Doenças Tropicais – Doenças de Chagas

É uma doença transmissível, causada por um parasito do gênero Trypanosoma e transmitida principalmente através do “barbeiro”, também conhecido por: chupança, chupão, fincão, bicudo, procotó, etc. O “barbeiro”, em qualquer estágio do seu ciclo de vida, ao picar uma pessoa ou animal com tripanossomo, suga juntamente com o sangue formas de T. cruzi , tornando-se um “barbeiro” infectado. Os tripanossomos se multiplicam no intestino do “barbeiro”, sendo eliminados através das fezes.

Agente etiológico

É um protozoário denominado Trypanosoma cruzi . No homem e nos animais, vive no sangue periférico e nas fibras musculares, especialmente as cardíacas e digestivas: no inseto transmissor, vive no tubo digestivo.

Agente transmissor

O “barbeiro”, é um inseto da sub-família Triatominae que se alimenta exclusivamente de vertebrados homeotérmicos, sendo chamados hematófagos. 

Sintomas

Surgem de 4 a 6 dias após o contato do barbeiro infectado com a sua vítima. Entre os sintomas estão inflamações no lugar da mordida do barbeiro, onde também ele deposita suas fezes infectadas, febre baixa e contínua, falta de apetite, aceleramento nos batimentos cardíacos, inchação do fígado, do baço, nas faces e até mesmo no corpo inteiro. O aparecimento de “ínguas” – nome popular dado ao aumento dos gânglios linfáticos também é mais um sintoma. 

Esse quadro é mais comum em crianças de um a cinco anos. Em pessoas mais velhas, esses sinais ficam mais atenuados e a fase inicial da doença pode até passar desapercebida, confundindo-se com uma “gripe” ou “mal estar” passageiro. Caso detectado algum desses sintomas, a pessoa deve procurar logo atendimento médico. 

Profilaxia

Baseia-se principalmente em medidas de controle ao “barbeiro”, impedindo a sua proliferação nas moradias e em seus arredores. Além de medidas específicas (inquéritos sorológicos, entomológicos e desinsetização), as atividades de educação em saúde, devem estar inseridas em todas as ações de controle, bem como, as medidas a serem tomadas pela população local, tais como:

– melhorar habitação, através de reboco e tamponamento de rachaduras e frestas;

– usar telagem em portas e janelas;

– impedir a permanência de animais, como cão, o gato, macaco e outros no interior da casa;

– evitar montes de lenhas, telhas ou outros entulhos no interior e arredores da casa;

– construir galinheiro, paiol, tulha, chiqueiro, depósito afastados das casas e mantê-los limpos;

– retirar ninhos de pássaros dos beirais das casas;

– manter limpeza periódica nas casas e em seus arredores;

– difundir junto aos amigos, parentes, vizinhos, os conhecimentos básicos sobre a doença, vetor e sobre as medidas preventivas;

– encaminhar os insetos suspeitos de serem “barbeiros”, para o serviço de saúde mais próximo.

Fonte:Fundação Carlos Chagas e Sucen-SP (Superintendência de Controle de Endemias do Estado de São Paulo).