difícil de se remove.
Endêmico. Nativo de uma determinada área geográfica ou ecossistema e restrito a ela; ex.: doença confinada a um determinado espaço.
Endemismo. (1) Fenômeno da distribuição das espécies (ou subespécies) animais ou vegetais referida a uma área restrita e mais ou menos isolada. (2) Endêmicas são as espécies (ou doenças) características de um só local, região ou ou país. (3) Isolamento de uma ou muitas espécies em um espaço terrestre, após uma evolução genética diferente daquelas ocorridas em outras regiões. O endemismo insular permite à Ecologia estudar ecossistemas antigos que sobreviveram até estes dias. (LEMAIRE & LEMAIRE, 1975). (4) Espécie nativa, restrita a uma determinada área geográfica (Resolução CONAMA 012/94). (5) Isolamento de uma ou mais espécies em um espaço terrestre, após uma evolução genética diferente daquelas ocorridas em outras regiões. O endemismo insular permite à Ecologia estudar ecossistemas antigos que sobreviveram até estes dias.
Endocruzamento. Reprodução através do acasalamento entre parentes próximos, particularmente quando isso é repetido por várias gerações.
Endogamia. Perda de vigor quando são cruzados indivíduos relacionados por ascendência. O máximo de endogamia ocorre com a autofecundação.
Endosperma. Tecido nutritivo originado da dupla fecundação que ocorre nas angiospermas. Pode não estar presente na semente ou estar reduzido a uma fina película. Essas reservas são utilizadas pelo embrião durante o processo de germinação.
Energia alternativa. (1) Fontes de obtenção de energia que sejam mais limpas (menos impactantes ao meio ambiente) e renováveis têm sido pesquisadas e desenvolvidas com alguma intensidade nas últimas décadas. (2) Energia obtida de fontes diferentes das usadas nas grandes usinas comerciais, que atualmente são as usinas térmicas convencionais, as hidroelétricas e as nucleares. Ela vem de usinas geralmente pequenas, geram pouca poluição, e normalmente utilizam fontes renováveis. Os principais tipos atuais são a energia solar, eólica, das marés, geotérmica, das ondas e da biomassa. É o oposto de montante.
Energia de biomassa. (1) Energia obtida a partir de matéria animal e vegetal. Quando se classifica a energia de biomassa como energia alternativa, refere-se à biomassa renovável. Como exemplos, temos o álcool combustível, obtido e produzido dos resíduos orgânicos e do lixo proveniente das atividades humanas, através do biodigestor. (2) Energia obtida de matéria animal e vegetal. Quando se classifica a energia de biomassa como energia alternativa, refere-se à biomassa renovável. Como exemplos, temos o alcóol combustível, obtido a partir da cana-de-açúcar cultivada, e o metano, produzido dos resíduos orgânicos e do lixo proveniente das atividades humanas, através do biodigestor.
Energia de maré. Em regiões costeiras de profundidades inferiores a 100m, grande parte da energia de maré é dissipada por atrito, e desta maneira a energia de maré é máxima em mar aberto. Esta energia pode ser utilizada na produção de energia elétrica através das usinas elétricas de maré.
Energia de onda. Energia expressa pela capacidade de trabalho da onda. A energia de um sistema de ondas é teoricamente proporcional ao quadrado da altura da onda, que é um parâmetro de obtenção relativamente fácil. Deste modo, uma costa de alta energia de onda caracteriza-se por alturas de arrebentação superiores a 50 cm e uma costa de baixa energia apresenta alturas inferiores a 10 cm. A maior parte da energia de onda de uma região costeira é consumida no atrito com o fundo e na movimentação da areia.
Energia de posicional. Energia cinética decorrente de ondas e correntes, presente no ambiente de deposição dos sedimentos. A alta energia possibilita a eliminação de frações pelíticas, que vão se depositar em ambientes de baixa energia, favorecendo simultaneamente a produção de boa seleção granulométrica na fração arenosa.
