Glossário Ambiental – I

IAP. Instituto Ambiental do Paraná, instituído em 1992; sucessor de instituições cujas origens remontam quase aos tempos da emancipação política do Paraná; o Instituto de Terras, Cartografia e Florestas (ITCF) teve sua origem em 1923 na Inspetoria de Terras e Colonização, passando a Departamento de Geografia, Terras e Colonização, em 1942 e transformando-se na Fundação Instituto de Terras e Cartografia, em 1972; ganhou atribuições relativas à proteção florestal em 1985; em 1992, houve a fusão da Superintendência dos Recursos Hídricos e Meio Ambiente (SUREHMA) e do Instituto de Terrras Cartografia e Florestas (ITCF), dando origem ao atual Instituto Ambiental do Paraná – IAP, hoje vinculado à Secretaria de Estado do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos – SEMA.

IBAMA. Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis, órgão executor da Política de Meio Ambiente em nível nacional. Criado em 1989 (Lei n.° 7735) pela fusão do Instituto Brasileiro de Desenvolvimento Florestal (IBDF),  Secretaria Especial de Meio Ambiente (SEMA), Superintendência da Borracha (SUDHEVEA) e Superintendência da Pesca (SUDEPE). Regulamentado pelo Decreto n.° 97946, de 11 de julho de 1989.

Iceberg. Grande bloco de gelo, de origem continental, que flutua no mar. Origina-se do colapso da parte terminal das geleiras ao atingir o mar. Cerca de 1/9 de massa do iceberg emerge da água. Observam-se, às vezes, até 100m de emergência. Os icebergs freqüentemente incluem muito material detrítico, que pode depositar-se por degelo em regiões não sujeitas à glaciação.

Ictiofauna. (1) Fauna de peixes de uma determinada região. (2) Totalidade das espécies de peixes de uma dada região. Pode-se falar também de um determinado meio (lago, rio, etc).

Ictiologia. Ciência que estuda os peixes.

Idade. Subdivisão cronológica de amplitude inferior a de uma Época.

IDH (Índice de Desenvolvimento Humano). Índice que mede os países levando em consideração fatores como a distribuição da renda, de saúde (taxas de mortalidade infantil e adulta) educação (taxas de alfabetização), desigualdades de oportunidades entre homens e mulheres, sistemas de governo entre outras (Glossário Libreria, 2003) .

Idiomorfo. Cristal que mostra forma própria.

Igapós. Trecho da floresta invadido por enchente, após inundação dos rios, onde as águas ficam estagnadas durante algum tempo. Pântano dentro da mata.

Igarapés. Esteiro ou canal estreito que só se dá passagem a igaras ou  pequenos barcos; riacho, ribeirão, ribeiro, riozinho.

Ilha. Porção de terra cercada de água por todos os lados.

Ilha-de-calor. (1) Características meteorológicas de determinada área urbana ou industrial que a distinguem de áreas vizinhas. Em tais áreas geralmente ocorrem temperaturas mais altas, perfis térmicos noturnos menos estáveis junto à superfície do solo, umidades do solo, umidades relativas comparativamente mais baixas. As ilhas-de-calor estão associadas à qualidade do meio e à qualidade de vida das populações urbanas. (2) Aumento da temperatura em regiões urbanizadas, provocado pela impermebilização do solo pela pavimentação das ruas e pela concentração de edificações altas; a neblina urbana, misturada com gases poluentes gerados pelo tráfego intenso de veículos que utilizam combustíveis fósseis, capta o calor da pavimentação e dos prédios, elevando  a temperatura do ambiente urbano.

Iliófago. Peixes que ingerem substrato formado por lodo ou areia, que por si só não representa um tipo de alimento. O substrato é ingerido porque nele são encontrados os alimentos procurados (animal, vegetal ou detrito), sendo que esses peixes contam com um aparelho digestivo adaptado para selecioná-lo. Conseqüentemente, seria mais apropriado denominar o hábito de ingerir substrato, junto com o tipo de alimento usado, como iliófago-detritívoro, para diferenciá-lo do detritívoro que não ingere lodo . O estudo alimentar de um iliófago deve incluir a correta separação do substrato inerte.

Imagem de radar. Registro, em filmes ou fitas magnéticas, dos impulsos elétricos ou microondas emitidos por radares em direções predeterminadas e cujos raios são refletidos e recebidos através de antenas, destinadas à captação, localização e rastreamento de feições.

