Inversão Térmica

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A inversão térmica é um fenômeno meteorológico que ocorre principalmente em metrópoles e principais centros urbanos. As radiações solares aquecem o solo e o calor que fica retido no mesmo irradia-se, aquecendo as camadas mais baixas da atmosfera. Essas camadas, que já estão quentes, ficam menos densas e tendem a subir, formando correntes de convecção do ar. Os poluentes, por serem mais quentes que o ar (portanto, menos densos) sobem e irão dispersar-se nas camadas mais altas da atmosfera.

Esse é o fenômeno normal. Mas quando duas massas de ar diferentes, ar quente passa sobre o ar frio, ficando assim acima dele, forma-se uma capa que não deixa que os gases poluentes e tóxicos passem para as camadas mais altas da atmosfera. A isso dá-se o nome de Inversão Térmica. Assim, esses gases dispersam-se na atmosfera, criando uma névoa sobre a cidade, essa névoa é composta de gases tóxicos e poluentes, que são prejudiciais a saúde.

Ocorre geralmente nos dias frios do inverno, onde a formação de frentes frias é maior. Quando há deslocamento horizontal dos ventos, a camada de ar frio é carregada e o ar quente desce, assim acabando com a inversão térmica.

Os problemas de saúde causados pela inversão térmica são, entre outros: pneumonia, bronquite, enfisemas, agravamento das doenças cardíacas, mal-estares, irritação no olhos.

Principais acidentes:

  • Uma inversão sobre Donora, no estado da Pensilvânia nos E.U.A., no ano de 1948, causou doenças respiratórias em 6000 pessoas e levou à morte 20 pessoas.
  • Grandes acumulações de poluição sobre Londres levaram à morte de 3500-4000 pessoas em 1952 e outras 700 em 1962.
  • Foi devido a libertação de Isocianato Metílico no ar durante uma inversão térmica, que se deu o acidente de Bhopal na Índia, em dezembro de 1984, um grande desastre, que causou, pelo menos, 3300 mortes e mais de 20000 doentes. 

Redação Ambiente Brasil