Energia eólica. (1) É a energia obtida pelo movimento do ar/vento. É uma abundante fonte de energia renovável, limpa e disponível em todos os lugares. (2) Tipo de energia que apresenta grandes vantagens, pois não necessita ser implantada em áreas de produção de alimentos, não contribui para o efeito estufa e pode ser aplicada para geração de energia elétrica. O seu funcionamento é simples: pás das hélices gigantes captam o vento acionando uma turbina ligada a um gerador elétrico. Para se usar esse tipo de energia são necessários grandes investimentos para a sua transmissão. Os moinhos podem causar poluição sonora e interferir em transmissões de rádio e televisão.
Energia hidráulica. (1) Energia hídrica. Energia potencial e cinética das águas. (2) Energia proveniente do movimento das águas. É produzido por meio do aproveitamento do potencial hidráulico existente num rio, utilizando desníveis naturais, como quedas d´água ou artficiais produzido pelo desvio do curso original do rio.
Energia hidrelétrica. Energia “limpa” porque não emite poluentes e não influi no efeito estufa. É produzida por uma turbina movida pela energia liberada de uma grande queda d`água que aciona um gerador produtor de energia elétrica. Apresenta dois grandes inconvenientes: o impacto ambiental provocado pelas barragens, que inundam grandes áreas deslocando populações, e o tempo e os recursos que são necessários para sua construção.
Energia mareomotriz. (1) Energia proveniente das ondas do mar. (2) As ondas do mar possuem energia cinética ao movimento da água e energia potencial à sua altura.
Energia metabolizada. É a energia que se incorpora ao organismo vivo decorrente dos processos de alimentação, assimilação e metabolismo. Um exemplo de energia metabolizada é a força animal aproveitada para o transporte.
Energia nuclear. Proveniente da divisão do átomo tendo por materia-prima minerais altamente radioativos, como o urânio.
Energia potencial. Em uma onda oscilatória progressiva, corresponde à energia resultante da elevação ou depressão da superfície aquosa acima do nível sem perturbação.
Energia primária. Fontes naturais de energia utilizadas, por exemplo, para a produção de eletricidade.
Energia solar. É a energia proveniente do sol. É uma energia não poluente, renovável, não influi no efeito estufa e não precisa de geradores ou turbinas para a produção de energia elétrica.
Engenharia costeira. Ramo da engenharia civil dedicado às obras de construção de portos, quebra-mares, aterros costeiros, etc. A maior parte das estruturas de engenharia costeira está relacionada à proteção da zona costeira contra os processos de erosão e sedimentação acelerados. Dessa maneira, têm-se os muros marinhos, revestimentos, espigões, etc. Além de proteção da zona costeira, têm-se diversos problemas ligados à estabilização da linha praial, estabilização de braço de maré e proteção de porto.
Energia solar fotovoltáica. A energia solar fotovoltaica é a energia da conversão direta da luz em eletricidade (efeito fotovoltaico). O efeito fotovoltaico é o aparecimento de uma diferença de potencial nos extremos de uma estrutura de material semicondutor, produzida pela absorção da luz. A célula fotovoltaica é a unidade fundamental do processo de conversão.
Engenharia florestal. Orientada à administração e manejo dos recursos florestais, baseados nos conhecimentos fornecidos pela ciência florestal. O engenheiro florestal maneja e administra as áreas florestais visando à proteção ecológica, à obtenção de produtos florestais (madeira, essências, carvão, látex, resinas, caça, frutos, etc.), à recreação e lazer, ou ainda à obtenção de todos esses benefícios simultaneamente.
Engenharia genética. (1) Atividade de modificação do genótipo de um organismo através da manipulação de seus genes ou da expressividade destes genes. Técnicas in vitro permitem a introdução de novos genes num genótipo, por meio de técnicas de DNA recombinante, em que um organismo (geralmente uma bactéria) é freqüentemente usado como vetor para transferir a informação genética do doador para uma célula receptora. (2) Modificação de genes ou de material genético para introduzir ou eliminar características em um organismo; realizada geralmente a partir da transferência artificial de genes de um organismo para outro.
Enrocamento. Massas de grandes blocos de rochas colocadas na água para formar a base de um atracadouro.
Enseada. (1) Setor côncavo do litoral, delineando uma baía muito aberta, em forma de meia-lua. A enseada desenvolve-se freqüentemente entre dois promontórios e penetra muito pouco na costa. Pode-se denominá-la também de baía aberta. (2) Reentrância da costa, bem aberta em direção ao mar, porém com pequena penetração deste, ou, em outras palavras, uma baía na qual aparecem dois promotórios distanciados um do outro (GUERRA, 1978).