Imagem  orbital. Imagens obtidas por sensores coletores a bordo de satélites que orbitam ao redor da Terra. Essas imagens, uma vez corrigidas geometricamente dos efeitos de rotação e esfericidade da Terra, variações de altitude, angulação e velocidade do satélite, constituem-se em valiosos instrumentos para a Cartografia.

Impacto ambiental. (1) Quaisquer modificações, benéficas ou não, resultantes  das atividades, produtos ou serviços de uma operação de manejo florestal da unidade de manejo florestal. (2) Qualquer alteração das propriedades físicas, químicas e biológicas do meio ambiente, causada por qualquer forma de matéria ou energia resultante das atividades humanas que, diretamente, afetem: (I) a saúde, a segurança e o bem-estar da população; (II) as atividades sociais e econômicas; (III) a biota; (IV) as condições estéticas e sanitárias do meio ambiente; (V) a qualidade dos recursos ambientais (Resolução CONAMA Nº 001 de 23.01.86). (3) Qualquer alteração no sistema ambiental físico, químico, biológico, cultural e sócio-econômico que possa ser atribuída a atividades humanas relativas às alternativas em estudo para satisfazer as necessidades de um projeto (CANTER, 1977). (4) Qualquer alteração das propriedades físicas, químicas e biológicas do meio ambiente, causada  por qualquer forma de matéria ou energia resultante das atividades humanas que, direta ou indiretamente, afetam: a saúde, a segurança e o bem-estar da população; as atividades sociais e econômicas; a biota; as condições estéticas e sanitárias do meio ambiente e a qualidade dos recursos ambientais. (5) Qualquer alteração  significativa no meio ambiente – em um ou mais de seus componentes – provocada por uma ação humana (FEEMA, 1997).

Impacto ambiental estratégico. Impacto que incide sobre o recurso ou componente ambiental de relevante interesse coletivo ou nacional, ou que afeta outras regiões além de sua área de influência direta e indireta (FEEMA, 1997).

Impacto ambiental regional. Todo e qualquer impacto ambiental que afete diretamente (área de influência direta do projeto), no todo ou em parte, o território de dois ou mais Estados (Resolução CONAMA 237/97).

Impactos ambientais cumulativos. Impacto ambiental derivado da soma de outros impactos ou de cadeias de impacto que se somam, gerados por um ou mais de um empreendimentos isolados, porém contíguos, num mesmo sistema ambiental. Impacto no meio ambietne resultante do impacto incremental da ação quando adicionada a outras ações passadas, presentes e futuras, razoavelmente previsíveis (FEEMA, 1997).

Imunidade. Resistência da planta a doenças que é completa e permanente (sentido restrito).

Incêndio florestal. (1) Todo fogo sem controle que incide sobre qualquer forma de vegetação, podendo tanto ser provocado pelo homem (intencional ou negligência) ou por fonte natural (raio). (2) fogo sem controle em qualquer forma de vegetação (Decreto 97.635/89).

Incidente. Qualquer descarga de substância nociva ou perigosa, decorrente de fato ou ação intencional ou acidental que ocasione risco potencial, dano ao meio ambiente ou à saúde humana (Lei 9966/00).

Incineração. Processo de queima de resíduos sólidos ou semi-sólidos em incineradores, com o objetivo de reduzir o volume de resíduos e seus efeitos sobre o meio ambiente; não é o mesmo que queima de lixo ao ar livre, que tem efeitos nocivos sobre o meio ambiente.

Inclinação. Ângulo formado por uma camada, dique ou fratura com o plano do horizonte, tomado perpendicularmente à sua interseção. As camadas horizontais apresentam inclinação de 0º e as verticais de 90º. A perpendicular à linha de inclinação chama-se direção da camada.

Inclinação magnética. Ângulo que uma agulha magnética faz com o plano do horizonte.

Inclusão. Corpo estranho gasoso, líquido ou sólido incluso na massa de um mineral ou rocha.

Indicador. (1) São variáveis perfeitamente identificáveis, utilizadas para caracterizar (quantificar ou qualificar)   os objetivos, metas ou resultados (ARRUDA et allii, 2001). (2) Nas ciências ambientais, indicador significa um organismo, comunidade biológica ou parâmetro, que serve como medida das condições ambientais de uma certa área ou de ecossistema (FEEMA, 1997). (3) Organismos, ou tipos de organismos, tão estritamente associados a condições ambientais específicas, que sua presença é indicativa da existência dessas condições naquele ambiente (Encyclopedia Britannica, 1978).

Indicador de sustentabilidade. Valor que serve de medida do grau de sustentabilidade do uso dos recursos ambientais, dividino-se em três grupos principais: (i) os indicadores de resposta social (que indicam as atividades que se realizam no interior da sociedade – o uso de minérios, a produção de substâncias tóxicas, a reciclagem de material); (ii) os indicadores de pressão ambiental (que indicam as atividades humanas que irão influenciam o estado do meio ambiente – níveis de emssão de substâncias (tóxicas), e  (iii) os indicadores de qualidade ambiental (que indicam o estado do meio ambietne – a concentração de metais pesados no solo, os níveis pH nos lagos (FEEMA, 1997).

Indicadores ambientais. (1) Conjunto de espécies, substâncias e grandezas físicas do ambiente, capazes de detectar alterações no ar, água e solo, na medida em que apresentam sensibilidade a essas alterações. (2) Espécies indicadoras são certas espécies que têm exigências biológicas bem definidas e permitem conhecer os meios possuidores de características especiais (DAJOZ, 1973).

Indicadores do solo. Plantas que, pelo fato de brotarem primordial ou exclusivamente em determinados solos, revelam suas  propriedades. É o caso da soja, que indica que o solo onde ocorre é rico em nitrogênio.

Índice de coliforme. Contagem de bactérias coliformes num corpo d’água, usado como indicador de pureza da água.

Industrialização. Ato ou efeito de industrializar.

Infestação. Ação de infestar, estado do que está infestado. Penetração em um organismo de parasitas não-microbianos (LEMAIRE& LEMAIRE, 1975).

Ingrediente inerte. Substância não ativa em relação à eficácia dos agrotóxicos, seus componentes e afins, resultante dos processos de obtenção destes produtos, bem como aquela usada apenas como veículo ou diluente nas preparações (Decreto 98.816/90).

Inoculante. Substância que contenha microorganismos com atuação favorável ao desenvolvimento vegetal (Lei 6.934 e Decreto 86.955/82).

Inselbergue. Denominação dada por Bornhardt às elevações ilhadas em regiões de clima árido quente e semi-árido. Os inselbergues são como restos que aparecem em um terreno quase totalmente submetido à pediplanação (Glossário Libreria, 2003).

Insetívora. O que se alimenta de inseto.

Insolação. Entrada de radiação solar.

Instalação de Apoio. Quaiquer instalações ou equipamentos de apoio à execução das atividades das plataformas ou instalações portuárias de movimentação de cargas a granel, tais como dutos, monobóias, quadro de bóias para amarração de navios e outras (Lei 9966/00).

Instalação Portuária ou terminal. Instalação explorada por pessoa jurídica de direito público ou privado, dentro ou fora da área do porto organizado, utilizada na movimentação e armazenagem de mercadorias destinadas ou provenientes de transporte aquaviário (Lei 9966/00).

Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial – INMETRO. Órgão de normalização do Governo Federal, que possui uma Comissão Técnica de Certificação Ambiental, cuja finalidade é estabelecer a estrutura para o credenciamento de entidades de certificação de sistemas de gestão ambiental, de certificação ambiental, de produtos de auditores ambientais, garantindo a conformidade com as exigências internacionais.

Insular. Isolar, ilhar; para designar procedente, relativo ou pertecente a ilha usa-se a palavra insulando.

Integridade da unidade de manejo. A composição dinâmica, função e atributos estruturais de uma plantação florestal.