Entidade poluidora. (1) Qualquer pessoa física ou jurídica, de direito público ou privado, responsável por atividade ou equipamento poluidor, ou potencialmente poluidor do meio ambiente (Deliberação CECA nº03 de 28.12.77) (2) A pessoa física ou jurídica, de direito público ou privado, responsável, direta ou indiretamente, por atividade causadora de degradação ambiental (Lei nº 6.938 de 31.08.81).
Entomologia. Estudo relativo aos insetos.
Entorno de unidades de conservação. Área de cobertura vegetal contígua aos limites de Unidades de Conservação, que por proposta em seu respectivo Plano de Manejo, Zoneamento Ecológico-Econômico ou Plano Diretor de acordo com as categorias de manejo (Resolução CONAMA 010/93).
Entropia. (1) Medida da desordem da quantidade de energia não disponível em um sistema (ODUM, 1972). (2) É uma quantidade relativa de energia perdida de modo natural e inevitável num sistema físico-químico, conforme a segunda lei da termodinâmica. Enquanto esta energia perdida vai aumentando, o sistema vai se aproximando cada vez mais do seu estado de equilíbrio. Deste modo, a entropia pode ser encarada como uma medida de degeneração termodinâmica (CARVALHO, 1981). (3) Essência do segundo princípio da termodinâmica, talvez a lei natural mais forte e determinante da realidade física já descoberta pelo homem. A entropia representa a energia que não pode ser mais usada por nenhum elemento de um sistema; é a energia perdida geralmente sob forma de calor. Pode ser interpretada como uma medida do grau de desordem de um sistema.
Environmental Protection Agency (EPA). Agência Federal de Proteção Ambiental dos Estados Unidos. No Brasil o seu equivalente é o Ibama.
Enxofre. Elemento de número atômico 16 não metálico, cristalino, amarelo, com odor característico. Como o calcário, o nitrogênio ou carbono, o enxofre também se move dentro de ciclos da biosfera. Os sulfatos são a principal fonte de enxofre para os seres vivos, pois são assimilados pelas proteínas, incorporando-se na estrutura da matéria viva.
Epicentro. Ponto sobre a superfície terrestre diretamente acima do foco de um terremoto.
Epicontinental. Situado sobre um platô ou plataforma continental como o mar epicontinental.
Epidemiologia. O estudo de fatores que influenciam o espalhamento de doenças através de uma população.
Epiderme. A camada mais externa de células do corpo primário da planta. Freqüêntemente, com as paredes externas fortemente espessadas e cutinizadas; algumas vezes, múltipla, isto é, formada por mais d euma fileira de células.
Epífita. (1) Qualificativo do vegetal que nasce sobre outro, sem dele tirar a sua alimentação. (2) Qualquer espécie vegetal que cresce ou se apóia sobre outra planta ou objeto, retirando seu alimento da chuva ou de detritos e resíduos que coleta de seu suporte. Plantas aéreas, sem raízes no solo (ODUM, 1972). (3) Planta que cresce a outra planta sem retirar alimento ou tecido vivo do hospedeiro (Resolução CONAMA). (4) Vegetal que vive sobre um outro, apenas apoiando-se, sem dele retirar nutrientes.
Epifitismo. Forma de relação harmônica unilateral interespecífica das plantas que se desenvolvem sobre outras sem prejudicá-las.
Epilímnio. Porção de um corpo aquoso lacustre saturada de oxigênio, bem iluminada e com temperatura essencialmente uniforme, representada pela camada de água lacustre situada acima da termoclima. Nesta camada, de espessura variável entre 5 e 15 m segundo as condições circunjacentes do lago, processa-se intensa produtividade primária. O termo oceanográfico equivalente é camada mista.
Epirogênico. Relativo à movimentação vertical lenta devida ao arqueamento das massas continentais, que sobem (movimento positivo) ou descem (movimento negativo) em relação ao nível médio do mar, supostamente fixo.
Epistasia. Interação não-alélica em que a expressão de um gene é inibida por outro.
Epitélio. A camada de células parenquimatosas secretoras que circunda um canal ou cavidade intercelular.
Equador. Círculo que dista igualmente de ambos os pólos.
Equador celeste. Máximo da esfera celeste, perpendicular ao eixo da Terra e que divide o céu em dois hemisférios (Glossário LIbreria, 2003).
Equador magnético. Mesmo que linha aclínica.
Equilíbrio. Um dos conceitos mais importantes dentro da ecologia. Um sistema está em equilíbrio quando se efetuam trocas de energia de maneira balanceando, quando efetivo da perda é compensado pelo efetivo do ganho. O desequilíbrio ecológico geralmente é motivado pelo desejado de se obter lucros e rendimento rapidamente. As conseqüências ambientais não pesam na avaliação do modelo de desenvolvimento predatório.
Equilíbrio biológico. Equilíbrio dinâmico entre os fatores biótico de uma determinada área ou ecossistema.
Equilíbrio ecológico. (1) População de tamanho estável na qual as taxas de mortalidade e emigração são compensadas pela taxa de natalidade e imigração. Equilíbrio de fluxo de energia em um ecossistema. (2) População na qual as freqüências de genes estão em equilíbrio. (3) O equilíbrio ecológico é um requisito para a manutenção da qualidade e das características essenciais do ecossistema ou de determinado meio. Não deve ser entendido como situação estática, mas como estado dinâmico no amplo contexto das relações entre os vários seres que compõem o meio, como as relações tróficas, o transporte de matéria e energia. O equilíbrio ecológico supõe mecanismos de auto-regulação ou retroalimentação nos ecossistemas. (4) Equilíbrio da natureza; estado em que as populações relativas das diferentes espécies permanecem constantes; o equilíbrio ecológico tem um caráter dinâmico pois é submetido às relações constantes entre os seres vivos de uma comunidade e entre as comunidades ecossistemas; a destruição do equilíbrio ecológico causa a extinção de espécies e coloca em risco os processos ecológicos essenciais.
Equilíbrio genético. Situação na qual gerações sucessivas de uma população contêm os mesmos genótipos nas mesmas proporções, com respeito a genes específicos ou combinações gênicas.
Equipamentos urbanos. Infra-estrutura pública de abastecimento d’água, serviços de esgotos, energia elétrica, coletas de águas pluviais, rede telefônica e gás canalizado (art. 5º, parágrafo único, da Lei 6.766/79, que teve sua redação parcialmente alterada pela Lei 9.785/99). Por extensão, as áreas e construções destinadas a uso público (parques, praças, escolas, centros de lazer etc.).
Ergs. Desertos de areia. Os mais extensos encontram-se na África.
Erosão. (1) Trabalho de desgaste realizado pelos diversos agentes do relevo, tais como as águas correntes, o vento e o gelo. (2) Desgaste do solo por água corrente, geleiras, ventos e vagas (DNAEE, 1976). (3) Destruição das saliências ou reentrâncias do relevo, tendendo a um nivelamento ou colmatagem, no caso de litorais, baías, enseadas e depressões (GUERRA, 1978). (4) Desgaste e/ou arrastamento da superfície da terra pela água corrente, vento, gelo ou outros agentes, incluindo processos como o arraste natural. (5) Desgaste do solo, ocasionado por diversos fatores, tais como: água corrente, geladeiras, ventos, vagas e desmatamentos. Obras de engenharia e movimentações de terra podem causar ou ocasionar erosão. Tipos de erosão: mecânica, hidráulica, eólica e outras. (6) Remoção física de rochas ou de partículas do solo por ação de elementos da natureza, como a água e o vento; os processos erosivos podem ser acelerados por atividades antrópicas.
Erosão antrópica. Aceleramento da erosão nas camadas superiores do solo em conseqüência de desflorestamentos, construção de estradas etc., ocasionando um desequilíbrio litogliptogênico (Glossário LIbreria, 2003).
Erosão costeira. Processo, em geral natural, que pode atuar tanto em costa rasa (com praias) como escarpada (com falésias). Dessa maneira a erosão praial e erosão de falésia correspondem a casos particulares de erosão costeira.