Intemperismo. (1) Conjunto de processos que ocasionam a desintegração e a decomposição das rochas e dos minerais graças à ação de agentes atmosféricos e biológicos. O fator principal da desintegração é a variação de temperatura, que provoca dilatação e contração heterogêneas, ativadas em presença de água e temperaturas inferiores a 0°. Raízes, cristalização de sais, hidratação, etc., também provocam desintegração mecânica. Os fatores da decomposição química são a água (contendo CO2, O2, etc.), os agentes biológicos e seus produtos orgânicos. Pelo intemperismo formam-se minerais novos – estáveis nas condições de superfície – tais como caulim e hidrargilita. O termo final que se origina é o solo. A forma do intemperismo depende muito do clima. Em clima quente e úmido, predomina o intemperismo químico, em clima seco e quente e frio predomina o intemperismo mecânico. (2) Conjunto de processos mecânicos, químicos e biológicos que ocasionam a desintegração e a decomposição das rochas. O uso do termo intemperismo tem sido combatido por certos autores que preferem meteorização, pelo fato de melhor corresponder ao termo inglês weathering (GUERRA, 1978). (3) É a resposta dos materiais que estavam em equilíbrio no interior da litosfera às solicitações da atmosfera, da hidrosfera e talvez, ainda, da biosfera. Ele pode ser mecânico, pela expansão diferencial na superfície e crescimento de cristais estranhos (gelo), ou químico, que tem início na cristalização de sais. Existem, também, ações biológicas, como penetração de raízes e a atividade bacteriana, que dependem da umidade e do calor. Assim todos estes fatores causam a desintegração e modificação das rochas e dos solos. O intemperismo (mecânico e químico) é a primeira etapa da pedogênese (CARVALHO, 1981).

Interflúvio. Níveis de relevos que separam os fundos de vales.

Interglacial. Período compreendido entre duas glaciações.

Intracrustal. Rocha de origem magmática, formada no interior da crosta terrestre. Ao contrário, super e supracrustal são rochas vulcânicas de origem magmática, consolidadas na parte superior da crosta.

Introdução. (1) Atividade de introduzir germoplasma num centro de recursos genéticos ou instituição. Geralmente, introdução relaciona-se com material genético exótico ou, se nacional, não existente na região considerada. (2) Ato ou técnica  de colocar em determinado ecossistema uma espécie antes inexistente; as introduções costumam causar desequilíbrios temporários ou permanentes, pois a espécie introduzida não encontra predadores naturais, fato que coloca em situação de vantagem sobre as demais; podem degenerar em proliferação maciça.

Introgressão. Passagem de genes de uma espécie para outra através de hibridação e retrocruzamento continuado para uma ou ambas populações paternais.

Instrumento de política ambiental. Mecanismos de que se vale a Administração Pública para implementar e perseguir os objetivos da política ambiental, podendo incluir os aparatos administrativos, os sistemas de informação, as licenças e autorizações, pesquisas e métodos científicos, técnicas educativas, incentivos fiscais e outras econômicas, relatórios informativos, etc (FEEMA, 1997).

Intrusão. Penetração forçada de rocha fundida  ou magma em ou entre outras rochas.

Intrusão de água salgada. Fenômeno pelo qual uma massa de água salgada penetra numa massa de água doce. Pode ocorrer tanto em águas superficiais como subterrâneas.

Inundação. É o efeito de fenômenos meteorológicos, tais como chuvas, ciclones e degelos, que causam acumulações temporais de água, em terrenos que se caracterizam por deficiência de drenagem, o que impede o desaguamento acelerado desses volumes (SAHOP, 1978).

Inventário Nacional. Levantamento sistemático e temático de âmbito das emissões e sumidouros de gases causadores de efeito estufa em um determinado país, que deve ser realizado por todos os países signatários da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças do Clima.

Inventário florestal. Atividade que compreende a descrição de uma população florestal previamente definida. O caráter de posse, estimativas que demonstram qualitativa e quantitativamente o povoamento (Portaria Normativa IBDF 302/84).

Inversão atmosférica. Reversão das condições atmosféricas normais, que ocorre quando uma camada de ar quente e menos denso bloqueia uma camada de ar frio e denso, na superfície da Terra; a camada de ar quente impede a circulação do ar, impedindo a dispersão dos poluentes, que se concentram na camada de ar frio, podendo levar a níveis perigosos de poluição.

Inversão térmica. (1) Condição atmosférica na qual uma camada de ar frio é aprisionada por uma camada de ar quente, de modo que a primeira não pode se elevar. Em ambientes industrializados, a inversão térmica leva à retenção de poluentes nas camadas mais baixas e próximas do solo, podendo ocasionar problemas de saúde. (2) É quando uma camada de ar quente sobreposta a uma camada menos quente impede seriamente a mistura da atmosfera em ascensão vertical e os poluentes se acumulam na camada de ar aprisionada junto à superfície da terra (EHRLICH & EHRLICH, 1974). (3) Diz-se que está se processando uma inversão térmica quando a temperatura passa a aumentar com a altura, inversamente ao que ocorre em condições normais. Este fenômeno coincide quase sempre com os grandes desastres resultantes da poluição atmosférica, ocorrendo sempre nas proximidades do solo (CARVALHO, 1981). (4) Reversão do declínio normal da temperatura, que ocorre quando uma camada de ar mais frio é apanhada próximo ao chão por uma camada de ar mais quente, interrompendo os padrões normais de circulação do ar e provocando níveis altos de poluição. (5) Condição emque uma camada de ar quente se sobrepõe a uma camada de ar frio impedindo o movimento ascendente do art atmosférico. Em locais industrializados, a inversão térmica leva à retenção dos poluentes nas camadas mais baixas, podendo ocasionar problemas de saúde em muitos indivíduos. Na inversão térmica os gases poluentes ficam presos dentro da massa de ar frio. Se essa camada for baixa, pode surgir o smog, misto de umidade e fumaça.