Erosão diferencial. Remoção seletiva de materiais rochosos, por exemplo de zonas costeiras por atuação de ondas, de acordo com maior ou menor susceptibilidade dos materiais aos agentes naturais. Em alguns trechos da costa brasileira, onde as estruturas de rochas pré-cambrianas são transversais à praia, este fenômeno pode favorecer o afeiçoamento irregular da linha costeira.
Erosão fluvial. Trabalho contínuo e espontâneo das águas correntes, na superfície do globo terrestre (GUERRA, 1978).
Erosão genética. (1) Perda de variabilidade genética de uma espécie. A perda pode atingir populações ou um genótipo particular, com a supressão de genes e/ou séries alélicas do reservatório gênico da espécie. (2) Diminuição da variabilidade genética de uma espécie, que pode colocá-la sob risco de extinção.
Erosão pluvial. Fenômeno de destruição dos agregados do solo pelo impacto das gotas da chuva (TRICART, 1977).
Erosão do solo. (1) Destruição nas partes altas e acúmulo nas partes deprimidas da camada superficial edafizada (GUERRA, 1978). (2) Processo pelo qual a camada superficial do solo ou partes do solo são retiradas, pelo impacto de chuva, ventos e ondas e são transportadas e depositadas em outro lugar (Glossário Ibama, 2003).
Escala. Relação entre as dimensões dos elementos representados em um mapa, carta ou planta e as suas correspondentes dimensões na superfície terrestre.
Escala de Richter. Escala de medida de magnitude de um terremoto, proposta por um sismologista americano chamado Francis Richter (1900).
Escala de Ringelmann. Escala gráfica para avaliação colorimétrica de densidade de fumaça, constituída de seis padrões com variações uniformes de tonalidades entre o branco e o preto. Os padrões são apresentados por meio de quadros retangulares, com redes de linha de espessura e espaçamento definidos, sobre um fundo branco. Os padrões da escala Ringelmann são numerados de 0 a 5.
Escala granulométrica. Escala para classificação de sedimentos clásticos (ou detríticos). Entre as várias escalas propostas para estudos sedimentológicos, no Brasil utiliza-se principalmente a de Wentworth (1922). Os principais limites de classes desta escala são matacão (> 256 mm), calhau (256-64 mm), seixo (64-4 mm), grânulo (4-2 mm), areia (2-0,062 mm), silte (0,062 – 0,004 mm) e argila (< 0,004 mm).
Escarificação. (1) Ato de fender a superfície do solo como trabalho preparatório para a semeadura natural ou direta. (2) Aplicada à semente, consiste em atritar ou desgastar, por fricção ou pelo tratamento com ácidos, o envoltório mais ou menos impermeável da semente, para facilitar ou acelerar a germinação.
Escarpa. (1) Declive de terreno, deixado pela erosão, nas beiras ou limites dos planaltos e mesas geológicas. Corte oblíquo. Declive ou tabule de um fosso junto à muralha. (2) Elevação encontrada na borda de planaltos, serras e morros testemunhos. (3) Recife ou barragem íngreme que forma uma barreira na extremidade de uma área de terra plana. Uma escarpa pode ser formada por falha ou por processos erosivos.
Escarpa de cuesta. Encosta frontal da cuesta, na direção oposta do mergulho das camadas, que se situa numa zona acima do qual a desnudação e a erosão removeram as camadas resistentes da cuesta. No sopé da escarpa, desenvolve-se um depósito de tálus.
Escarpa de falha. Escarpa cujo relevo está diretamente relacionado ao movimento ao longo de uma falha, embora a erosão possa ter atenuado a sua expressão primária pelo acúmulo de tálus.
Esciófita. Espécie vegetal adaptada a se desenvolver na sombra.
Escória. (1) Termo geral aplicado a um fragmento de rocha piroclástica escoriácea. (2) Escumalha de fornalha que tem aparência escoriácea. (3) Variedade de basalto caracterizada por vesículas abundantes. As vesículas são formadas pelo aprisionamento de bolhas de gás no interior da lava enquanto ela se resfria.
Esgoto. Refugo líquido que deve ser conduzido e um destino final.
Esgoto séptico. Esgoto sanitário em plena fase de putrefação com ausência completa de oxigênio livre.
Esgoto doméstico. Efluentes líquidos dos usos domésticos da água. Estritamente falando, podem ser decompostos em águas cloacais e águas resultantes de outros usos.
Esgoto sanitário. Efluentes líquidos que contêm pequena quantidade de esgotos industriais e águas de infiltração provenientes do lençol freático.
Espaço. Extensão tridimensional ilimitada ou infinitamente grande, que contém todos os seres e coisas e é campo de todos os eventos. Na Astronomia, o universo todo além do invólucro atmosférico da Terra.
Espata. Bainha protetora da haste floral.
Especiação. Os processos de diversificação genética de populações e de multiplicação de espécies. Na prática, usa-se a especiação para monitorar o fenômeno da evolução. Há várias modalidades de especiação, com destaque para a simpátrica e a alopátrica.
Espécie. (1) Unidade básica de classificação dos seres vivos. Antigamente tida como a unidade de evolução dos organismos, a espécie cedeu este lugar para a população local. (2) A menor população natural considerada suficientemente diferente de todas as outras para merecer um nome científico, sendo assumido ou provado que permanecerá diferente de outras, ainda que possam ocorrer eventuais intercruzamentos com espécies próximas. (3) Unidade biológica fundamental; população que se entrecruza e tem um conjunto de características muito semelhantes entre si e a seus ancentrais; a classificação por espécies está associada à capacidade de reprodução: dois indivíduos de espécies pode ter várias subespécies; não usar como sinônimo de gênero ou família: uma família pode ter vários gêneros e um gênero pode ter várias espécies. (4) Conjunto de indivíduos semelhantes, capazes de se cruzar, produzindo descendentes férteis. É uma categoria da classificação biológica subordinada imediatamente ao gênero ou sub gênero (Glossário Ibama, 2003).
Espécie alóctone ou exótica. Planta que é introduzida em uma área onde não existia originalmente. Várias espécies de importância econômica estão nessa categoria (ex.: introdução do milho nas Américas, África e Ásia, aquela da seringueira na Malásia ou do caju na África Oriental e Índia). Várias plantas invasoras de cultivos e plantas daninhas enquadram-se nesta categoria, sendo geralmente introduzidas por acidente no país receptor, e asselvajando-se em seu novo hábitat.
Espécie ameaçada de extinção. Espécie vulnerável; espécie cuja população total está declinando rapidamente e que pode desaparecer, em áreas específicas ou em seu todo, como resultado de ações antrópicas diretas ou indiretas; de acordo com critérios internacionais, existem três categorias de ameaça: 1 – em perigo: espécie cuja sobrevivência é improvável, se permanecerem as causas da ameaça; 2 – ameaçada: espécie que possivelmente passará à categoria de em perigo, se permanecerem os fatores adversos; 3 – rara: espécie com pequena população mundial; pode haver ameaça de extinção mesmo quando existe um grande número de animais, se for alto o grau de consangüindade entre eles; como a extinção é reconhecida apenas quando não há registros de nenhum indivíduo de uma determinada espécie vegetal ou animal por mais de 50 anos, é preferível utilizar a expressão ” ameaçados de extinção”.
Espécie autóctone. Planta nativa, indígena, que ocorre como componente natural da vegetação de um país. Espécies nesta categoria são de origem exclusiva e não apresentam populações ancestrais em territórios estrangeiros (ex.: milho, com origem no México).
Espécie-chave. Uma espécie, freqüentemente um predador, com uma influência dominante na composição da comunidade, a qual pode ser revelada quando a espécie-chave é removida.
Espécie críptica. Tipo sem nenhuma outra diversificação de caracteres e que somente têm um certo mecanismo protetor de isolamento reprodutivo. Como exemplo podem ser citados autotetraplóides que estão separados dos diplóides pela esterilidade dos triplóides. Possuem isolamento reprodutivo sem diversificação fenotípica.
Espécie cultivada. Mesmo que espécie domesticada.