In vitro. Literalmente “¨no vidro¨”. Termo aplicado aos processos biológicos que propiciam o crescimento de células, tecidos ou órgãos vegetais em meio de cultura.

IPCC. Painel Intergovernamental sobre Mudança do Clima, estabelecido em 1988 pela Organização Meteorológica Mundial – OMM e pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente – PNUMA; estuda, discute e orienta a implementação da Convenção do Clima e do Protocolo de Kyoto.

Irradiar. Transmitir a radiação.

Irrigação. Técnica de regar artificialmente terras cultivadas em regiões onde as chuvas são raras.

ISO (International Organization for Standardization). (1) Organização Internacional de Padronização, formada pelos representantes de mais de 120 países. Organização fundada em 1947 e sediada em Genebra, Suíça. É responsável pela elaboração e difusão de normas internacionais em todos os domínios de atividades, exceto no campo eletro-eletrônico, que é de reponsabilidade da IEC (International Eletrotechnical Commission). Dentre as centenas de normas elaboradas pela ISO, de interesse para área ambiental são a série ISO-9000, de gestão da qualidade de produtos e serviços, e a série ISO-14000, de sistemas de gestão ambiental. (2) Prefixo grego “isos”; marca registrada da International Organization for Standartization, sediada na Suíça; sistema internacional integrado de padronização e metodologia de produção com qualidade.

ISO 9000. Conjunto de normas  voltadas à padronização da qualidade de produto não importando o tipo de atividade, o tamanho ou o caráter, público ou privado; abrange quatro grupos de normas: 9001; 9002; 9003 e 9004.

ISO 14000. (1) Conjunto ou série de normas da ISO, de caráter voluntário, que visa a sistematizar os princípios de gestão ambiental nas empresas. Baseada numa precursora inglesa, a British Standard – BS-7750 – teve, em relação a esta, sua abrangência expandida e sua especificidade minimizada, de forma a ser aceita em todo o mundo. As normas desta série contêm diretrizes relativas às seguintes áreas: sistemas de gestão ambiental, auditorias ambientais, rotulagem ambiental, avaliação de desempenho ambiental e análise de ciclo de vida. (2) Conjunto de normas voltadas para a gestão ambiental do empreendimento, isto é, as práticas voltadas para minimizar os efeitos nocivos ao ambiente causados pelas suas atividades.

Isoclinal. Dobra em que os flancos são quase paralelos.

Isoenzima. Termo que define um grupo de múltiplas formas moleculares da mesma enzima, resultante da presença de mais de um gene codificando cada uma destas formas moleculares no genoma de uma espécie. As isoenzimas desempenham a mesma atividade catalítica, mas têm diferentes propriedades cinéticas e podem ser separadas por processos bioquímicos. Quando codificadas por genes alélicos, as isoenzimas são denominadas aloenzimas.

Isolamento geográfico. (1) Condição em que duas populações se acham separadas fisicamente por alguma modalidade de barreira. (2) Separação, por qualquer barreira geográfica, de organismos e populações, impossibilitando o cruzamento.

Isolamento espacial (ou geográfico). Tipo de isolamento que previne o intercruzamento entre populações alopátricas por estarem fisicamente separadas. Esse isolamento, persistindo por muito tempo, poderá conduzir as populações a se diferenciarem morfologicamente como resposta à seleção para diferentes ambientes. Se a barreira geográfica desaparecer, duas situações poderão acontecer:

a) as populações poderão voltar a se intercruzar formando assim uma única população; 

b) se o isolamento geográfico continuar por um período suficientemente longo, as populações poderão se diferenciar de tal maneira que o intercruzamento entre elas não mais será possível, aparecendo assim o isolamento reprodutivo.

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