Espécie domesticada. Espécie silvestre manipulada pelo homem que influencia e direciona seu processo evolutivo para atender às necessidades de sobrevivência da humanidade. As espécies domesticadas são cultivadas para uma variedade de propósitos, daí os grupos de plantas medicinais, ornamentais, etc. Destaca-se o grupo utilizado em agricultura sob os nomes de cultura, cultivo agrícola, produto ou “commodities” (geralmente cereais ou grãos com cotação em bolsas de mercadorias).
Espécie emergente. Aquela que se sobressai devido à sua copa ultrapassar o dossel da floresta, em busca de luminosidade.
Espécie em perigo de extinção. (1) Qualquer espécie que possa se tornar extinta em um futuro previsível se continuarem operando os fatores causais de ameaça em toda a uma área de ocorrência ou parte significativa desta. (2) Espécies da flora e da fauna selvagem, de valor estético, científico, cultural, recreativo e econômico, protegidas contra a exploração econômica pelo comércio internacional, de acordo com a Convenção sobre o Comércio Internacional das Espécies da Flora e da Fauna Selvagens em Perigo de Extinção, firmada em Washington, a 3 de março de 1973, e aprovada pelo Decreto Legislativo nº 54 de 24.06.75. (2) Qualquer espécie que esteja em perigo de extinção ou que provavelmente venha a se encontrar em perigo de extinção, dentro de um futuro previsível, na totalidade em uma porção significativa de seu território (USDT, 1980).
Espécie endêmica. (1) Espécie com distribuição geográfica restrita a uma determinada área. (2) Diz-se de uma espécie cuja distribuição esteja limitada a uma zona geográfica definida (Pères, 1968). (3) Espécies que tem uma limitada distribuição na face da Terra; em geral encontradas nas regiões de origem (MARTINS, 1978). (4) a. Espécie cuja área de distribuição é restrita a uma região geográfica limitada e usualmente bem definida. b. Para certos autores, sinônimo de espécie nativas (ACIESP, 1980). (5) Que tem área de distribuição restrita a uma região geográfica limitada e usualmente bem definida.
Espécie exótica. (1) Espécie introduzida fora de uma área de ocorrência original. (2) Espécie presente em uma determinada área geográfica da qual não é originária (ACIESP, 1980). (3) (Aqüicultura) Espécie de origem e ocorrência natural em águas de outros países, quer tenha ou não já sido introduzida em águas brasileiras (Portaria IBAMA 119/94). (4) Que não é nativa de uma área ou que foi introduzida numa área ou região por ação humana, mas se adaptou ao novo ambiente.
Espécie indicadora. (1) Aquela cuja presença indica a existência de determinadas condições no ambiente em que ocorre (Resolução CONAMA 012/94). (2) Que é usada para identificar as condições ou mudanças ecológicas num ambiente determinado.
Espécie migratória. Espécie de animal que se desloca de uma região para outra, quase sempre com regularidade e precisão espacial e temporal, devido ao mecanismo instintivo.
Espécie morfológica. Especialmente aplicada a plantas, que nivela a espécie ao nível do taxon. Assim, no conceito morfológico da espécie, o componente citogenético é subordinado à morfologia externa. Diferentemente da espécie biológica, as categorias taxonômicas dentro da espécie taxonômica são baseadas principalmente em caracteres de variação contínua (ex.: variedade) e em caracteres de variação descontínua (ex.: espécie propriamente dita).
Espécie nativa. (1) Espécie que ocorre naturalmente na região. (2) Espécie de origem e ocorrência nas águas brasileiras.
Espécie pioneira. Aquela que se instala em uma região, área ou hábitat anteriormente não ocupada por ela, iniciando a colonização de áreas desabitadas (Resolução CONAMA 012/94).
Espécie taxonômica. Mesmo que espécie morfológica.
Espécie silvestre. Espécie ocorrente em estado selvagem na natureza e que não passou pelo processo de domesticação. Uma espécie silvestre pode apresentar grande distribuição geográfica e ocorrer em vários países simultaneamente.
Espécie vegetal autóctone. Espécie vegetal originária do próprio meio em que vive. Não-exótica (autores).
Espécie vegetal exótica. Espécie vegetal originária de meio diverso daquele em que vive. Não-autóctone (autores).
Espécime. Indivíduo ou exemplar de determinada espécie, vegetal ou animal; o mesmo que espécimen; designa um animal ou vegetal (uma o
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